Arquivo da categoria: Artigos

Ah! Ça Ira, Ça Ira, Ça Ira! as canções da Revolução Francesa

Manuel Augusto Araújo

Imagem: «A liberdade guiando o povo», do artista francês Eugène Delacroix

Estudar e seguir as canções da Revolução Francesa é verificar a importância das canções no imaginário popular e patriótico e a sua iniludível contribuição para os avanços revolucionários.

 

Durante séculos, as canções participaram directamente na vida social. Eram o espelho dos acontecimentos, o seu catalisador, a sua memória. Registavam a evolução dos costumes, do trabalho, dos amores e desamores, das batalhas, das ilusões e desilusões, cóleras e esperanças. leia mais

El País: Renda do trabalhador mais pobre segue em queda e ricos já ganham mais que antes da crise

Heloísa Mendonça
El País

Desemprego depois da recessão de 2015/2016 derrubou em 20% ganhos dos mais vulneráveis e ampliou a desigualdade no mercado de trabalho apesar do quadro de recuperação da economia

A recessão que o Brasil atravessou entre 2015 e 2016 afetou ricos e pobres, mas passados três anos desde o fim da “pior crise do século”, como foi batizada à época, fica claro que os efeitos deletérios desse período foram diferentes para os dois grupos. Os brasileiros mais abastados já viraram a página das vacas magras. Os pobres, ainda não. Um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas revela que depois da tempestade, os 10% mais ricos já acumulam um aumento de 3,3% de renda do trabalho, ou seja, além de superar as perdas, já ganham mais que antes da recessão. Enquanto isso, os brasileiros mais vulneráveis amargam uma queda de mais de 20% da renda acumulada. Se somarmos os últimos sete anos, a renda do estrato mais rico aumentou 8,5% e a dos mais pobres caiu 14%. leia mais

O sindicalismo burguês no Brasil

Eduardo Stotz

A virada da década de 1980 foi acompanhada do avanço da ideologia burguesa no movimento sindical. O chamado “sindicalismo de resultados” ou da vigência do “sindicato-cidadão” afirmado pela Força Sindical no momento de sua fundação, em 1991[1], tornou-se hegemônico no movimento sindical, tendo influído o setor mais organizado do sindicalismo brasileiro que, estruturado na Central Única dos Trabalhadores (CUT), passa a defender o “sindicalismo propositivo”. A prioridade concedida à negociação coletiva, em clara prevalência sobre a lei, contribui para a fragmentação social dos trabalhadores. A conquista dos direitos sociais e, pois, o embate de classe, remetido ao Estado, insinuada pela CUT, desaparece do cenário sindical nessa virada. leia mais

Ataque do governo Bolsonaro para garantir os interesses privados do capital vai fazer milhares de vítimas

Intersindical – Instrumento de Organização e Luta da Classe Trabalhadora

É isso que significa a Medida Provisória 871. A intenção não é combater fraudes, mas sim retirar direitos dos trabalhadores na Previdência

A Medida Provisória 871, aprovada pela maioria do Congresso Nacional no início dessa semana, abre a porteira para atacar direitos dos trabalhadores que precisam da Previdência e da Seguridade Social. leia mais

Bertolt Brecht: Cinco Dificuldades no Escrever a Verdade

  • FÜNF SCHWIERIGKEITEN BEIM SCHREIBEN DER WAHRHEIT 1934. Tradução de Florian Geyer. Este panfleto político foi escrito para ser distribuído ilegalmente ma Alemanha hitlerista. Foi também publicado no jornal de asilados políticos alemães, em Paris, Nosso Tempo. Em- bora seja um trabalho dirigido diretamente à luta contra o nazismo, indica alguns elementos fundamentais da atitude assumida por Brecht como escritor revolucionário. Impresso no Versuche 9, 1949.

Quem, nos dias de hoje, quiser lutar contra a mentira e a ignorância e escrever a verdade tem de superar ao menos cinco dificuldades. Deve ter a coragem de escrever a verdade, embora ela se encontre escamoteada em toda parte; deve ter a inteligência de reconhecê-la, embora ela se mostre permanentemente disfarçada; deve entender da arte de manejá-la como arma; deve ter a capacidade de escolher em que mãos será eficiente: deve ter a astúcia de divulgá-la entre os escolhidos. Estas dificuldades são grandes para os escritores que vivem sob o fascismo, mas existem também para aqueles que fugiram ou se asilaram. E mesmo para aqueles que escrevem em países de liberdade burguesa. leia mais