Trabalhadores em luta contra ‘pacotaço de austeridade’ ocupam a Assembleia Legislativa do Paraná
do site da Intersindical – Instrumento de luta e organização da classe trabalhadora
A luta contra o ‘pacotaço’ que retira direitos dos servidores estaduais teve um capítulo central nesta terça-feira (10). A mobilização de professores da rede estadual em greve, servidores das universidades estaduais, da saúde, agentes penitenciários e trabalhadores de outras categorias do funcionalismo público impediu a votação do pacote de medidas de austeridade do governo Beto Richa (PSDB) que prevê a retirada de direitos históricos dos servidores e permite ao estado acessar o fundo de previdência para cobrir gastos.
Durante a tarde, mais de 15 mil servidores permaneceram mobilizados em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) para acompanhar a votação e fazer pressão contra a aprovação do projeto. Os servidores entraram na assembleia e conseguiram interromperam a sessão depois que os deputados estaduais aprovaram um requerimento que transforma a sessão em Comissão Geral e autoriza a realização de várias sessões no mesmo dia. Esse procedimento é conhecido como “tratoraço” por atropelar a discussão normal do projeto de lei no legislativo estadual.
A postura apassivada de parte da direção da APP-Sindicato, que a todo momento pedia calma aos manifestantes, não foi suficiente para frear a garra e disposição de luta dos milhares de trabalhadores de base que acompanhavam a votação do projeto do lado de fora da casa. A ocupação da Assembleia Legislativa do Paraná conseguiu adiar a votação do ‘pacotaço’ e representa uma importante vitória da classe trabalhadora paranaense contra o capital e seu Estado, que buscam com essa medida retirar direitos e transferir para os trabalhadores os custos da dívida gerada pelas isenções fiscais e subsídios distribuídos aos grandes empresários.
Todo apoio à mobilização contra o arroxo e a retirada de direitos! A luta travada no Paraná contra o ‘pacotaço’ de Richa (PSDB) é a mesma que deve ser movida contra o pacote imposto por Dilma (PT), no final de 2014, com ataques a direitos básicos dos trabalhadores. A Intersindical – Instrumento de Luta e de Organização da Classe Trabalhadora reafirma sua solidariedade ativa de classe e seguirá contribuindo na organização da luta contra todo ataque à classe trabalhadora. Nenhum direito a menos, avançar rumo a novas conquistas!
Manter a ocupação da ALEP e ampliar a greve geral unificada
As trabalhadoras e trabalhadores em luta já decidiram: a ocupação continua até que todo o pacote de austeridade seja retirado de tramitação. Além de manter a ocupação da Assembleia Legislativa, é preciso também ampliar e fortalecer a greve geral unificada.
Além dos professores da rede estadual, que estão em greve desde o dia 9, os agentes penitenciários e docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa cruzaram os braços nesta terça-feira (10). O movimento recebe ainda a força dos servidores da saúde, que entram em greve no dia 12 de fevereiro.