Pressão dos trabalhadores obriga governo do Paraná a recuar e retirar pacotaço de tramitação

do site da Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

 

A classe trabalhadora paranaense impôs uma importante derrota ao capital e seu Estado nesta quinta-feira (12). A força e combatividade de trabalhadores da educação, da saúde, agentes penitenciários e de diversas categorias em greve, além de estudantes, forçaram o governador Beto Richa (PSBD) a voltar atrás e retirar da pauta de votação o ‘pacotaço’ que retira de direitos históricos dos servidores e permite que o estado acesse o fundo de previdência para cobrir gastos.

No início da manhã, milhares de trabalhadores que ocupavam a Assembleia Legislativa desde o dia 10 bloquearam os portões da casa para impedir que os deputados estaduais aprovassem o pacote através de um tratoraço. Para que a votação ocorresse, os deputados foram transportados dentro de um camburão do BOPE, protegidos por um cordão de isolamento. Spray de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha foram usados para tentar impedir a entrada dos servidores na Assembleia. leia mais

Trabalhadores em luta contra ‘pacotaço de austeridade’ ocupam a Assembleia Legislativa do Paraná

do site da Intersindical – Instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

A luta contra o ‘pacotaço’ que retira direitos dos servidores estaduais teve um capítulo central nesta terça-feira (10). A mobilização de professores da rede estadual em greve, servidores das universidades estaduais, da saúde, agentes penitenciários e trabalhadores de outras categorias do funcionalismo público impediu a votação do pacote de medidas de austeridade do governo Beto Richa (PSDB) que prevê a retirada de direitos históricos dos servidores e permite ao estado acessar o fundo de previdência para cobrir gastos.

Durante a tarde, mais de 15 mil servidores permaneceram mobilizados em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) para acompanhar a votação e fazer pressão contra a aprovação do projeto. Os servidores entraram na assembleia e conseguiram interromperam a sessão depois que os deputados estaduais aprovaram um requerimento que transforma a sessão em Comissão Geral e autoriza a realização de várias sessões no mesmo dia. Esse procedimento é conhecido como “tratoraço” por atropelar a discussão normal do projeto de lei no legislativo estadual. leia mais

Fatos & Crítica nº 1: Algo de novo na Europa

Nesta nova seção do Portal CVM, Fatos & Crítica, iremos abordar os assuntos de maior destaque da conjuntura nacional, do movimento operário e da conjuntura internacional. 

Iniciamos com o artigo de Lothar Wentzel, cujos artigos sobre o movimento operário europeu estão publicados em nosso Portal (Leia aqui "O movimento operário na Alemanha hoje" e "A Ucrânia na zona de tensão entre Rússia e o Ocidente".    

Lothar Wentzel deixa claro a forte probabilidade de confrontos do novo governo com a chamada Troika, sob hegemonia do imperialismo alemão. O Syriza, por ser uma organização heterogênea e semelhante ao PT, pretende se contrapor a esta dominação que asfixia os trabalhadores por meio de reformas legais. Como não tem maioria parlamentar, fez aliança com um partido de direita.

O novo governo não irá suportar esse enfrentamento sem uma mobilização forte e independente dos próprios trabalhadores. Estes, por sua vez, parecem estar sob influência do velho estalinismo.
É uma situação extremamente difícil.

                                                             Coletivo CVM 

Algo de novo na Europa 

Lothar Wentzel

Há algo acontecendo na Europa. A vitória eleitoral do Syriza na Grécia colocou em questão, em grande medida, a política de austeridade na Europa, pela primeira depois de anos da crise financeira iniciada em 2008. Além disso, o Syrisa pressiona por uma política externa europeia mais independente dos EUA, em relação à Rússia.

O Syriza é para a Grécia um novo tipo de partido reformista de esquerda. Pode-se talvez compará-lo com o PT em seus primórdios. Diversas correntes de esquerda e da esquerda ecológica decidiram em conjunto se constituir em Partido e, após discussões acaloradas – abertas e democráticas – uniram-se em torno de um Programa.

Os membros desse Partido não provêm da elite dominante que até agora tem governado a Grécia. Trata-se principalmente de ativistas jovens. Mas o Syriza atraiu também experientes quadros de esquerda, que queriam se distanciar da corrupção geral reinante. O Partido é forte no movimento social e nas organizações de autoajuda (cooperativas, clínicas, etc.). leia mais

Notas sobre a conjuntura: ataque aos direitos dos trabalhadores

Companheiros, após um prolongado silêncio, no qual a voz da “oposição interna” que se fazia ouvir era a de Lula, o governo Dilma se manifesta publicamente por meio de seu ministério. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com a face sorridente e “em contato com o povo” por meio do Facebook anuncia que apenas o trabalho é capaz de gerar riqueza. Não é impressionante? O trabalho sob o comando do capital e nos limites estritos da ordem burguesa, é claro. Mas isto se subentende, claro.

Enquanto a imprensa incensa o ministro e tenta passar a visão de que a responsabilidade fiscal (uma das políticas da ortodoxia neoliberal, ao lado do câmbio flutuante e do superavit fiscal primário), como mostrou Levy, não é de direita e nem de esquerda (Samuel Pessôa, “O discurso do ministro”, FSP, 11/01/2015, B-8 ), o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, “interpreta” o discurso de Dilma Rousseff a propósito dos direitos trabalhistas deixando claro que estão em negociação (“A vaca não está tossindo, está ruminando”, O Globo, 11/01/2015, p.4). leia mais

Intersindical: Ministério ao gosto do Capital, Pacote contra os Trabalhadores, Pacto social para tentar frear a luta de classes

Nossa tarefa é ampliar a luta para enfrentar os ataques contra a classe e avançar
Do site da Intersindical – Instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

Assim 2014 se encerra e 2015 se inicia

Na última semana de 2014, o governo federal do PT coloca em movimento medidas para aprofundar seu compromisso em ser um governo capaz de gerenciar os interesses da burguesia.

Após o anúncio de seu novo Ministério, que para além de contemplar o fisiologismo partidário, demonstra que nas pastas mais importantes estarão lá os fiéis representantes da burguesia, como no Ministério da Fazenda, Indústria e Comércio, Agricultura, Planejamento, num gesto claro de compromisso de administrar a máquina do Estado para garantir as necessidades do Capital.

No dia 29 de dezembro o governo anunciou cortes em direitos garantidos que não são fruto de concessão de governos e patrões, mas resultado de anos de luta do conjunto de nossa classe.

Vejam só, algumas das principais medidas do pacote do governo contra os trabalhadores:

– O abono salarial (PIS) ao qual todos os trabalhadores tinham direito desde que tivessem no ano trinta dias de trabalho , agora só será pago para quem trabalhar por seis meses ininterruptos durante o ano em curso. leia mais