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A Conjuntura Internacional no Começo de 2022

Cem Flores – 25/02/2022
Foto: Tanques russos na cidade de Mariupol, na Ucrânia, em 24.02.2022.

Agravamento das contradições interimperialistas, guerra e aumento da exploração e da miséria das massas trabalhadoras.

 

I. Introdução

Nas duas primeiras décadas do século 21, as sucessivas crises do capital(desdobramentos da longa crise do sistema imperialista, em seu estado depressivo) marcaram a economia mundial – juntamente com um sem número de agressões militares imperialistas (Afeganistão, Iraque, Síria, Palestina, Cazaquistão e, agora, Ucrânia, entre vários outros exemplos). Este ano de 2022 não deverá ser diferente em nenhum dos dois casos. leia mais

A luta dos operários metalúrgicos de Cádis mostra o caminho para combater a sobre-exploração capitalista

Cem Flores 14.01.2022

 

Para as classes trabalhadoras de todo o mundo, o ano que passou foi marcado pela continuidade da pandemia e pela piora nas condições de vida causadas por mais uma crise econômica, estourada em 2020. Frente ao novo aumento da exploração, do desemprego, da carestia e da miséria, são inúmeras as formas e exemplos de resistência das massas exploradas para sobreviverem a esse duro período.  Nos bairros de periferia, nas ruas, nos locais de trabalho, as lutas têm acontecido, mesmo sob baixo nível de organização e ausência quase completa de posições revolucionárias. Essas lutas, que se voltam objetivamente contra nossos inimigos de classe, aqueles que nadam em dinheiro à custa de nosso suor e sangue, nos indicam o caminho correto a seguir. Será na resistência concreta que melhoraremos nossas vidas e daremos passos na construção de nossa força independente, de classe, em direção a uma nova sociedade sem exploradores. leia mais

Um sonho escuro, heroico e terrível (sobre a experiência socialista na antiga URSS)

Eduardo Stotz

 

Apresentação

 

O capitalismo é um “sistema” historicamente condenado por suas características predominantemente destrutivas: trata-se de um modo de produção que gera, pela exploração da força de trabalho assalariada, simultaneamente riqueza e miséria social; por desconhecer limites, a expansão do modo de produção capitalista ameaça a vida em escala planetária; a competição generalizada e cada vez mais violenta entre as gigantescas empresas monopolistas, garantida pelos respectivos estados nacionais, agrava a tendência à militarização e à guerra. leia mais

Estagflação com novo patamar de exploração e miséria: a economia brasileira no final de 2021

Cem Flores – 17.12.2021

 

Na última divulgação do IBGE, o PIB estagnou (-0,1%) no 3º trimestre. Somado ao resultado anterior, -0,4%, a economia brasileira entrou na dita “recessão técnica”. “As quedas são pequenas, mas o sinal é negativo”, revelou um espadachim da burguesiaOutra espadachim reforçou: “é um cenário muito ruim, de estagnação. Perdemos fôlego de forma muito rápida na saída da pandemia”.

Neste final de ano não há propaganda (ou delírio) governamental que possa esconder a realidade. O crescimento em torno de 4,5%, esperado para este ano, é só uma reposição da violenta recessão da pandemia, em 2020. Essa recuperação de curto prazo, cíclica, do capital apenas nos levou de volta, em piores condições, com contradições agravadas, à estagnação estrutural na qual a economia brasileira se encontra na última década. Conjuntura que tem deteriorado profundamente as condições de vida das massas trabalhadoras e possibilitado uma imensa ofensiva da classe burguesa, até o momento, bem sucedida. leia mais

O caminho da América Latina

Elaine Tavares 18.11.2021 – Correio da Cidadania

Foto: Difusión/Retirada do La Republica (Peru)

 


Nu
estra América está, como sempre, em ebulição, buscando encontrar um caminho para o bem-viver. Mas, não é fácil. E o principal obsculo é, sem lugar a dúvidas, a incapacidade dos governos ditos progressistas de fazer as mudanças necesrias, esperadas pelos trabalhadores. É um eterno retorno.

Vêm as eleições, as promessas, e quando chega a vitória, tudo se esboroa no andar da carruagem. No geral a culpa sempre recai na crise econômica ou na ação desintegradora dos Estados Unidos. De fato, esses são elementos importantes, mas não são os decisivos para que as mudanças não ocorram. O que realmente falta é coragem para fazer os câmbios estruturais e romper com o modo de produção capitalista. A esquerda liberal quando no poder segue defendendo a propriedade privada e acreditando que é possível dar uma cara humana ao capitalismo. leia mais