Morre única presa política que saiu viva da Casa da Morte, Inês Etienne

 

por Patricia Faermann, do Jornal GGN

“Quero é que a Justiça do meu país reconheça que eu fui sequestrada, mantida em cárcere privado, estuprada três vezes”

 

Jornal GGN – “Professor, eu não quero um tostão de indenização. Esse dinheiro de indenização vem do povo e a grande vítima é o povo. […] O que eu quero é que a Justiça do meu país reconheça oficialmente que eu fui sequestrada, mantida em cárcere privado, estuprada três vezes por agentes públicos federais pagos com o dinheiro do povo brasileiro”, disse Inês Etienne em 1989, quando foi procurar justiça para os 96 dias em que esteve detida na Casa da Morte, durante a ditadura do regime militar.

A declaração foi dada ao jurista Fábio Konder Comparato, naquele ano. Ainda reconhecendo que a jurisprudência da época não admitia ações de indenização, que estavam prescritas, Comparato apresentou ação judicial à 17ª Vara da Justiça Federal de São Paulo.

Em dezembro de 2002, o Tribunal julgou procedente a ação, com o objetivo de registrar a existência de ação jurídica entre Inês e a União, por conta dos atos de cárcere privado e tortura praticados por militares no período entre 5 de maio e 11 de agosto de 1971, na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Lá se localizava um dos principais centros clandestinos utilizados pelo regime militar para a prática de graves violações de direitos humanos. Inês Etienne Romeu era a única sobrevivente, até hoje. A ex-guerrilheira forneceu as informações mais importantes da Casa da Morte, que a Comissão Nacional da Verdade incluiu em seu relatório. leia mais

Movimentos de luta pela terra ocuparam sede do INCRA

A mobilização começou na segunda-feira, 13/04, na Bahia, em conjunto com a mobilização nacional, em Brasília, e segue até que as propostas sejam ouvidas pelos governos Estadual e Federal

do site do CEAS

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O Movimento dos Acampados, Assentados e Quilombolas da Bahia (CETA); Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD); Pastoral Rural; Articulação Estadual de Fundos e Fechos de Pasto; Povos Indígenas. Movimento pelo Teto e Terra (MPTT); Frente dos Trabalhadores Livres (FTL); Movimento dos Trabalhadores Independentes (MTI); Movimento de Resistência Camponesa (MRC); Via do Trabalho (VT); Verde, Socialismo e Trabalho (VST); Teia Agroecológica dos Povos da Cabruca e Mata Atlântica ocuparam nesta segunda-feira, 13/04, a sede do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, reunindo cerca de 1500 pessoas. Acompanham esta ação, no mesmo dia, a ocupação da prefeitura de Nova Soure-região Nordeste da Bahia ; e a Mobilização Nacional em Brasília, com diversos Movimentos de todo o Brasil.

Mobilizados em torno da Jornada de Lutas 2015, os movimentos denunciam o cenário de desmantelamento da política de Reforma Agrária no Estado da Bahia e a completa ausência do executivo, legislativo e judiciário na defesa do direito das populações empobrecidas rurais, e a sua pesada atuação na defesa e ampliação das articulações do grande capital, com a entrega das terras para os fazendeiros e ao agronegócio, que expulsa as famílias e destrói a natureza; a paralisação da reforma agrária e da demarcação dos territórios tradicionais; a lentidão do judiciário para as imissões de posse em favor dos povos do campo e tradicionais.

Os movimentos repudiam a criminalização dos que lutam por terra, território e igualdade social e a apropriação ilegal das terras públicas (grilagem) pelas empresas do agronegócio, que invadem estas terras com o aval do Estado.

 Diante desse cenário reivindicam:

  • Que a REFORMA AGRÁRIA não seja confundida com a condição de Programa Brasil sem Miséria, mas seja vista como uma política pública de desenvolvimento social e que se contraponha ao modelo de inserção no capitalismo mundial levado a cabo pelo governo brasileiro. Para tanto, é necessário que o órgão responsável seja fortalecido e equipado humana e financeiramente.
  • O reconhecimento e titulação dos territórios tradicionais de indígenas, quilombolas, fundos e fechos de pasto e demais comunidades tradicionais.
  • Fortalecimento das tecnologias populares de convivência com o semiárido, a exemplo da mobilização para a construção e ampliação da oferta de cisternas de placa para consumo humano e de produção; leia mais

Comunicado!

 poema do companheiro Wil Melo

Quando chamei V. Ex.ª
nos vários chamados…
Vamos pra base…!
De porta, em porta,
onde importa;
Nos locais de trabalho,
estudo,
nos piquetes,
nos defender com porretes…
Onde vocês estavam?

Nas convenções…?
Convencidos de que
me convenceriam?
Decidindo quando ir
catar os cacos na rua
pra depois jogar na urna?

Não estavam lá quando apanhei da polícia,
nem quando a greve acabou na justiça,
proibida ainda que legítima…
E quando apareceram era coisa de mídia.

Pois bem,
Respondo ao seu chamado do além…

Não me convide
pra sua candidatura.
Entre em rota de fuga!
Não vos conheço da minha luta!
Parasita distrital, federal, senador
presidentx, ou governador…

Pega seu emprego na campanha,
sua conversa ensaiada,
seu carisma odioso,
até mesmo sua boa vontade
e junte com os meus votos,
nobre candidato:

ENFIE SUA URNA NO RABO!

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Nota do CVM: Companheiro Wil, entre em contato conosco. Gostaríamos de publicar outras poesias suas.
Nosso email é: centrovictormeyer@gmail.com
André Ribeiro – Coletivo CVM

Paralisação, atraso da produção e manifestações em vários locais de trabalho marcaram o dia 15 de abril

INTERSINDICAL EM LUTA CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO E O PACOTE DO GOVERNO DILMA

do site da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

A madrugada do dia 15 começou com nossa classe em movimento contra os ataques dos patrões e do governo aos nossos direitos.

A luta para barrar o Projeto de Lei da terceirização e contra o pacote do governo Dilma que ataca direitos como seguro-desemprego, abono salarial, auxilio doença, pensão se intensificou nesse dia 15 de abril.

No estado de São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região junto com a Intersindical organizaram a mobilização que paralisou a produção da Toyota e Mercedes por 24 horas e atrasou a produção na Honda. (foto acima) leia mais

Metade dos votos pró-terceirização veio de ‘patrões’

Dos 324 votos favoráveis ao PL-4330, 164 foram dados por integrantes da bancada empresarial da Câmara

por José Antonio Lima e Renan Truffi — publicado 09/04/2015 em Carta Capital

O CVM comenta: A votação da PL 4330 que precariza as condições de trabalho é a evidência mais escancarada do caráter de classe do Congresso, dominado pela burguesia e seus agentes. Controlados pelo poder econômico, através de milionário financiamento partidário, alguns setores se destacam pelos grupos de interesse que representam. As bancadas “BBB”, isto é, Bala (indústria armamentista), Boi (latifundiários) e Bíblia (indústria da fé, digamos assim) são as que estão em maior evidência, sob a batuta do presidente da Câmara dos Deputados. Não esqueçamos do “B” de banqueiros!

Porém, diante da mobilização dos trabalhadores nas fábricas, nas ruas, com paralisações e manifestações por todo o país neste último dia 15 de abril, essa maioria reacionária recuou. A classe trabalhadora deu uma verdadeira demostração de que a sua capacidade de luta vem da força de sua organização independente, sem atrelamento ao poder dos patrões e do Capital. 

Coletivo CVM

 

 

aprovação do Projeto de Lei 4330 na Câmara, que trata da terceirização de todas as tarefas de uma empresa, contou com o significativo peso da “bancada patronal”, formada por deputados federais que são proprietários de estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviço ou do segmento rural e tem como pauta a defesa do chamado setor produtivo. leia mais