A Venezuela e o governo de transição

Raul Estrada

INTRODUÇÃO

A imagem de Caracas no funeral de Chávez já está marcada e gravada na história de luta dos trabalhadores da América Latina. Foram milhares de homens e mulheres de todas as idades, em um cortejo vermelho a repetir o nome do líder durante dias. É evidente que não representou só uma homenagem emotiva de um povo pela perda de seu dirigente. Foi muito mais que isso. Foi o amálgama entre os trabalhadores em luta e sua principal liderança. O reflexo de uma luta sem trégua, desenvolvida desde os primeiros dias de governo há mais de uma década. Representa um novo aprendizado na luta, que identifica a importância de um marco estratégico: a independência política dos trabalhadores frente às classes dominantes.É parte também da histórica luta dos trabalhadores latino-americanos pelo socialismo. De momentos densos como este, temos os ocorridos anteriormente na Bolívia 19521, em Cuba entre 1959 e 19611 e no Chile do governo Allende,(2,3) este último interrompido em 1973 pela cruel e sanguinária ditadura Pinochet. Entre a Venezuela de hoje e as situações citadas acima, há um denominador comum, independente do desfecho final da luta atual. As experiências, vitoriosa em Cuba e derrotadas na Bolívia e no Chile, podem ser entendidas como exemplos ricos de governos de transição rumo ao socialismo, parte da excepcional herança do marxismo4.

O termo está fora de uso há praticamente quarenta anos, após a derrota dos trabalhadores chilenos em 11 de setembro de 1973. Trata-se de um daqueles termos marcados no índex das discussões evitadas, das categorias marxistas lacradas em estantes fechadas por quase quatro décadas de reação e pragmatismo, nas quais decretaram o fim da história e das revoluções. Tempos de neoliberalismo, em que a intelectualidade dominante retirou de circulação palavras incômodas como classe operária, proletariado e socialismo5. Mas os trabalhadores venezuelanos insistem6, reconstroem sua própria história e se apresentam como a vanguarda mais avançada em luta na América Latina. Imediatamente depois de sepultar seu principal líder, trabalhadores e trabalhadoras, segundo Eeckhout7, criaram espontaneamente sua nova e singela declaração de voto: “Chávez, te juro, meu voto é por Maduro.”

Foi travada uma nova batalha eleitoral, como no Chile, um novo passo para uma sucessão presidencial difícil, agora sem a presença de Chávez. Mas a frente revolucionária em torno do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) mostrou capacidade de organização e de mobilização, elegendo seu candidato a presidente. É verdade que a diferença de votos foi pequena, mas no Chile a votação da UP (Unidade Popular) foi ainda menor2. Allende recebeu pouco mais de um terço dos votos em disputa e mesmo assim deu início ao governo de transição dos trabalhadores. Agora, na Venezuela, o PSUV e sua coligação revolucionária continuam a marchar para ultrapassar as barreiras inerentes aos governos de transição.

A TRAJETÓRIA DO GOVERNO DE TRANSIÇÃO

A origem do Chavismo está na crise do “Pacto de Punto Fijo” que governou a Venezuela durante 40 anos, entre 1958 e 1998. Após seis anos da ditadura de Marco Pérez Jiménez (1952-1958), as classes dominantes autoconfiantes e cansadas da ditadura, construíram uma nova concertação política, representada pelos partidos da época, a Ação Democrática, o COPEI (Comitê de Organização Política Eleitoral Independente) e a URD (União Republicana Democrática), cujo principal objetivo era o retorno à democracia burguesa. Esse é o ponto que simbolizava e dava sentido ao Pacto.

Durante as décadas de 60 e 70 se beneficiaram do crescente aumento da renda do petróleo, reflexo direto do aumento no consumo mundial. Porém, a partir da década de 80 as divisas do setor petroleiro já não conseguiam suprir o balanço financeiro do Estado. De acordo com Lacabana8 houve um importante ajuste nas condições de acumulação de capital na Venezuela, com significativa perda de importância da renda do petróleo no mecanismo de acumulação e distribuição. Crescia cada vez mais, a parte dos ingressos petrolíferos comprometidos com o pagamento da dívida externa, resultando em progressiva redução da importância do Estado como agente econômico. Os sucessivos ajustes devido à desvalorização da moeda (o bolívar) resultaram em desemprego, queda no salário real e contração na capacidade de consumo da população mais pobre.

Em fevereiro de 1989 os trabalhadores e o povo pobre da Venezuela promovem o “Caracazo”. Milhares de manifestantes saem às ruas de forma espontânea para protestar contra mais um pacote econômico do FMI negociado com o presidente Carlos Andrés Pérez. Apesar da falta de cifras oficiais várias fontes indicam que o confronto resultou na morte de aproximadamente 2.000 pessoas. E a crise da dívida que varreu toda a economia da América Latina, levou junto também a economia da Venezuela, apesar do petróleo.

Militar de origem, Hugo Chávez organiza com outros oficiais progressistas o Movimento Bolivariano Revolucionário 200, também conhecido como MBR-200 e, em 1992, tenta um golpe militar contra Carlos Andrés Pérez. É derrotado e encarcerado até 1994. Em 1998 é eleito presidente com um programa eleitoral bastante genérico e com promessas vagas de justiça social para acabar com a pobreza e a corrupção.

Em Abril de 1999 aprova em referendo a Constituição da Republica Bolivariana da Venezuela e imediatamente depois, em 2000, é eleito presidente para um mandato de seis anos. É durante o exercício do governo que o genérico programa de campanha assume contorno anticapitalista, mas a estrutura inicial do chavismo não se diferenciava muito, na forma, de processos frequentes na América Latina liderados por caudilhos.

No primeiro ano da nova constituição bolivariana, em 2001, é aprovado um conjunto de leis que reafirma o caráter público do petróleo e a gratuidade da educação e da saúde para todos os venezuelanos. Aqui é importante um parêntesis. Com a nova legislação sobre o petróleo, os impostos foram aumentados para exploração privada e a participação mínima da PDVSA passou a 51%. Foram reservados recursos para garantir educação e saúde gratuita para todos os venezuelanos. Imediatamente depois, em 2002, Chávez decidiu demitir os antigos gestores da companhia estatal e substituí-los por pessoas da sua confiança. No primeiro momento causou reação e foi deflagrada uma greve de longa duração contra o governo. A radicalização dos grevistas resultou na ocupação de metade dos poços em operação da companhia, diminuindo a produção de óleo no país. O descontentamento alastrou-se e a liderança de Chávez começa a sofrer restrições em setores da cúpula do exército. Antigos apoiadores o abandonam e a CTV (Confederação dos Trabalhadores Venezuelanos) aproveita o ambiente e convoca uma nova greve em solidariedade aos gestores demitidos da PDVSA. A greve que deveria ter duração de dois dias prolongou-se. E neste contexto, a burguesia trama o golpe e avança para depor Chávez.

A Fedecámeras, que reúne as mais poderosas organizações empresariais das classes dominantes, associada com a Venezuela Televisión, principal rede de canal aberta do país, organizaram o locaute em 09 de Abril de 2002 e, dois dias depois, com o apoio de oficiais golpistas, afasta Chaves da presidência, que é retirado do palácio e encarcerado. Em 12 de Abril, Carmona Estanga se declara presidente da Venezuela e elimina todas as garantias democráticas. De acordo com Eeckhout7 não havia partido organizado e quem saiu à rua foi o povo, “com a cara e a coragem, sem um plano, sem uma estratégia e sem armas…”.  A resistência popular surtiu efeito. Chávez é libertado e levado de volta à presidência, enquanto Carmona foge do país diante do violento protesto popular. Em dezembro a burguesia repete um novo locaute em todo o país para forçar um referendo pedindo a renúncia de Chávez. Desta vez a resposta dos trabalhadores é imediata e põe por terra a nova tentativa de golpe.

Uma importante inflexão na história do Chavismo pode ser verificada a partir de 2005, no Fórum Social Mundial em Porto Alegre. Chávez anuncia que as reformas no sistema capitalista não resolvem os problemas dos trabalhadores e aponta para a necessidade de sua superação, a necessidade de construir o socialismo. Durante todo o ano Chávez insiste, interna e externamente, sobre a necessidade de construir o socialismo. No mesmo ano expropria diversas empresas capitalistas e, em particular, a Venepal, principal fabricante do papel que abastecia a imprensa burguesa.

As expropriações abrem um novo capítulo na luta dos trabalhadores venezuelanos. Agora surgem as empresas em cogestão, entre a classe operária e o Estado. Esse processo atinge novo patamar em fevereiro de 2006, quando é organizada a Frente Revolucionária dos Trabalhadores de Empresas em Cogestão (FRETECO) para coordenar a luta das empresas controladas pelos trabalhadores e nacionalizadas pelo governo. Trata-se, segundo Chávez e a vanguarda revolucionária do PSUV, da luta pelo controle operário, pilar fundamental da luta pelo socialismo.

No mesmo período, o governo Chávez aponta para um novo marco, um instrumento estratégico na luta pelo socialismo, a construção de um partido que unifique a luta de todos os trabalhadores e seus aliados. A construção do partido foi um processo longo e durou de 2006 até 2008, quando foi fundado oficialmente o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).  Trata-se de um partido de massas, com um milhão e duzentos mil membros inscritos e 92 mil representantes com direito a voto que elegeram 1681 delegados com voz e voto no congresso. Nos documentos aprovados o PSUV é definido como um instrumento político de massas, democrático, anticapitalista e anti-imperialista.

Na realidade, a construção do PSUV é mais um desafio do processo Bolivariano. Até 2008 não havia um partido político para organizar a luta dos trabalhadores venezuelanos. Trata-se de um vácuo fundamental para a luta política em um governo de transição. Desde o manifesto, Marx já associava a necessidade de um partido político para a organização dos proletários como classe. E o problema da organização do partido e sua relação com a classe operária acompanha praticamente toda a história da luta de classes no capitalismo. Engels, em 1892 já escrevia a Kautsky, “Na nossa tática, uma coisa é certa para todos os países e tempos modernos: temos de levar os operários à formação de um partido próprio, independente e oposto a todos os partidos burgueses.” Essa tarefa estratégica, por particularidades históricas, os revolucionários venezuelanos estão sendo obrigados a cumprir no calor da luta. Em plena disputa, a ferro e fogo, pela hegemonia política dos trabalhadores da cidade e do campo.

A vanguarda política do PSUV tem consciência do problema e luta contra o tempo na organização de um partido de massas. De acordo com Eeckout7, há linhas estratégicas para a construção do partido desde 2008. “Foi um debate que teve a participação de toda a militância e seu objetivo era justamente converter o partido num instrumento de lutas do povo. Isso implica em fazer um trabalho gigante na formação dos quadros, dentro da particularidade do que seja um partido de massa e de quadros.” E complementa a dirigente revolucionária: “Essa revolução não tem sido uma revolução de vanguarda. É a revolução de todo o povo.” E para a formação de quadros o PSUV conta com algumas escolas de formação, ativas durante todo o tempo, percorrendo todo país.

Além da construção partidária, há um trabalho frequente de mobilização e integração através das Missões Sociais, cujas prioridades são os habitantes dos morros em torno de Caracas e do interior do país. Os programas prioritários são de alfabetização em massa (Missão Robinson), de atenção médica gratuita (Missão Barrio Adentro) de mercados populares e pequenos restaurantes (Missão Mercal), de apoio a capacitação técnica (Missão Vuelvan Caras), de formação secundária (Missão Ribas) e universitária (Missão Sucre) atingindo praticamente 20 milhões de venezuelanos, 75% da população. As missões sociais não tratam apenas de resolver os problemas sociais, mas começam a incorporar milhões de cidadãos ao aparato produtivo através de uma rede de missões orientada pelo Ministério da Economia Popular. De acordo com o ministro Elías Juan: “Após cinco anos, temos um povo mais consciente, levantado do chão, transbordando de sonhos e futuros.”

Mostrando disposição de avançar na luta pelo socialismo, em 2005 Chávez realizou mudanças na estrutura do exército e criou o Comando Geral da Reserva e Mobilização Nacional. Posteriormente, em 2009, um novo passo adiante, com a criação da Milícia Bolivariana, dividida em duas estruturas, a milícia territorial e os corpos combatentes. Composta por 130 mil voluntários, aproximadamente, e recrutados entre trabalhadores submetidos à direção do Comando, a Milícia tem como missão treinar, preparar e organizar o povo para a defesa complementar a Força Nacional Bolivariana. Mais recentemente, após a nova tentativa de golpe da burguesia venezuelana, no dia seguinte às eleições, a direção revolucionária na Venezuela, liderada por Maduro, prometeu criar as milícias operárias.

Maduro, em maio passado, fez declarações que apontam para o fortalecimento do processo revolucionário, propondo a criação das milícias operárias. Para combater a permanente ameaça golpista das classes dominantes declara: “ordeno avançar, o mais rápido possível, com o estabelecimento e a organização das milícias operárias bolivarianas como parte das milícias nacionais.” O objetivo é obter maior respeito para a classe operária como vanguarda do processo revolucionário “fortalecer a aliança operário-militar” e a estratégia é tornar as milícias massivas: “Serão ainda mais respeitadas se as milícias tiverem trezentos mil, um milhão, dois milhões de trabalhadores e trabalhadoras uniformizados e armados, preparados para a defesa da soberania e da revolução.”

É fundamental analisar o que está em jogo na Venezuela hoje e o que significa um governo de transição naquele país atualmente. A pequena diferença no resultado eleitoral fortalece a oposição na Venezuela. Ao não reconhecer a vitória de Maduro com o apoio aberto dos EUA, ao tentar provocar a escassez de bens básicos do consumo popular e, ao mesmo tempo, manter uma ofensiva midiática permanente, significa preparar o terreno para uma nova tentativa de golpe. O fato é que o calendário na Venezuela hoje não é único. Tanto as forças da revolução como as forças da contra revolução miram suas estratégias para eventos em prazo mais curto. O calendário eleitoral representa um horizonte muito distante para as tensões em curso no país. Hoje as classes dominantes apostam em novo golpe e os revolucionários sabem que não poderão esperar para a próxima eleição presidencial. É neste contexto que floresce a proposta bolivariana de autodefesa da classe operária como estratégia da construção do socialismo. De acordo com Maduro: precisamos “construir uma cultura política em que nosso povo tenha vocação de exercício do poder, para além das eleições, através das lutas”.

É importante relembrar o fato de que não basta os trabalhadores lutarem para por fim a exploração capitalista. Para que a situação se torne revolucionária é necessário também que as classes dominantes não tenham como conter a crise, nem como manter a exploração. Em que pese o movimento Bolivariano estar no governo há anos, o passo final para iniciar a construção do socialismo ainda não foi realizado. Muito do que precisa ser feito neste prolongado governo de transição está sendo realizado pelos trabalhadores e sua vanguarda. Organizam um partido sem ilusões reformistas e há uma consciência aguda de que o estado organizado pelo capital não serve para o socialismo. E as estruturas do Estado estão sendo quebradas. As empresas estratégicas foram estatizadas e outra parte está sendo organizada sob a forma de cogestão, com a participação ativa da classe operária. O armamento dos trabalhadores com seu devido treinamento é prioridade das milícias.

A história recente da Venezuela e do socialismo Bolivariano, pode ser inserida nas observações de Lênin, em seu “Esquerdismo, doença infantil do comunismo”9: “A história em geral, e a das revoluções em particular, é sempre mais rica de conteúdo, mais variada de formas e aspectos, mais viva e mais astuta do que imaginam os melhores partidos, as vanguardas mais conscientes das classes mais avançadas.” A liderança bolivariana não se posicionou de início com uma estratégia clara de luta pelo socialismo. Foram lutas parciais, por melhorias significativas das condições de vida da população que apontaram a necessidade de superação do capitalismo, como anunciou Chávez no Fórum Social Mundial em 2005. Neste sentido também é possível citar Sachs10, “Na prática, a classe não se coloca os seus objetivos históricos de uma só vez e não apreende apenas pela teoria… A experiência vem demonstrando que esse processo de amadurecimento do proletariado e das suas relações com outras classes, seus aliados latentes, coloca periodicamente o problema do poder em termos ainda não socialistas – na forma de um governo de transição.”

O governo do PSUV pode ser considerado, de acordo com a tradição marxista, como um Governo de Transição, ou seja, em oposição à classe dominante e sustentado pela classe operária e seus aliados que, todavia ainda não deram o passo decisivo para a conquista do poder e a consequente transformação da sociedade para o socialismo. Os revolucionários da América Latina não podem se furtar neste momento a apoiar a Revolução Bolivariana.

Notas:

1 Ernesto Martins (Pseudônimo usado por Érico Sachs em seus escritos políticos). Caminho e Caráter da Revolução Brasileira, escrito em 1967 e republicado em: POLOP, uma trajetória de luta pela organização independente da classe operária no Brasil, 2009, Ed. Centro de Estudos Victor Meyer. Projeto: 50 anos da POLOP.

Raul Villa (Pseudônimo usado por Eder Sader em seus escritos políticos). O Chile Entre a Legalidade Burguesa e a Revolução,escrito em 1971 e republicado em: A Transição Para o Poder na Tradição Marxista, 2009, Ed. Centro de Estudos Victor Meyer. Projeto: 50 anos da POLOP.

3 Ernesto Martins, Como Aprender, Com Quem Aprender, escrito em 1974 e republicado em: A Transição Para o Poder na Tradição Marxista, 2011, Ed. Centro de Estudos Victor Meyer. Projeto: 50 anos da POLOP (1961-2011).

4Coleção Marxismo Militante, A Transição Para o Poder na Tradição Marxista, Textos Selecionados, 2011, Projeto: 50 anos da POLOP (1961-2011). Organizadores: Pery Falcón e Orlando Miranda

5Victor Meyer, Frágua Inovadora: O Tormentoso Percurso da Polop, publicado em: POLOP, uma trajetória de luta pela organização independente da classe operária no Brasil, 2009, Ed. Centro de Estudos Victor Meyer. Projeto: 50 anos da POLOP.

6Saul Leblon, A valiosa teimosia dos venezuelanos, publicado em Carta Maior em 15/04/2013

7Blanca Eeckhout (entrevista a Renata Mielle do ComunicaSur em 12/04/2013). Blanca é uma das principais lideranças da revolução bolivariana. Vice-presidente da Assembleia Nacional, uma das fundadoras da Catia TV, primeira emissora comunitária do país e ex-ministra do Poder Popular para a Comunicação e Informação. Blanca é também dirigente do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).

Lacabana, M. A. (1990) La década de los 80, ajustes econômicos y pobreza na Venezuela, Cuadernos de economia: Spanish Journal of Economics and Finance, Vol. 18, pp. 199-215.

Lênin, V. I. (1920) Esquerdismo: doença infantil do comunismo, Marxist Internet Internet

10 Ernesto Martins (1966) Aonde Vamos? Parte 3, republicado em: A Transição Para o Poder na Tradição Marxista, 2011, Ed. Centro de Estudos Victor Meyer. Projeto: 50 anos da POLOP (1961-2011).

 

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