Fatos & Crítica 44: O outubro palestino

 

 Notas sobre os quatro meses da guerra Israel-Palestina

 

Ao iniciar essas notas, Israel intensifica bombardeios sobre Rafah, cidade ao extremo sul da faixa de Gaza.  Mais de 50 anos de ocupação e 10 anos de bloqueio tornaram insuportável a vida de 2,1 milhões de palestinos que vivem dentro da Faixa de Gaza que hoje é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, com mais de 5.000 habitantes por quilômetro quadrado. A Faixa de Gaza é menor que cidade de Magé/RJ, mas abriga 8,5 vezes mais pessoas[1].

Em 07 de outubro de 2023 o cerco aos muros da fronteira fortificada e militarizada imposta pelo Estado de Israel à faixa de Gaza foi rompido por combatentes palestinos liderados pelo Hamas[2]. A ação causou cerca de 1.200 mortes e 130 sequestros da população israelense, entre civis e militares, e ganhou destaque na grande mídia, preparando a chamada “opinião pública” para a reação de Israel enquanto “país agredido”, o que viria a acontecer em seguida. Nessas circunstâncias, o retrato do dia 7 de outubro serviu para o Estado de Israel pousar de vítima. Sob o argumento da autodefesa e a perseguição aos “terroristas” do Hamas vemos nesses dias ataques brutais e indiscriminados à população palestina. Até este momento, quase 29 mil palestinos foram mortos, sendo que 70% são mulheres e crianças, contra cerca de 3 mil israelenses, na maior parte militares. Israel conta com um dos maiores poderios bélicos e militares do mundo: são 173 mil militares da ativa e 465 mil na reserva, já mobilizados, contra 20 a 25 mil integrantes das brigadas do Hamas[3].

Inicialmente, podemos ressaltar alguns aspectos latentes desse conflito: do lado palestino, a rebelião armada da Faixa de Gaza foi como uma explosão de uma panela de pressão em reação à tirania sistemática com que o Estado de Israel vem submetendo há décadas a população palestina, e avançando os seus assentamentos sobre o território palestino, além de prisões em massa, inclusive de crianças, e um cerco econômico de meios básicos de vida.

Não por acaso, a faixa Gaza é considerada atualmente a maior prisão do mundo a céu aberto[4]. A situação da população palestina pode ser comparada às terríveis condições as quais os judeus foram submetidos no Gueto de Varsóvia pelos nazistas em 1940[5]. Em ambas as situações evidencia-se o objetivo genocida do opressor. Ambas também possuem em comum o legítimo direito à rebelião armada dos oprimidos frente a um claro e contínuo processo de extermínio étnico promovido pelas forças opressoras. Portanto, o 7 de outubro dos palestinos é um levante heroico que luta pela sua sobrevivência como um povo.

A resistência armada na Faixa de Gaza também ocorreu num cenário internacional de maior risco de isolamento da causa palestina em função do avanço do cerco político, econômico e militar que vinha se formando com o chamado “Acordo de Abraham”, uma aliança entre o imperialismo norte-americano, Israel e Emirados Árabes, que já reunia a Jordânia, Egito, se estende ao Bahrein, Marrocos e Sudão e estava muito próximo de efetivar um acordo com a Arábia Saudita.

Pelo lado do Estado sionista, teria havido uma aparente complacência da inteligência das forças israelenses, mesmo alertada pelo Egito com antecedência para um possível ataque palestino a partir de Gaza[6], o que gerou suspeita de que o governo de Benjamin Netanyahu teria facilitado o conflito como uma “isca”, um pretexto para uma guerra contra os palestinos[7]. E existiam razões de ordem interna para isso: a recente situação política do premier israelense que vinha sendo alvo de três processos por corrupção. O seu governo passava por turbulências com as inúmeras manifestações de massa contrárias à reforma do judiciário e que pediam a deposição do premier. Para escapar da crise, Netanyahu encaminhou ao Knesset, o parlamento israelense, uma reforma judiciária que enfraquecia a Suprema Corte[8], uma vez que instituía o poder revisor do parlamento sobre as decisões da Corte. Aprovada pelo Knesset no primeiro momento, em 24/07/2023, a reforma acabou sendo derrubada pela Suprema Corte em 01/01/2024.[9]

A instabilidade do governo Netanyahu levou a uma aproximação com grupos kahanistas[10], sionistas extremistas da pior estirpe, que passaram a integrar o seu gabinete. Há de se registrar que o espetáculo macabro da guerra já se desenhava nas declarações bem diretas de membros do governo de Israel, como fez o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, um kahanista tal como Ben Gvir, atual ministro da Segurança Nacional. Numa cerimonia pública em Paris, ocorrida em março de 2023, Smotrich teve a empáfia de dizer que “(…) não existe um palestino” porque “não existe um povo palestino”[11]. E apresentou mapa de Israel com fronteiras… na Síria! Esta sórdida provocação antecedeu a outra, não menos adjetivada, de Netanyahu, que discursou na Assembleia Geral da ONU, em 22/09/2023 afirmando que “Israel está perto de um acordo histórico com a Arábia Saudita” mostrando um mapa da Israel em suas mãos onde os territórios de Gaza e da Cisjordânia estavam apagados. Afirmações desse gênero, feitas na caradura, não são inéditas se recordarmos que em 1967 a ex-Primeira Ministra Golda Meir já havia dito que “não há algo assim como – palestinos. […] Eles não existem”.

No plano internacional a onda conservadora vem favorecendo às forças políticas de extrema direita de Israel. O Acordo de Abraham é uma movimentação no tabuleiro geopolítico que interessa ao imperialismo norte americano e seus aliados, tanto pelo fortalecimento de sua influência na região como pela contraposição à influência e aproximação da China e da Rússia. Neste aspecto, o sionismo vem bem a calhar com os interesses do imperialismo norte-americano. A guerra em Gaza poderia tomar outros rumos e proporções. Líbano e Irã seriam “a bola da vez”, porém Netanyahu não tem aval interno para essa “guerra total”.

Voltando às origens do conflito

Os aspectos da conjuntura acima descritos que antecedem a guerra podem ser considerados como uma espécie de fase aguda de uma doença crônica, o sionismo. Este tema é fundamental para a compreensão do atual conflito, pois vemos no presente a repetição da estratégia de Israel e os países aliados de escamotear a verdadeira história da usurpação das terras palestinas e a expulsão do seu povo.

O sionismo é uma ideologia de caráter colonial e racista formulada em 1892 por Theodor Herzl, que no princípio possuía um cunho laico e pretendia reunir num único país o “povo” judeu perseguido e disperso pela diáspora em tempos remotos.  O lema de “uma terra sem povo para um povo sem terra” foi abandonado na prática para atrair ao sionismo as correntes religiosas judaicas que defendiam a “volta à terra prometida”, isto é, a Canaã, onde há séculos viviam os palestinos e hoje é território ocupado por Israel. Ao forjar a doutrina do sionismo era preciso criar também “um povo” e “uma nacionalidade” para os judeus.

No entendimento do historiador israelense Shlomo Sand, “os judeus se constituem de vários povos, com culturas de histórias distintas, formados também por grupos convertidos, que assumiram uma mesma identidade religiosa. Mas a homogeneidade como um povo desprovido de território era indispensável para o raciocínio sionista.”[12] Por conseguinte, os judeus não constituíam “uma nacionalidade desprovida de território ou dominada por estados coloniais mas uma etnia heterogênea que o sionismo iria agrupar por um discurso de libertação nacional”.[13]

No início do Mandato Britânico, em 1922, os palestinos constituíam noventa por cento da população sendo que os judeus nativos eram uma parte minoritária que vivía naquela região. Com a compra de terras feitas com subsídios do Fundo Nacional Judaico – FNJ, uma organização financeira privada fundada em 1901 financiada por judeus sionistas de todo mundo, principalmente os de origem burguesa, a colonização chegou a alcançar em 1947 um terço da população, porém concentrada nas cidades e detendo menos de 6% do território da Palestina. Esse núcleo financeiro prepondera até os dias de hoje, arvorando-se como o real proprietário de todo o território ocupado dos palestinos, hoje o Estado de Israel.

Mas não foi apenas a força econômica do capital financeiro judaico-burguês que forjou a ocupação da palestina. Com o apoio do FNJ, ações militares e terroristas foram colocadas em prática, cujo núcleo dirigente na fase decisiva de implantação do Estado de Israel foi capitaneado por David Ben Gurion – nascido David Gruen, em Plonsk, na Polônia. Além da Haganá (defesa), força paramilitar sionista sob as ordens de Ben Gurion, havia outros dois grupos de milícias que agiam com relativa autonomia do Haganá: o Irgun (organização), de Menachem Begin, responsável pelo atentado ao Hotel King David em 1941, e o Lehi (acrônimo de Lutadores pela Liberdade de Israel), conhecido também pela alcunha de Gangue Stern, liderada por Abraham Stern, contava com Yitzhak Shamir em suas fileiras. Este grupo foi o responsável pelo Massacre de mais de uma centena de palestinos ocorrido na vila Deir Yassim, nas proximidades de Jerusalém, em abril de 1948[14]. Irgun e Lehin deram origem ao Likud, atual partido de Netanyahu.

Com o suporte da FNJ, o bitachon (questão da segurança, em hebraico) começou a ser meticulosamente preparado, mapeando aldeias, lideranças, famílias, hábitos, fragilidades e armamentos. O Plano C, terceira versão das ações preparadas pela Haganá, foi elaborado em 1946, e tinha entre seus objetivos, matar a direção política palestina, matar agitadores palestinos e seus financiadores, matar oficiais graduados e funcionários, danificar transportes, recursos básicos de sustento como minas e água, atacar vilarejos, clubes, cafés e salas de reuniões[15].

Em novembro de 1947 foi aprovada a Resolução de Partilha da ONU, à revelia dos representantes palestinos e do mundo árabe que a rejeitaram e sequer foi realizado um plebiscito com a população, dois terços dela constituída de palestinos.[16] Com a iminente saída dos ingleses da região em maio de 1948, o Plano Dalet (Plano D) concebido dois meses antes, foi colocado em prática. Os judeus estavam cientes de sua supremacia militar naquele momento, numericamente era algo como 2 para 1, bem armados e treinados por assessores militares britânicos. Este Plano tinha como principal diretriz a expulsão forçada de centenas de milhares de palestinos árabes indesejados, isto é, desarabizar tanto as áreas urbanas como rurais. A execução do Plano Dalet a partir de agosto de 1948 resultou em atrocidades e mortes contra civis palestinos e deu início à Nakba, termo árabe que significa Catástrofe, quando cerca de 750 mil árabes palestinos foram expulsos de suas casas.

Esse capítulo dramático da história do povo palestino foi o início de uma ação sistemática do Estado de Israel nas décadas seguintes com o objetivo de implementar uma limpeza étnica na palestina, expandindo seu domínio territorial. Os três grupos paramilitares, Haganá, Irgun e a Gangue Stern agiram em conjunto em ataques contra a população palestina. Seus líderes, Ben Gurion, Menachem Begin e Abraham Stern, e demais integrantes se tornaram figuras de estado notáveis e jamais responderam em tribunal pelos atos criminosos que perpetraram. Pelo contrário, o Estado de Israel lhes concedeu honrarias e homenagens.

A guerra de hoje é mais uma etapa da limpeza étnica da Palestina

Após o 7 de outubro, as forças militares de Israel iniciaram bombardeios diários ao norte de Gaza, com a população sendo instigada para migrar para o sul. A guerra anunciada por Israel contra o “terrorismo do Hamas” vem causando a morte da população civil, predominantemente de mulheres e crianças. O rastro de mortes e destruição não poupou hospitais, escolas, centros civis e toda a infraestrutura habitacional. Impõe bloqueio à entrada de bens de primeira necessidade à população como água, alimentos, combustível e medicamentos em todo o território de Gaza[17]. Os ataques e as restrições se estendem a Cisjordânia, onde não governa o Hamas.

A destruição da infraestrutura urbana e habitacional vem ocorrendo em grande escala, a ponto de inviabilizar a vida humana em condições sanitárias básicas e abrindo a perspectiva de surtos e endemias na população palestina. Essa destruição premeditada, segundo alguns observadores, caracterizaria o “crime de domicídio”[18], condição que precede e acelera o genocídio da população palestina. É importante registrar que antes da guerra, a destruição de casas de palestinos já se fazia de rotina como retaliação a qualquer ato considerado como ameaça ao estado sionista. Hoje se estima uma população de 1 milhão e setecentos mil palestinos que se aglomeram no sul do território de Gaza e conta com a proporção de 1 banheiro para 500 habitantes e 1 chuveiro para 2000[19].

No momento em que escrevemos este texto, o governo de Israel bombardeia a cidade de Rafah, a cidade ao extremo sul da faixa de Gaza, que hoje abriga 1 milhão de pessoas. As mortes diárias subiram exponencialmente (trinta em média para mais de cem). Em 07/02/24 a proposta apresentada pelo Hamas nas negociações em Catar de um cessar fogo de 135 dias foi rejeitada por Israel. Os últimos dias têm sido de intensificação dos bombardeios no sul, especulando-se que os palestinos sejam forçados a buscar abrigo cruzando a fronteira do Egito, única saída para fugir da morte.

Solidariedade da classe trabalhadora vem de todos os países

  A solidariedade internacional da classe trabalhadora à causa palestina vem se fazendo presente em greves e manifestações de rua. Londres, Paris, Frankfurt e Nova York. Em 11/12/2023 os trabalhadores da Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Líbano e Jordânia fizeram greve geral em apoio à causa palestina. Os governos de países europeus têm proibido manifestações contrárias a Israel com o argumento de que seriam antissemitas. Querer confundir o antissionismo com antissemitismo é como tapar o sol com peneira para manter-se alinhado politicamente a Israel e ao imperialismo estadunidense.

Há um longo caminho a percorrer na história desse conflito. A certeza de que o povo palestino está do lado certo da história é só o começo.

  • Cessar fogo já!
  • Palestina livre do rio ao mar!
  • Por uma confederação árabe-israelense socialista!

 

Coletivo do CVM – 21/02/2024

LEIA AQUI EM PDF – CADERNO F&C_44

Levaste-nos tudo exceto
Estas rochas
Para a sobrevivência dos meus netos
Mas o vosso governo vai também apoderar-se delas
… ao que dizem!

… Então

Toma nota!
Ao alto da primeira página
Eu não odeio os homens
E não ataco ninguém mas
Se tiver fome
Comerei a carne de quem violou os meus direitos
Cuidado! Cuidado
Com a minha fome e com a minha raiva!

 (trecho do poema Bilhete de Identidade, 1964
de Mahmoud Darwish, Palestina, 1941-2008)

 Notas:

[1] Faixa de Gaza tem cerca de 365 km² e a cidade de Magé 385,696 km² com população de 246.433 habitantes.

[2] Hamas é um acrônimo de Harakat al-Muqāwama al-Islāmiyya, ou Movimento de Resistência Islâmica. A mídia burguesa identifica o Hamas como governo da Faixa de Gaza e responsável pelo ataque de 07 de outubro. . Entretanto, segundo a fonte citada a seguir, o ataque se deve a uma coalizão das alas militares de 8 organizações: Brigadas al-Qasam, ala militar do Hamas; Brigadas Saraya al-Quds, ala militar de la Jihad Islâmica; Brigadas Mártires de al-Aqsa, ala militar do Fatah da Autoridade Palestina; Leões Den, organização militar fundada em 2022; Brigadas Mártir Abu Ali Mustafá, ala militar da FPLP – Frente Popular pela Libertação da Palestina, que se identifica como marxista; Brigadas al-Nasser Salah al-Deen,  ala militar de CRP – Comitês de Resistência Popular, póximos do Hezbollah y a Irã, Brigadas Mujahideen, ala militar do movimiento Mujahideen e Brigada Força Nacional Omar al-Qasim que é a ala militar da FDMLP (Frente Democrática Marxista para Libertação da Palestina. Ver em: https://plramericalatina.com/index.php/2023/11/06/el-conglomerado-de-organizaciones-de-la-resistencia-palestina/

[3] Ver em: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2023/10/13/palestina-exercito-forcas-de-defesa-de-israel.htm

[4]Um relatório da ONU de 2012 previu que o enclave palestiniano seria “inabitável” até 2020 se nada fosse feito para aliviar o bloqueio, mas em Junho de 2017 um relatório da ONU sobre as condições de vida em Gaza afirmou que todos os indicadores estão indo na direção errada e que esse prazo está na verdade se aproximando ainda mais rápido do que o previsto anteriormente”. Ver em: https://www.nrc.no/news/2018/april/gaza-the-worlds-largest-open-air-prison/ e também em: https://vermelho.org.br/coluna/gaza-prisao-a-ceu-aberto/

[5] Tushnet, Leonard. Morrer com honra: o levante do gueto de Varsóvia. Rio de Janeiro: Saga, 1966.

[6] Egito alertou Israel 3 dias antes do ataque do Hamas, diz congressista dos EUA… Em Carta Capital: https://www.cartacapital.com.br/mundo/egito-alertou-israel-3-dias-antes-do-ataque-do-hamas-diz-congressista-dos-eua/

[7] A história remete ao ataque de Pearl Harbor em 1941 e o ataque às torres gêmeas de 11 de setembro de 2001 trazendo à memória nos dois casos a forte suspeita de negligência na defesa do estado norte-americano, pretexto, respectivamente, para entrada dos americanos na Segunda Grande Guerra em 1941 e para a “guerra ao terror” com a invasão ao Iraque e Afeganistão em 2001. Os ataques militares do EUA ao Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia e Iêmen provocaram mais de um milhão de vítimas, civis em sua maioria.

[8] “A reforma também inclui uma proposta para permitir que o Parlamento rejeite decisões da Suprema Corte com maioria simples, ou seja, com 61 votos em um total de 120 deputados.” Ver em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c6pnd2jz13jo#:~:text=A%20reforma%20tamb%C3%A9m%20inclui%20uma,um%20total%20de%20120%20deputados.

[9] Ver em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0dyxg20ndeo

[10] Seguidores do Rabino Meir Kahane, israelenses ultranacionalistas, cujo grupo foi classificado como organização terrorista até mesmo pelos EUA.  Entre esses seguidores está Ben Gvir, atual ministro da Segurança Nacional do governo de Benjamin Netanyahu. Gvir é colono na Cisjordânia e consta já ter distribuido 10 mil rifles de assalto a outros colonos. Ver em: https://revistaforum.com.br/global/2023/11/8/quem-olavo-de-carvalho-de-israel-que-ele-pregava-147361.html

[11] Ver em: https://sputniknewsbr.com.br/20230320/ministro-de-israel-diz-que-palestina-nao-existe-e-usa-mapa-israelense-com-fronteiras-dentro-da-28118344.html

[12] Sand, Shlomo. A invenção do povo judeu. São Paulo: Ed. Benvirá, 2011.

[13] Altman, Breno, Contra o Sionismo. Retrato de uma doutrina colonial e racista. São Paulo: Editora Alameda, 2024.

[14] Ver em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Deir_Yassin

[15] Pappé, Ilan. A limpeza Étnica da Palestina. São Paulo: Editora Sundermann, 2016, p. 48.

[16] Essa partilha estabelecia 42% da terra a 818 mil palestinos (incluindo 10 mil judeus nativos) enquanto 56% da terra era destinada a 499 mil judeus, incluindo 438 mil palestinos. Ainda um pequeno enclave em torno de Jerusalém teria um governo internacional, com a população de 200 mil, dividida igualmente entre palestinos e judeus. Pappé, Ilan. A limpeza Étnica da Palestina. São Paulo: Editora Sundermann, 2016, p. 54.

[17] “Estamos impondo um cerco total à Gaza. Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado”, disse o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant em vídeo divulgado em 09/10/2023, acrescentando: “estamos lutando contra animais e agimos em conformidade”.

[18] “Destruição em Gaza faz especialistas pedirem que crime de ‘domicídio’ seja criado”. Ver em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2023/12/08/destruicao-em-gaza-faz-especialistas-pedirem-que-crime-de-domicidio-seja-criado.htm

[19] “Num alerta emitido nesta sexta-feira, a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta para a “explosão” de doenças entre a população da Faixa de Gaza. Segundo a agência, a destruição de infraestrutura básica, o deslocamento de 1,7 milhão de pessoas, a falta de hospitais e de saneamento são as principais explicações…” Ver em:  https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/01/19/com-1-chuveiro-para-2-mil-pessoas-em-gaza-oms-ve-explosao-de-doencas.htm

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