Morre, aos 81 anos, o economista Theotônio dos Santos

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Natural de Carangola, interior de Minas Gerais, militou na Polop (Organização Revolucionária Marxista Política Operária). Ao longo da carreira, escreveu 38 livros, foi coautor ou colaborador de 78 livros. Seus trabalhos foram publicados em 16 línguas.

A seguir, compartilhamos a homenagem publicada pelo professor Carlos Eduardo Martins, professor do Programa de Estudos sobre Economia Política Internacional (UFRJ), coordenador do Laboratório de Estudos sobre Hegemonia e Contra-Hegemonia (LEHC/UFRJ) e coordenador do Grupo de Integração e União Sul-Americana do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso):

“Se Theotônio se vai fisicamente deste mundo, o sonho de um socialismo democrático e a continuidade de sua obra permanecem como desafio aberto para as novas gerações e para os muitos que diretamente ou indiretamente influenciou”.

Para impedir o fim dos direitos e garantir a previdência, é preciso ampliar a luta! Dia 19 de fevereiro: fortalecer a mobilização em cada local de trabalho

Intersindical – instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

O governo Temer/PMDB tenta a todo custo completar seu plano de ataques à classe trabalhadora para atender os interesses da burguesia.

Depois de, junto com o Congresso Nacional, impor uma reforma trabalhista que significa dar maiores e melhores condições para o Capital seguir com as demissões e a precarização das condições de trabalho, com jornadas flexíveis de acordo com seus interesses, permitindo a redução de direitos e salários, o governo busca agora coroar suas reformas acabando com a Previdência. leia mais

A atual reforma trabalhista e a luta de classes no Brasil – 2ª parte

Cem Flores

 

Para aprimorar a análise e a resistência

Com a reforma aprovada, é preciso não só analisar os impactos imediatos e futuros para a luta de classes, mas também entender as razões pelas quais a resistência a esta não logrou êxito.

Em primeiro lugar, o reformismo, que hoje branda, na maior parte como blefe, contra a reforma, pouco tempo atrás era o elemento articulador da mesma. O Programa de Proteção ao Emprego (PPE)[1] costurado pelos sindicatos cutistas e o governo petista, no mesmo período dos documentos da CNI, foi o laboratório de tal reforma, reconhecido até mesmo no corpo da nova lei – mudando para o nome de Programa de Seguro-Emprego (PSE). Se hoje clamam por resistência apenas de boca para fora (só ver as Greves Gerais esvaziadas propositalmente), é muito mais porque lhes foi tirado o governo central – que estava a fazer o mesmo, e fará caso volte. Antes de culpar a “massa alienada” que não se revolta, esses mesmos oportunistas, no governo anterior, estavam nos chãos de fábrica convencendo os operários a cederem conquistas em troca de migalhas que em pouco tempo se revelaram ilusões. Os PPE e layoffs da vida não foram garantias para os operários, que continuaram sendo demitidos e mais explorados: no limite foram garantias dos pelegos com seus verdadeiros aliados, os patrões. leia mais

A atual reforma trabalhista e a luta de classes no Brasil – 1ª parte

Cem Flores

 

A atual reforma trabalhista brasileira, aprovada e sancionada em 2017, é uma resposta explícita à conjuntura de crise por parte das diversas frações da burguesia[1]. Em seu discurso ideológico, a reforma visa, sobretudo, a retomada da economia, do emprego e da renda, ao elevar condições de produtividade e competitividade do país. Traduzindo para a classe operária: visa melhorar/retomar as condições para acumulação dos capitais resididos aqui via aumento da exploração e da dominação de classe. Em vez de uma mera resposta técnica, uma “atualização/modernização” da legislação trabalhista, como dizem os ideólogos de plantão, trata-se de um efeito claro da luta de classes. leia mais

Jean Salem: Marxismo, uma filosofia da práxis para a revolução

O CVM publica a seguir um artigo em homenagem a Jean Salem, morto na noite de sábado (13/01) para domingo aos 65 anos, o filósofo, professor de Filosofia da Universidade de Sorbonne, era um especialista de renome mundial em Demócrito, Epicuro e Lucrécio. Fiel aos ideais de Marx, ele denunciou a perda de pontos de referência de uma esquerda fascinada pelas sirenes liberais.

Dentro de sua vasta obra, destaca-se o livro “Lenin e a Revolução”, um magnífico ensaio sobre a atualidade e a necessidade do leninismo. Jean Salem era filho do jornalista e revolucionário Henri Alleg, protagonista do comunismo argelino que combateu pela independência do seu país contra o colonialismo francês e denunciou as torturas e a repressão do regime imperialista. leia mais