Mobilizações de Junho: Tentam transfigurar a forma para não revelar o conteúdo, o pavio está aceso

do site da INTERSINDICAL em 24/06/2013

O Capital com a devida operação do Estado no governo democrático e popular tenta ocultar o avanço das lutas no Brasil dos últimos dois anos: aumento do número de greves reivindicando mais salários e melhores condições de trabalho, ampliação dos direitos – das grandes multinacionais, obras do PAC, da Copa, nas usinas hidrelétricas à servidores que devidamente prenderam o prefeito de Juazeiro do Norte no banco por ter reduzido seus salários. leia mais

Saberá o PT identificar e aproveitar a janela histórica?

por Lincoln Secco e Antonio David – no site Carta Maior

Em Botucatu, próspera cidade do oeste paulista, a elite local foi às ruas para protestar no mesmo dia 20 de junho em que a esquerda foi expulsa da Avenida Paulista por militantes de direita. Um metalúrgico de 45 anos vestia uma camisa do Partido Comunista Revolucionário com a foice e o martelo. Dois jovens declarando-se do MPL e sem dizer os nomes mandaram aquele homem retirar sua camisa, pois aquela não era uma manifestação de partidos.

Por que dois jovens que nunca trabalharam e talvez nunca lutaram por nenhuma causa coletiva, podiam se dirigir naquela forma a um operário comunista? Em tempo: não existia até aquele momento MPL em Botucatu.

Os ataques físicos à esquerda partidária e ao próprio Movimento Passe Livre deixaram as esquerdas perplexas. É que há muito ela se sentia dona das ruas. Por mais que repudiemos tais ataques, é preciso dizer que não são manifestos de intelectuais (embora importantes) e defesa do direito democrático de erguer qualquer bandeira que calarão os direitistas nas ruas. leia mais

As manifestações de junho de 2013 na cidade de São Paulo

por Marilena Chauí, na revista Teoria e Debate

Observações preliminares

O que segue não são reflexões sobre todas as manifestações ocorridas no país, mas focalizam principalmente as ocorridas na cidade de São Paulo, embora algumas palavras de ordem e algumas atitudes tenham sido comuns às manifestações de outras cidades (a forma da convocação, a questão da tarifa do transporte coletivo como ponto de partida, a desconfiança com relação à institucionalidade política como ponto de chegada) bem como o tratamento dado a elas pelos meios de comunicação (condenação inicial e celebração final, com criminalização dos “vândalos”) permitam algumas considerações mais gerais a título de conclusão.

O estopim das manifestações paulistanas foi o aumento da tarifa do transporte público e a ação contestatória da esquerda com o Movimento Passe Livre (MPL), cuja existência data de 2005 e é composto por militantes de partidos de esquerda. Em sua reivindicação especifica, o movimento foi vitorioso sob dois aspectos: 1. conseguiu a redução da tarifa; 2. definiu a questão do transporte público no plano dos direitos dos cidadãos e, portanto, afirmou o núcleo da prática democrática, qual seja, a criação e defesa de direitos por intermédio da explicitação (e não do ocultamento) dos conflitos sociais e políticos. leia mais

A propósito do poder judiciário e da legitimidade do Estado burguês

por Eduardo Stotz

Introdução

Durante o segundo semestre de 2012 enquanto se desenrolavam as campanhas para a sucessão dos governos municipais em todo o país o foco das emissoras de televisão, capitaneadas pela Rede Globo, estava centrado na sala do Supremo Tribunal onde se julgava José Dirceu e outros réus do Partido dos Trabalhadores nos termos do processo penal 470, alcunhado pela imprensa de “mensalão”. A orquestração midiática do julgamento irradiada para todo o país durante o expediente de trabalho, com edições diárias no noticiário, terminou em dezembro de 2012, com a condenação dos réus e a criação de uma imagem do Supremo como o defensor da República dos males da corrupção vigente no Brasil. leia mais

Usiminas: Chapa de Oposição da Intersindical vence as eleições!

do site da Intersindical

Terminou na noite de ontem a apuração dos votos das eleições do Sindipa. A CHAPA 2 organizada pela Intersindical derrotou os pelegos e a Usiminas nesse processo que envolveu o conjunto dos metalúrgicos.

Um momento histórico para região do Vale do Aço, pois foram décadas de parceria com os patrões onde direitos dos metalúrgicos foram reduzidos, salários foram arrochados enquanto os pelegos se beneficiavam dos conchavos com os patrões.

A vitória é dedicada aos metalúrgicos assassinados na década de 60 quando lutavam na Usiminas por melhores condições de trabalho. A vitória vem acompanhada do compromisso de retomar o Sindicato para os metalúrgicos e unidos ao conjunto da classe trabalhara lutar por nenhum direito a menos e avançar rumo a novas conquistas.

Veja os números da apuração:

Chapa 2 – OPOSIÇÃO: 2897

Chapa 1 – Pelegos da Força Sindical: 2777

Nota do CVM: A eleição ocorreu em 16/01/2013. A propósito das lutas sindicais, sugerimos a leitura do texto de Victor MeyerDas Incertas Fronteiras Entre o Passado e o Presente,  escrito como introdução ao livro “Andar com os próprios pés”, uma coletânea de textos de Erico Sachs, SEGRAC, 1994.

Clique aqui para a leitura:

Das incertas fronteiras entre o passado e o presente – Victor Meyer