Metalúrgicos na Mercedes de São Bernardo do Campo recusam o acordo da empresa com o Sindicato
Do site da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
São os metalúrgicos do ABC se reencontrando com suas lutas.
No dia 02 de julho os metalúrgicos que trabalham na Mercedes Benz em São Bernardo do Campo/SP foram convocados pelo Sindicato para assembleia, na qual o Sindicato junto com a empresa defendia que os trabalhadores aceitassem a seguinte proposta:
– Redução de 10% dos salários de todos os trabalhadores.
– Reposição de apenas metade do INPC na data-base da categoria
– Para o Plano de Demissão Voluntária, além dos aposentados, também colocaram na guilhotina das demissões, os trabalhadores com estabilidade até a aposentadoria vítimas de acidente e doenças provocadas pelo trabalho.
– A proposta ainda incluía que se o Projeto de Proteção ao Emprego (PPE) for aprovado no Congresso Nacional, então a redução salarial seria maior, pois pela proposta da CUT, Força Sindical e UGT, no PPE, os patrões deixam de pagar 30% dos salários e desse valor não pago 15% são pagos pelo governo através do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) e outros 15%, os trabalhadores perdem.
A proposta feita pela Mercedes junto com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, novamente tentava iludir os trabalhadores que isso evitaria as demissões e colocaria de volta ao trabalho parte dos 500 trabalhadores que foram demitidos na volta do lay-off.
A máscara de reduzir direitos com a desculpa de evitar as demissões começa a cair
No ano passado o Sindicato aceitou defender a proposta da Mercedes de redução do piso salarial em 20%, aceitou uma nova grade salarial que achata os salários e por dois anos não ter reajuste salarial acima da inflação.
O Sindicato dos Metalúrgicos também aceitou defender o lay-off afirmando para os trabalhadores que isso era a forma de evitar demissões. leia mais