Frente aos ataques da classe patronal, resistir e se organizar

Coletivo CVM, 05/09/2020

 


A classe trabalhadora vive um momento de grave perigo, uma situação de ameaça
imediata à sobrevivência causada pela conjunção entre a pandemia de coronavirus (o Brasil ocupa o segundo lugar com maior número de casos no mundo, com 4.041.638 pessoas contaminadas e 124.614 mortos) e as demissões, a perda de direitos e o agravamento da exploração dos patrões.

Nesta situação de extrema fragilidade da saúde dos trabalhadores, os patrões resolveram passar ao ataque: apoiados por medidas do governo federal, suspenderam contratos, demitiram trabalhadores e mantiveram empregados uma parte com jornadas e salários reduzidos. Não satisfeitos, entenderam que havia chegado a hora de arrochar ainda mais a exploração da classe trabalhadora, colocando-a contra a parede, atacando os contratos coletivos de trabalho já estabelecidos e avançando, mediante terceirização, no rebaixamento dos pisos salariais. Entenderam assim porque perceberam como a maioria dos sindicatos e as centrais sindicais abandonaram a luta, encarando a situação como aquela “normal” das campanhas salariais, pautando-se apenas na manutenção dos acordos coletivos anteriores, aceitando a compensação dos abonos ao invés do aumento salarial apesar do custo de vida crescente, querendo se livrar da tarefa árdua da resistência nos locais de trabalho em troca da dedicação ao pleito eleitoral de novembro vindouro nos municípios. leia mais

Governo Bolsonaro, através da direção dos correios, coloca a polícia para atacar os trabalhadores em greve

Intersindical, instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

Na noite de domingo, dia 30 de agosto, trabalhadores que ocupavam o centro de distribuição dos Correios em Indaiatuba foram retirados pela repressão do Estado

MAS NÃO TEM RECUO, A GREVE CONTINUA

A greve dos trabalhadores nos Correios segue forte e se amplia a cada semana, uma luta que além de defender os direitos da categoria que estão sendo exterminados pelo governo, é em defesa dos serviços públicos de qualidade para a população trabalhadora, por isso a luta também é contra a privatização. leia mais

Funcionários dos Correios dizem que vão intensificar greve e protestos

Carla Araújo Do UOL, em Brasília 28/08/2020

 

Nota do CVM: a nosso ver, a intransigência a que se refere este artigo não é dos trabalhadores mas sim da direção da empresa.

 

Após a recusa dos Correios em aceitar o acordo proposto pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), os sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios dizem que pretendem intensificar a greve e ampliar os protestos pelo país. leia mais

Greve dos Correios: os limites da legislação trabalhista e os obstáculos da organização sindical

Coletivo do CVM, 25/08/2020

A HORA DO PEÃO

Desde a deposição de Dilma Rousseff pelo Congresso Nacional em 2016 os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafo do Brasil tem enfrentado um forte ataque por parte do Governo federal que aprofundou a implantação da política econômica neoliberal na defesa dos interesses do capital. Desvio de recursos, sucateamento, terceirização, ampliação das franquias, liberalização de atividades do Correios para empresas privadas, demissões, PDVs, etc. tornaram-se fatos comuns na vida cotidiana dos trabalhadores. leia mais