POLOP, uma Trajetória de Luta pela Organização Independente da Classe Operária no Brasil

Entre 16 e 19 de janeiro de 1961, um grupo de jovens militantes revolucionários reuniu-se em Jundiaí, SP, para fundar uma organização que recebeu o nome de Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop).

Por: R$ 20,00

produção: CVM (2009)

O ato foi o coroamento de uma série de debates e articulações entre quadros políticos e intelectuais que então militavam em pequenas organizações políticas ou se articulavam em torno de publicações marxistas.
Um conjunto de ideias básicas unia o grupo:

  • a condenação à política de colaboração de classes à época comandada pelo PCB, PSB e PTB;
  • a defesa do caráter socialista de qualquer futura revolução no Brasil;
  • o reconhecimento do papel da classe operária como força aglutinadora de uma frente dos trabalhadores da cidade e do campo;
  • a defesa da construção de um partido representativo da classe operária, em oposição aos partidos burgueses e reformistas;
  • crítica às deformações burocráticas dos Estados do então campo socialista, mas solidariedade a esses países em seus conflitos com o sistema imperialista.

A influência da nova organização na esquerda brasileira, em especial na chamada Esquerda Revolucionária, foi profunda. Pode-se dizer que a Polop catalisou as lutas internas que envolveram o PCB nos anos que se seguiram ao golpe militar de 1964. Todas as organizações políticas então formadas na fase da ditadura militar mantiveram algum tido de relacionamento ou mesmo foram diretamente originadas das fileiras da Polop, cujas análises e propaganda política atuaram como um polo irradiador de proposições revolucionárias.

Mas as condições gerais do período que se seguiu, marcadas pela consolidação da ditadura militar pela prolongada clandestinidade – aliadas à onda voluntarista que terminou prevalecendo na Esquerda Revolucionária – selaram o destino da Organização. O cerco repressivo, as prisões, o exílio forçado, provocaram a desintegração do seu núcleo dirigente ao longo dos anos 70.

Com a anistia e o retorno ao país dos exilados, verifica-se um movimento no sentido de reaglutinação da Organização. Tarde demais, pois o contingente de militantes disponíveis era demasiadamente reduzido e isolado do centro dinâmico das lutas sociais brasileiras, numa conjuntura marcada pela retomada das greves operárias, pelo surgimento do PT e pela gestação da CUT. Reconhecendo a importância política própria do PT naquele momento – e sem deixar de entender os seus limites –, a Polop aderiu ao novo partido, mas ao mesmo tempo procurou se manter como organização autônoma. Sem êxito nesse último projeto, dispersou-se lentamente no decorrer da primeira metade dos anos 80.

Este livro contem uma coletânea dos principais documentos elaborados pela Polop durante a sua trajetória, cuja leitura é obrigatória para todos aqueles que se preocupam com as questões sociais do nosso país.

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