Arquivo da categoria: Luta no campo

De movimento a movimento: aliança campo e cidade por soberania alimentar nos territórios

do portal do CEAS, Centro de Estudos e Ação Social

 

Articulação e solidariedade entre comunidades rurais e urbanas são alternativas para fortalecimento territorial e defesa da vida

No dia 30 de abril, última sexta-feira, foi realizada mais uma importante ação de solidariedade entre movimentos do campo e da cidade com o objetivo de promover a segurança alimentar e a defesa dos territórios. Cerca de 2,4 toneladas de alimentos agroecológicos, distribuídos em 150 cestas, foram entregues a comunidades periféricas de Salvador. Os alimentos são oriundos de áreas de Reforma Agrária, organizadas pelo Movimento CETA, no sul da Bahia, e pela Pastoral Rural da Diocese de Paulo Afonso; os destinos das cestas na capital baiana, articulados através do trabalho do CEAS, foram: Alto das Pombas, com a liderança do GRUMAP (Grupo de Mulheres do Alto das Pombas), comunidades do Movimento Sem Teto da Bahia – ocupações do Centro Histórico e a Quilombo do Paraíso, no subúrbio, Artífices da Ladeira da Conceição da Praia e Vila Coração de Maria, no bairro 2 de julho.

Essa ação primeiro retoma articulações realizadas durante o ano passado pelo CEAS junto aos movimentos, que buscaram contribuir com o enfrentamento à pandemia e suas consequências sociais.  Em segundo, dá o pontapé para consolidação de uma campanha permanente para o fortalecimento da aliança entre campo e cidade, pautando a luta por soberania alimentar e a defesa territorial como pontos comuns e fundamentais para a construção de saídas no contexto de aprofundamento das crises sanitária, social e econômica no país. leia mais

Movimentos de luta pela terra ocuparam sede do INCRA

A mobilização começou na segunda-feira, 13/04, na Bahia, em conjunto com a mobilização nacional, em Brasília, e segue até que as propostas sejam ouvidas pelos governos Estadual e Federal

do site do CEAS

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O Movimento dos Acampados, Assentados e Quilombolas da Bahia (CETA); Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD); Pastoral Rural; Articulação Estadual de Fundos e Fechos de Pasto; Povos Indígenas. Movimento pelo Teto e Terra (MPTT); Frente dos Trabalhadores Livres (FTL); Movimento dos Trabalhadores Independentes (MTI); Movimento de Resistência Camponesa (MRC); Via do Trabalho (VT); Verde, Socialismo e Trabalho (VST); Teia Agroecológica dos Povos da Cabruca e Mata Atlântica ocuparam nesta segunda-feira, 13/04, a sede do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, reunindo cerca de 1500 pessoas. Acompanham esta ação, no mesmo dia, a ocupação da prefeitura de Nova Soure-região Nordeste da Bahia ; e a Mobilização Nacional em Brasília, com diversos Movimentos de todo o Brasil.

Mobilizados em torno da Jornada de Lutas 2015, os movimentos denunciam o cenário de desmantelamento da política de Reforma Agrária no Estado da Bahia e a completa ausência do executivo, legislativo e judiciário na defesa do direito das populações empobrecidas rurais, e a sua pesada atuação na defesa e ampliação das articulações do grande capital, com a entrega das terras para os fazendeiros e ao agronegócio, que expulsa as famílias e destrói a natureza; a paralisação da reforma agrária e da demarcação dos territórios tradicionais; a lentidão do judiciário para as imissões de posse em favor dos povos do campo e tradicionais.

Os movimentos repudiam a criminalização dos que lutam por terra, território e igualdade social e a apropriação ilegal das terras públicas (grilagem) pelas empresas do agronegócio, que invadem estas terras com o aval do Estado.

 Diante desse cenário reivindicam:

  • Que a REFORMA AGRÁRIA não seja confundida com a condição de Programa Brasil sem Miséria, mas seja vista como uma política pública de desenvolvimento social e que se contraponha ao modelo de inserção no capitalismo mundial levado a cabo pelo governo brasileiro. Para tanto, é necessário que o órgão responsável seja fortalecido e equipado humana e financeiramente.
  • O reconhecimento e titulação dos territórios tradicionais de indígenas, quilombolas, fundos e fechos de pasto e demais comunidades tradicionais.
  • Fortalecimento das tecnologias populares de convivência com o semiárido, a exemplo da mobilização para a construção e ampliação da oferta de cisternas de placa para consumo humano e de produção; leia mais

Movimentos de luta pela terra ocupam sedes do INCRA

A mobilização começou nesta segunda-feira, 12/05, na Bahia e em Sergipe, e segue até que as propostas sejam ouvidas pelos governos Estadual e Federal.

do Portal do Centro de Estudos e Ação Social – CEAS

Movimento dos Acampados e Assentados e Quilombolas da Bahia (CETA), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Pastoral Rural, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Articulação Estadual de Fundos e Fechos de Pasto e Povos Indígenas ocuparam nesta segunda-feira, 12/05, a sede do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. Em Aracaju – SE, cerca de 1200 trabalhadores da Pastoral Rural ocupam também a sede do INCRA. A mobilização integra a jornada de luta dos movimentos para denunciar o descaso dos governos Estadual e Federal com a reforma agrária.

Mobilizados em torno da Jornada de Lutas 2014, os movimentos denunciam o cenário de desmantelamento da política de Reforma Agrária no Estado da Bahia e a completa ausência do executivo, legislativo e judiciário na defesa do direito das populações empobrecidas rurais, e a sua pesada atuação na defesa e ampliação das articulações do grande capital, com a entrega das terras para os fazendeiros e ao agronegócio, que expulsa as famílias e destrói a natureza; a paralisação da reforma agrária e da demarcação dos territórios tradicionais; a lentidão do judiciário para as imissões de posse em favor dos povos do campo e tradicionais. leia mais

Stédile: o neodesenvolvimentismo chegou ao seu limite

O CVM destaca esta entrevista de João Pedro Stédile. O barco do neo desenvolvimentismo parece que está adernando. Mas como alternativa, Stédile tira do bolso a proposta da Assembleia Constituinte. A este respeito, recomendamos a leitura de A propósito da Constituinte de Erico Sachs.

 

Entrevista de João Pedro Stédile para Carta Maior

Segundo a liderança mais expressiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, programa do governo de conciliação de classes “bateu no teto”.

Léa Maria Aarão Reis

“A reforma agrária fixa o homem no campo e desfaveliza o país.” É a ideia central, hoje, do discurso que, com perseverança, põe em prática há 35 anos, o fundador e uma das lideranças mais expressivas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o economista gaúcho João Pedro Stédile, de 61 anos. Carismático, um dos pensadores de raiz marxista e dos ativistas de esquerda mais importantes do país, Stédile não hesita em dizer: “Perdeu-se a oportunidade histórica de fazer a chamada reforma agrária clássica no Brasil.” Para ele, o importante agora é a luta resultante da aliança entre os trabalhadores do campo e os da cidade – os que farão a reforma agrária popular. E acrescenta: “A cidade grande é o inferno em vida para o camponês, pois sobra para ele a favela e a superexploração.” leia mais

Movimento dos Pequenos Agricultores ocupa a unidade de pesquisa da Monsanto, em Petrolina.

Comunicação do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

Na manhã desta terça-feira, 15 de outubro, cinco mil camponeses e camponesas do Nordeste, organizados no Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), ocuparam a 36ª Unidade de Pesquisa da Monsanto no Brasil, localizada no distrito de irrigação Nilo Coelho, em Petrolina-PE.

A ocupação acontece como forma de denúncia aos impactos sociais e ambientais trazidos pela empresa, sobretudo com a modificação genética das sementes e a produção de agrotóxicos, que causa danos irreversíveis ao meio ambiente e à saúde humana em todo o planeta.

“A ocupação é uma forma de enfrentamento à expansão do agronegócio no Nordeste e o repúdio às ações da Monsanto, empresa que, historicamente, privatiza os bens da natureza e controla o mercado agroalimentar mundial, ameaçando a vida dos camponeses e de toda a humanidade”, destaca Leomárcio Araújo da coordenação do MPA.”

A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Soberania Alimentar, que teve início nesta segunda-feira (14/10/13) e segue até sexta (18). Amanhã, no Dia Internacional da Alimentação (16 de outubro), será realizada a Audiência Popular do Semiárido, a partir das 9h, na 6ª Superintendência Regional da Codevasf, em Juazeiro-BA. Todas as pessoas estão convidadas.