O dedo do imperialismo norte americano nas imagens dramáticas da cidade de Homs, Síria
As dramáticas imagens de Homs no vídeo abaixo dão uma ideia da violência do confronto entre as tropas governistas de Assad e o Exército Livre da Síria, baseado em Homs. O ELS, oriundo da deserção de oficiais de Assad, conseguiu apoio da liderança sunita nas cidades em que eram maioria por se recusar a reprimir as manifestações contrárias ao governo.
Desde 2011 o ELS passou a ser a principal força auxiliar do imperialismo na Síria, ao receber treinamento, armas e apoio logístico dos EUA. Mas nada disso acompanha filmes como este divulgados amplamente em escala planetária pelo Youtube. A única “explicação” para tal destruição é sua consequência: a fuga em massa da população civil. O vídeo é apresentado com a questão: saiba do que a população síria está a fugir.
Numa época em que aparentemente as imagens “falam por si mesmas” faz-se necessário o exercício da chamada teoria crítica, ou seja, do marxismo, em analisar as relações de força em disputa pelo poder na Síria e na escala regional do Oriente Médio.
Berlim, Varsóvia, Beirute, ficaram em escombros parecidos. É fundamental que fique visível o jogo de interesses imperialistas como leitmotiv do conflito na Síria e todas as suas consequências.
A dimensão da tragédia humana provocada merecia (um dia no futuro) ser discutida e julgada na perspectiva proletária num tribunal internacional permanente. Julgar a história parece muito pouco quando os agentes do Capital passam impunes pelos crimes de guerra. Lamentavelmente seria o tardio e mínimo acerto de contas com os autores e as engrenagens dessa barbárie. (CVM)