8 de março – dia de luta da mulher trabalhadora
Andressa Fochesatto*
* Professora da rede estadual de ensino de Pernambuco, Formadora do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio e integrante do coletivo Novo Germinal – Centro de Estudos Victor Meyer de Pernambuco.
É urgente e necessário retomarmos as raízes históricas do 8 de março, evocando o espírito de luta e mobilização das mulheres da classe trabalhadora do início do século XX, que inspiraram as socialistas alemãs Luise Zietz e Clara Zetkin a convocar um Dia Internacional das Mulheres da Classe Trabalhadora.
Vemos nos últimos anos uma série de greves e manifestações protagonizadas por mulheres em todo o mundo[1] que coloca como possibilidade uma nova onda feminista combativa e classista, que rejeita a subvalorização do trabalho, tanto remunerado como não remunerado, das mulheres no capitalismo e lança os olhos para uma luta de classes feminista, internacionalista, antirracista e anticapitalista.
É principalmente sobre o trabalho das mulheres (remunerado e não remunerado) que o capitalismo se sustenta e se perpetua. Em se tratando do trabalho remunerado, nossas reivindicações vão muito além da luta por salário e jornada, ela também aborda, entre outros, o assédio e a violência sexual, assim como as barreiras à justiça reprodutiva. leia mais