Gaza, ano zero: as raízes do Holocausto palestino [parte 9]
Bernardo Kocher
Prof. História Contemporânea
Universidade Federal Fluminense
Publicado no Opera Mundi em 11 de julho de 2024.
Ocupação física de Rafah, em Gaza, é só uma fase de transição para novas e mais profundas operações do sionismo no holocausto do povo palestino
Em artigo anterior deste Opera Mundi, argumentei que a invasão de Rafah representaria um timing muito específico em todo o processo da política social genocida aplicada contra o povo palestino. A ocupação do Corredor Filadélfia (ponto mais distante da fronteira da Faixa de Gaza com o Estado sionista, além de fronteira com o Egito), em tese, apontaria que fisicamente a tomada de todo o território pretendido pela ocupação encerraria a agressão. Tal fato ainda poderia dar a entender que não seria mais necessária nenhuma nova ação militar, já que os objetivos iniciais da ocupação teriam sido alcançados. O tempo tem demonstrado, no entanto, que o timing que apontamos tempos atrás está se explicitando, tornando a ocupação física do território palestino apenas uma fase de transição para possíveis novas e mais profundas operações do sionismo na implementação do holocausto do povo palestino. leia mais