8 de março – sem as mulheres a luta fica pela metade e sem a classe trabalhadora a luta não avança
do site da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
EM MOVIMENTO POR NENHUM DIREITO A MENOS E PARA AVANÇAR RUMO A NOVAS CONQUISTAS
Mais um 8 de março onde em nosso locais de trabalho, estudo e moradia lutamos lado a lado com nossa classe contra os ataques do Capital e seu Estado.
Somos metalúrgicas, sapateiras, operárias têxteis, professoras, bancárias, radialistas, servidoras públicas, trabalhadoras de diversas categorias que juntas aos nossos,de nossa classe estamos nas assembleias, greves, passeatas em luta por nenhum direito a menos e para avançar rumo a novas conquistas.
NÃO BASTA SER MULHER, A LUTA É DE CLASSE SEM LUTA CONTRA O PACOTE DO GOVERNO DILMA
A presidente Dilma, a mulher que na presidência da República da mesma forma que os governos anteriores têm atendido os interesses da burguesia, tenta impor seu pacote que ataca frontalmente as mulheres e homens trabalhadores.
Em cada local onde a Intersindical está presente para além do 8 de Março, estamos ampliando a mobilização contra as Medidas Provisórias do governo que ataca direitos dos trabalhadores como o seguro-desemprego, auxilio doença, abono salarial, pensão por morte.
Mais ataque às mulheres trabalhadoras
Somos nós que estamos na linha preferencial do facão das empresas e assim somos as principais vítimas da rotatividade e seremos diretamente atingidas com a alteração do tempo de acesso para seguro desemprego de 6 meses de trabalho para 18 meses.
Somos nós que ainda continuamos a receber menores salários em relação aos homens que também têm seus salários arrochados. E com o pacote de Dilma seremos atingidas também com mudança no pagamento do abono salarial que aumenta o período para ter acesso de 30 dias de trabalho para 6 meses, além de diminuir o valor, que passa a ser proporcional ao tempo trabalhado, ou seja, vão diminuir ainda mais o que já era pouco.
Nas mudanças na pensão por morte que o governo Dilma tenta impor, quem ficar viúva (o) com menos de 43 anos não tem direito a pensão vitalícia e mais é preciso ter no mínimo dois anos de contribuição e com a comprovação de união estável pelo mesmo tempo, além de reduzir o valor a ser pago.
No auxílio doença abre todas as portas para impedir o afastamento das (os) trabalhadoras (es) para tratamento. O afastamento que a partir do 15° dia é pago pela Previdência e se decorrente de acidente ou doença provocada pelo trabalho é garantido estabilidade de um ano após o retorno ao trabalho, com a medida do governo passa a ser 30 dias e mais: libera a contratação de empresas de medicina privada para a realização das perícia.
O pacote atinge o conjunto dos trabalhadores e a nós mulheres trabalhadoras nos atinge nos espaços de trabalho e para além dele, como por exemplo, no auxílio-reclusão que também vai sofrer alterações diminuindo o já mísero auxilio e dificultando ainda mais o acesso, com isso são as companheiras, mães e filhos de quem hoje está na prisão que terão mais sofrimento ainda, além das imensas dificuldades e do constrangimento a que são submetidas nas visitas e mais dificuldade para garantir o sustento da casa.
Junto a isso há tempo os governos tentam uma nova reforma da Previdência com o objetivo de aumentar a idade para aposentadoria. Para o Capital e seu Estado, os (as) trabalhadores (as) têm que trabalhar até morrer. Tentam assim transformar direito, em privilégio.
As medidas impostas pela presidente Dilma ataca ao conjunto de nossa classe, portanto, nesse 8 de Março em nossas manifestações nos locais de trabalho, nos Sindicatos, nas escolas e na comunidade estaremos potencializando a mobilização para enfrentar mais esse ataque aos nossos direitos.
As fogueiras continuam a queimar ainda: no processo de exploração do trabalho, na violência dentro e fora de casa, na violência física e psicológica, na imposição do serviço doméstico como tarefa das mulheres.
Avançamos na luta enfrentando a sociedade patriarcal que tenta transformar o diferente em desigual, Juntas com nossa classe combatendo o machismo ainda existente e a cada luta cotidiana ao enfrentar o Capital e seu Estado avançar na luta contra essa sociedade que mantém a desigualdade para ampliar a exploração.
Juntos na luta por uma outra e nova sociedade, onde ser diferente, não signifique ser desigual, onde o fruto do trabalho produzido seja socializado, uma sociedade socialista.