Eles querem tomar tudo que é seu. É hora de parar a produção, para parar o ataque aos salários, direitos

Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

 

 

TEMER E OS PATRÕES TENTAM ENGANAR QUE DIREITO É PRIVILÉGIO

Os patrões e o governo voltaram a dizer que os trabalhadores no Brasil têm uma jornada privilegiada. Mentira

Antes de 1988, os trabalhadores eram obrigados a trabalhar no mínimo 48 horas semanais e antes disso, as jornadas chegavam a mais de 16 horas diárias. A jornada só foi reduzida para 44 horas semanais na Constituição de 1988, depois das greves que ocuparam várias fábricas pelo país afora.

Portanto a redução da jornada de trabalho, não foi presente nem de patrão nem de governo, foi fruto da luta dos trabalhadores.

Os patrões dizem que estão mal das pernas e que é preciso reduzir salários e direitos para manter os empregos. Outra mentira.

Muitas empresas voltaram a demitir milhares de trabalhadores desde 2015 e depois disso entraram no tal Programa de Proteção ao Emprego (PPE) que na verdade protege aos empresários, pois permite aos patrões reduzir os salários dos trabalhadores em 30%. Esse programa foi uma proposta das centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB que os patrões adoraram, o governo Dilma aceitou e o governo Temer a pedido dessas centrais pelegas vai ampliar.

Depois de demitir e reduzir os salários, os patrões querem mais demissões e mais arrocho. Exemplo recente disso, é a Mercedes Benz em São Bernardo do Campo/SP que depois de demitir, reduzir salários e de demitir ainda mais, entrou no PPE e agora quer a demissão de mais 2000 trabalhadores, além de não pagar nem as perdas acumuladas nos salários.

Temer, patrões e a imprensa tentam enganar dizendo que o problema da Previdência é que os trabalhadores se aposentam cedo demais. Mais mentira.

Os trabalhadores pagam regularmente a Previdência, adoecem muitas vezes pelas péssimas condições de trabalho e quando têm de 45 anos pra mais, aumenta a dificuldade para arrumar emprego. O governo desviou os recursos da Previdência para pagar as dívidas provocadas por sua ajuda aos patrões. Sem contar com a enorme sonegação feita pelas grandes empresas que há anos dão calote na Previdência. O que querem é ampliar as demissões principalmente de quem está doente, contratar novos trabalhadores que também vão adoecer e com o desmonte na Previdência não vão ter direito ao auxílio previdenciário e muito menos à aposentadoria.

Nenhum direito foi presente de patrão ou de governo. Não espere deles algum respeito pelo que é seu. É hora de ampliar a luta. Só assim nenhum direito vai ser a menos e vamos avançar em novas conquistas

Os patrões pressionam, ameaçam, tudo para tentar impedir que a luta dos trabalhadores cresça. Eles fazem isso porque sabem que quando o trabalhador vê que quanto mais trabalha menos recebe e, mais adoece, enquanto o patrão comemora os lucros, aí a revolta cresce e se transforma na luta capaz de barrar os ataques aos salários e direitos.

O dia de hoje é mais um passo importante para construir a Greve Geral. Uma greve que pare a produção e a circulação das mercadorias, aí sim vamos manter os direitos garantidos nas lutas que nossa classe em períodos anteriores foi capaz de conquistar.

Nos nossos salários e direitos não.

O dia de hoje (29 de setembro de 2016) é mais um passo importante para construir a Greve Geral. Uma greve que pare a produção e a circulação das mercadorias, aí sim vamos manter os direitos garantidos nas lutas que nossa classe em períodos anteriores foi capaz de conquistar.

Os patrões, além do governo a sua disposição, têm também o auxílio dos pelegos que ainda estão em vários sindicatos aceitando acordos em que os trabalhadores mesmo depois de terem os salários e direitos reduzidos continuam a ser demitidos. Quando não conseguem esses acordos, inventam falsas comissões, passam listas nas áreas de produção obrigando os trabalhadores a assinar, tudo com objetivo de reduzir os salários. Mas nos lugares aonde os Sindicato são de luta, como os Sindicatos que estão juntos na Intersindical, os patrões não conseguiram esses acordos de redução de salários e direitos. E agora é o momento de fortalecer a luta para impedir as mudanças que o governo Temer quer fazer na legislação para atacar o direito do conjunto da classe trabalhadora.

Terceirizar tudo: para os patrões mais lucros. Para os trabalhadores: menos salários, menos direitos, mais acidentes, doenças e mortes

É isso que vai acontecer se o projeto de lei dos patrões que está no Senado e é apoiado pelo Governo Temer passar. Tudo poderá ser terceirizado. Vamos estar numa mesma área, seção de trabalho e cada um com um crachá diferente, recebendo cada um, um salário pior do que outro, com os direitos reduzidos e todos expostos a mais riscos de adoecer, se mutilar e morrer por causa das condições de trabalho que vão piorar.

Para os trabalhadores as coisas só melhoram quando vamos à luta

As gerações que vieram antes de nós também foram muito pressionadas, mas foi sua luta que garantiu os direitos que hoje estão sendo ameaçados.

E lembrar isso, é revelar aquilo que os patrões e seus governos tentam esconder: a força que juntos os trabalhadores têm, é refrescar a memória de quem já fez muita greve e mostrar para quem ainda não fez, a importância desse instrumento para garantir a manutenção e ampliação dos direitos.

Juntos com o conjunto de nossa classe vamos à luta por:

  • Contra o desmonte da previdência e o ataque as aposentadorias.
  • Contra a proposta de aumento da jornada de trabalho e diminuição dos salários
  • Contra qualquer reforma que tem por objetivo diminuir os direitos como 13º, férias, FGTS, com a chamadas jornadas parciais ou intermitentes defendidas pelo governo Temer.
  • Para garantir que nenhum direito seja a menos e para avançar em novas conquistas.

 

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