Um novo capítulo impressionante se inicia para os trabalhadores do Armazém da Amazon
Por Alex N. Press
Redatora da equipe da Jacobin. Seus textos são publicados no Washington Post, Vox, The Nation, n + 1, entre outros lugares.
Tradução
Cauê Seignemartin Ameni
Foto acima: Christian Smalls, à esquerda, fundador da Amazon Labor Union (ALU) e o organizador Jason Anthony falam durante uma entrevista coletiva do lado de fora dos escritórios do National Labor Relations Board no Brooklyn na sexta-feira, 1º de abril de 2022. (Jeenah Moon / Bloomberg via Getty Images)
A vitória dos trabalhadores da Amazon representa uma verdadeira história de David contra Golias: um sindicato independente acaba de nocautear uma das empresas mais poderosas do mundo.
Uma virada sem paralelo na história pós-Reagan do movimento trabalhista acaba de acontecer: os trabalhadores dos armazéns da Amazon nos Estados Unidos conquistaram o reconhecimento de um sindicato pela primeira vez. A votação supervisionada do National Labor Relations Board (NLRB) no JFK8, um centro de atendimento em Staten Island, foi de 2.654 a favor da Amazon Labor Union (ALU) e 2.131 contra, em uma instalação com 8.325 eleitores. As sessenta e sete cédulas impugnadas e onze nulas não foram determinantes, dada a margem de vitória do sindicato.
A contagem de votos começou, incrivelmente, no mesmo dia da reeleição em Bessemer, Alabama, onde o Retail, Wholesale and Department Store Union (RWDSU) ganhou terreno significativo. Lá, a contagem foi de 875 votos a favor da sindicalização e 993 votos contra, mas com 416 cédulas contestadas, o resultado é muito próximo e dependerá da adjudicação dessas cédulas pelo NLRB em algum momento nas próximas semanas.
“Cada voto deve ser contado”, disse o presidente da RWDSU, Stuart Appelbaum, ontem em comunicado. “Os trabalhadores da Amazon enfrentaram uma luta desnecessariamente longa e agressiva para sindicalização no seu local de trabalho, com a Amazon fazendo tudo o que podia para espalhar desinformação.” leia mais