Bolsonaro quer atacar os sindicatos de luta para avançar contra os direitos dos trabalhadores: esse é o objetivo de sua reforma sindical
Do portal da Intersindical, instrumento de luta e organização da classe trabalhadora
Para defender a livre organização dos trabalhadores e de seus direitos é preciso lutar
No mês de agosto o governo Bolsonaro formou um grupo reunindo juízes trabalhistas e membros do governo para propor mais alterações na legislação trabalhista e na estrutura sindical; seu objetivo com isso é avançar ainda mais contra direitos e atacar os Sindicatos que lutam em defesa da classe trabalhadora.
Não se trata de uma reforma para colocar fim a estrutura sindical criada no governo Getúlio Vargas que teve como objetivo controlar os sindicatos para submetê-los aos interesses patronais, a proposta tem por objetivo piorar as jornadas de trabalho, exterminar direitos e arrochar ainda mais os salários e junto a isso atacar, os Sindicatos que lutam na defesa dos trabalhadores.
O fim da unicidade sindical, pretendida pelo governo, em nada tem a ver com que o que sempre defendemos, que é o direito dos trabalhadores se organizaram livremente. Nós da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora além de defendermos o fim do imposto sindical, contribuição compulsória criada no governo de Getúlio Vargas, também somos contra a unicidade sindical criada também por Vargas, para impedir a livre organização dos trabalhadores. Defendemos a organização dos trabalhadores nos Sindicatos por ramo de atividade, seja numa cidade, região, ou estado, ou seja, todos os trabalhadores que trabalham em determinado ramo, seja ela privado ou público, devem se organizar por ramo de forma unitária, independente da função que exerçam; isso vale para todos os ramos seja nas indústrias, no campo, nos bancos, no comércio, no serviço público.
A proposta do governo é criar sindicatos por empresa de acordo com os interesses patronais e impedir que os trabalhadores se organizem para lutar em defesa de seus direitos: a proposta que está sendo gestada pelo governo Bolsonaro vai na contramão da liberdade sindical, o que o governo quer com o fim da unicidade sindical é criar sindicatos por empresas para que sejam controlados pelos patrões e, junto a isso, quer ressuscitar sua Medida Provisória em que tentava passar por cima de um direito de organização básico dos trabalhadores, que é o de contribuir livremente através de suas mensalidades sindicais descontadas em folha de pagamento para o Sindicato que são filiados. O governo, ao defender sindicatos por empresas, além de aumentar a fragmentação da representação sindical, quer é aumentar a repressão patronal para avançar no ataque aos direitos. leia mais