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8 de março – dia de luta da mulher trabalhadora

Andressa Fochesatto
Professora da rede estadual de ensino de Pernambuco, Formadora do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio e integrante do coletivo Novo Germinal – Centro de Estudos Victor Meyer de Pernambuco.

 

É urgente e necessário retomarmos as raízes históricas do 8 de março, evocando o espírito de luta e mobilização das mulheres da classe trabalhadora do início do século XX, que inspiraram as socialistas alemãs Luise Zietz e Clara Zetkin a convocar um Dia Internacional das Mulheres da Classe Trabalhadora.

Vemos nos últimos anos uma série de greves e manifestações protagonizadas por mulheres em todo o mundo[1]​ ​ que coloca como possibilidade uma nova onda feminista combativa e classista, que rejeita a subvalorização do trabalho, tanto remunerado como não remunerado, das mulheres no capitalismo e lança os olhos para uma luta de classes feminista, internacionalista, antirracista e anticapitalista. leia mais

O que virá?

Passa Palavra21/01/2021

Estamos perante uma disputa por protagonismo entre as forças de direita: como atuarão as forças de esquerda nesse novo cenário?

A falência do sistema de saúde em Manaus, com a falta generalizada de oxigênio, parece ter levado a situação brasileira a um outro estágio. A grande comoção causada pelos vídeos em direto, por depoimentos de médicos, pela necessidade de transferência de bebês prematuros, levou a uma mobilização de diferentes agentes sociais para além da simples denúncia proclamatória do absurdo. Algumas celebridades começaram a fazer campanhas de doação de cilindros, que, embora irrisórias em termos de escala, dão a ideia de que é preciso fazer algo, uma vez que o governo não faz. Ao mesmo tempo, surgiu nas redes o chamado por um panelaço, tanto pelo oxigênio quanto pela exigência da saída de Bolsonaro. Inicialmente esse chamado circulou nos meios de esquerda, que têm optado por ações do tipo desde abril do ano passado. No entanto, a circulação desse chamado ganhou muito destaque quando foi endossada pelo apresentador e aspirante a político Luciano Huck. leia mais

Desafios da esquerda na UE

Ana Barradas
Bandeira vermelha em 17 de janeiro de 2021

 

Com a pandemia covídica a cumprir o seu curso inevitável, o ano terrível de 2020 terminou com a Europa esparvecida e paralisada pelo medo dos contágios, pelas restrições às liberdades individuais e pelos constantes confinamentos sanitários. Por cima disso, e perante o anunciado aprofundamento da crise económica iniciada em 2007, alargando ainda mais o fosso entre ricos e pobres, os trabalhadores receiam ser lançados numa crise muito grave de privações, fome e miséria. leia mais

O Fechamento da Ford no Brasil e a Luta da Classe Operária

Cem Flores 15.01.2021

 

Em 11 de janeiro a Ford anunciou o fechamento de todas as suas fábricas no Brasil, após pouco mais de um século de atuação no país. Em todo esse tempo, esse que foi um dos primeiros monopólios imperialistas a abrir fábricas no Brasil se beneficiou de todo o tipo de incentivos e privilégios estatais e governamentais, juntamente com seus “rivais”. Nas duas primeiras décadas deste século, o conjunto das montadoras recebeu, apenas do governo federal e apenas de forma direta, incentivos de R$ 69 bilhões. Só nos últimos seis anos essas mesmas empresas já remeteram ao exterior US$ 36,9 bilhões como remessas de lucros e pagamento de dívidas com suas matrizes.

Foi anunciado o fechamento imediato da principal planta da marca no país, em Camaçari (BA), e também da de Taubaté (SP). A planta de Horizonte (CE) continuará operando até o final do ano. Como consequência, haverá a demissão de 5.000 operários/as da Ford, além de outros milhares ao longo da cadeia produtiva. leia mais

Quem chora pelos mortos de Taguaí?

André Miranda

Uma tragédia na reta final da campanha eleitoral pela prefeitura de São Paulo

Quarta-feira, dia 25 de novembro de 2020, seria mais um dia de trabalho. A pandemia, o desemprego, a crise capitalista, contra tudo e contra todos, 52 trabalhadores seguem de ônibus a caminho da empresa para mais um dia de trabalho. Cansados, de máscara, cansados e sem máscara, seguem os trabalhadores, homens e mulheres em busca do pão nosso de cada dia. Vida precária, todos cansados e prontos para mais um dia de labuta, silêncio no ônibus que segue pela estrada, levando em seu interior os corpos cansados de homens e mulheres, quase todos jovens. Monótono caminho para mais uma jornada trabalho. Mas guardados em cada um, neste silêncio pesado, sonhos e esperanças de um futuro melhor. leia mais