O Partido Comunista e o Parlamentarismo

A propósito da discussão (sempre atual) sobre a validade da participação dos socialistas no parlamento, o CVM publica a seguir este documento do II Congresso da Internacional Comunista (1920). 

                                                                                                           CVM

 

Introdução de Trotsky e Teses de Bukarine-Lenine
Aprovados pelo II Congresso da Internacional Comunista
(Julho de 1920)

I – A época atual e o novo parlamentarismo

A atitude dos partidos socialistas em relação ao parlamentarismo consistia, inicialmente, na época da I Internacional, em utilizar os Parlamentos burgueses para a agitação. A participação no Parlamento tinha como objetivo desenvolver a consciência de classe do proletariado na sua luta contra as classes dominantes.

Sob a influência da evolução política, e não da teoria, esta atitude foi-se modificando. Em virtude do aumento contínuo das forças produtivas e do alargamento do domínio da exploração capitalista, o capitalismo e, com ele, os Estados parlamentares adquiriram uma maior estabilidade. Daí a adaptação da tática parlamentar dos partidos socialistas à ação legislativa “orgânica” nos Parlamentos burgueses e a importância cada vez maior da luta pela introdução de reformas no quadro do capitalismo, o predomínio do programa mínimo dos partidos socialistas, a transformação do programa máximo numa plataforma destinada as discussões sobre “o objetivo final”, longínquo. Foi sobre estas bases que se desenvolveu o arrivismo parlamentar, a corrupção, a traição aberta ou camuflada dos interesses mais elementares da classe operária. leia mais

Falecimento do companheiro Washington Costa

Faleceu o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e da CUT-RJ, Washington Costa.

O CVM comunica o falecimento do companheiro Washington Costa, 57 anos, ocorrida na madrugada desta segunda-feira, 19 de maio, vítima de complicações decorrentes de um AVC.

Reproduzimos a nota escrita pelo companheiro Jaime Santiago, que integrou a Oposição Sindical Metalúrgica do Rio de Janeiro e a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos em 1987, seguido do depoimento de Ernesto Germano Parés, que também acompanhou a trajetória sindical de Washington Costa. leia mais

Atrelamento sindical ao Estado burguês: um desafio histórico e político do movimento operário no Brasil

por Coletivo CVM – atualizado em 16/05/2014


As recentes greves confirmam a atualidade da luta contra o sindicato atrelado ao Estado burguês. 

O presente texto anteriormente publicado para discussão, agora está atualizado no Portal e propõe uma reflexão crítica sobre a estrutura sindical brasileira. Romper essas amarras é tarefa fundamental para a formação de um classe operária independente e oposta ao capital. (CVM)

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1. A expansão da classe operária e, de um modo geral, dos trabalhadores assalariados ou do chamado proletariado é inerente ao modo de produção capitalista, quer dizer, da produção de mercadorias à custa da exploração da força de trabalho. O crescimento numérico é acompanhado pela concentração dos trabalhadores em grandes empresas. É nessas empresas que a resistência a esta exploração e a luta pela melhoria das condições de trabalho se apresenta com maior força e nitidez. O que implica a realização de greves e, para sustentá-las, a associação dos trabalhadores em sindicatos. leia mais

Movimentos de luta pela terra ocupam sedes do INCRA

A mobilização começou nesta segunda-feira, 12/05, na Bahia e em Sergipe, e segue até que as propostas sejam ouvidas pelos governos Estadual e Federal.

do Portal do Centro de Estudos e Ação Social – CEAS

Movimento dos Acampados e Assentados e Quilombolas da Bahia (CETA), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Pastoral Rural, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Articulação Estadual de Fundos e Fechos de Pasto e Povos Indígenas ocuparam nesta segunda-feira, 12/05, a sede do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. Em Aracaju – SE, cerca de 1200 trabalhadores da Pastoral Rural ocupam também a sede do INCRA. A mobilização integra a jornada de luta dos movimentos para denunciar o descaso dos governos Estadual e Federal com a reforma agrária.

Mobilizados em torno da Jornada de Lutas 2014, os movimentos denunciam o cenário de desmantelamento da política de Reforma Agrária no Estado da Bahia e a completa ausência do executivo, legislativo e judiciário na defesa do direito das populações empobrecidas rurais, e a sua pesada atuação na defesa e ampliação das articulações do grande capital, com a entrega das terras para os fazendeiros e ao agronegócio, que expulsa as famílias e destrói a natureza; a paralisação da reforma agrária e da demarcação dos territórios tradicionais; a lentidão do judiciário para as imissões de posse em favor dos povos do campo e tradicionais. leia mais

Obituário de Robson Caveirinha, nota de pé de página

O Observatório da Imprensa reproduz em 13/05/2014 o texto de Mauro Malin, datado de 24/05/2011. A promiscuidade política no Rio de Janeiro tem longa data. Os personagens de ontem e os de hoje variam mas nem tanto assim. 

Pactos e acordo de bastidores. Milícias e crime organizado disputam com partidos políticos o domínio (e exploração) de vastas regiões proletárias. São as favelas e a periferia da capital, a baixada fluminense e cidades do interior. Este é o pano de fundo da crescente violência que vem se espalhando pelo estado. (CVM)

 

Obituário de Robson Caveirinha, nota de pé de página

Por Mauro Malin em 24/05/2011 do Observatório da Imprensa

Os jornais registraram com pouco destaque a morte de Robson Roque dos Santos, Robson Caveirinha, há dez dias (23/3). Disseram que era chefão do tráfico no morro do Pavão-Pavãozinho, Copacabana, e que morreu em confronto com a Polícia Militar em Vigário Geral, Zona Norte do Rio. Mencionaram sua participação no sequestro do empresário Roberto Medina, em 1990.

Não esclareceram que esse sequestro deu origem à legislação de crimes hediondo. Nem passou pelas cabeças das redações fazer um balanço dessa legislação. Claro, ela não tem relação específica com a vida e a morte de Caveirinha. Em todo caso, poderia ter sido um “gancho”, se houvesse mais empenho em refletir sobre os problemas, não apenas relatá-los. leia mais