Sindicato dos metalúrgicos de Campinas: duas notas sobre as eleições

O CVM publica a seguir as notas das chapas 1 e 2 sobre as eleições para a direção do Sindicato dos Metalúrgicos.  Em breve vamos publicar uma análise sobre o processo eleitoral, seu desfecho e impacto sobre o movimento sindical.

Coletivo do CVM.

CHAPA 2

 

CHAPA 1

18 de julho de 2023

A INTERSINDICAL SEGUE FIRME COM OS/AS METALÚRGICOS/AS DE CAMPINAS E REGIÃO

Se enganam o Capital e seus capachos no movimento sindical que acham que o resultado da eleição do Sindicato vai nos paralisar, a Intersindical segue firme na luta contra os ataques dos patrões, de qualquer governo de plantão

A eleição do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região se encerrou na madrugada do dia 16  de julho e a chapa que venceu a eleição sucumbiu aos mesmos métodos da direita: mentiras, confusão e coerção para impor seus interesses pessoais e eleitorais.

Os/as metalúrgicos/as  de Campinas e região em 1984 derrotaram a chapa do pelego que estava à serviço do patrão e da ditadura  e desde então retomamos  o Sindicato como instrumento de luta e organização da classe trabalhadora.

Com o mesmo empenho que contribuíram para a construção da CUT  para ser um instrumento de defesa dos trabalhadores, romperam com essa central quando ela abaixou a cabeça para os patrões  aceitando a redução de direitos da classe trabalhadora já na década de 1990.

Em 2006, os/as metalúrgicos/as de Campinas e região se somaram à construção da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, uma Organização que se consolidou  para contribuir na reorganização do movimento sindical enfrentando os ataques dos  patrões e de qualquer governo de plantão.

A coerência e luta do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas foi referência fundamental para diversas categorias que pelo país afora se colocaram em movimento para retomar e manter os Sindicatos nas mãos dos trabalhadores com a Intersindical.

Os que racharam a diretoria e romperam com a Intersindical  buscando usar o Sindicato para  seus interesses eleitorais e pessoais fizeram de tudo para esconder que se aliaram às centrais sindicais que há tempos entregam direitos dos trabalhadores e que por isso foram derrotadas nas eleições do Sindicato nos últimos anos.

Durante todo o processo eleitoral mentiram e em parceria com as empresas coagiram a categoria. Como pelegos contrataram jagunços para tentar intimidar os trabalhadores. Se juntaram à CUT, CTB, Nova Central, UGT que entregam os direitos dos trabalhadores.

A eles se juntaram também a CSP- Conlutas, outra central que há tempo vem se distanciando dos trabalhadores, aceitando rebaixar direitos como o fizeram na GM em São Josés dos Campos/SP. Nessa eleição se igualaram aos pelegos chegando ao ponto de tentar roubar o carro que estava sob responsabilidade do dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos e da Intersindical Emanuel Melato.

Durante os meses da campanha, a chapa que tomará posse no mês de setembro se utilizou de práticas criminosas caluniando dirigentes da Organização e o mais grave: ameaçando através de mensagens, ligações e vídeo a vida do companheiro Sidalino Orsi Júnior, conhecido como Pato Roco, o atual presidente do Sindicato.

Em relação as ameaças de morte, as calúnias e as falsas denunciação de crimes cometidas por membros e apoiadores da chapa patronal, a Intersindical já encaminhou as devidas medidas judiciais e de proteção aos companheiros que estão sendo ameaçados.

A chapa que assumirá a direção do Sindicato já na segunda-feira posterior ao dia da eleição não conseguiu mais esconder sua relação promíscua com a patronal: na segunda-feira dia 17 de julho, um dos trabalhadores que fazem parte da CHAPA 1 foi demitido da fábrica em que trabalha e outros estão com ameaças de demissão, ou seja, estamos combatendo a velha prática dos pelegos que em conluio com os patrões tentam frear a organização dos trabalhadores.

Mesmo enfrentando toda máquina burocrática, partidária e o gangsterismo sindical praticado por degenerados travestidos de lutadores , a Chapa da Intersindical derrotou os pelegos  em todas as montadoras e teve apoio firme dos trabalhadores de outras fábricas como no setor de autopeças, eletro eletrônico que viram o risco que a categoria corre ao deixar o Sindicato nas mãos do oportunismo que quer transformar o instrumento de luta em um balcão de negócios.

Fizeram uma campanha igual as candidaturas oportunistas nas eleições à prefeito, vereador, prometendo o que não vão cumprir, pois seu real objetivo é buscar a conciliação com o inimigo de classe rebaixando os direitos dos metalúrgicos nas Convenções Coletivas de Trabalho e usar  o Sindicato para as candidaturas de seus partidos.

O resultado da eleição não nos paralisa, ao contrário, a Chapa da Intersindical será a Chapa de Oposição que retomará o Sindicato para as mãos dos trabalhadores.

O resultado da eleição não paralisa a Intersindical, pois  nesses 17 anos construímos uma Organização que se enraizou na base em diversas categorias pelo país afora, se enganam o Capital e seus capachos que acham que não continuaremos em Campinas, continuaremos junto aos milhares de metalúrgicos que sabem da importância de num curto espaço de tempo retomar seu instrumento de luta  para suas mãos.

Os/as metalúrgicos/as de Campinas e região sabem que não estarão sozinhos contarão com o empenho firme da Intersindical que não se move em busca de aparatos, mas sim em retomar e manter os Sindicatos na trincheira da luta contra os ataques do Capital, seu Estado e seus capachos ainda presentes no movimento sindical.

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