As ilegalidades na prisão de um dos ativistas no Rio de Janeiro

do site Jornal GGN

Rafael Caruso, um dos ativistas presos no Rio de Janeiro no dia 12 de julho, relatou como foi sua detenção após conseguir habeas corpus. Segundo o ativista, os policiais foram até sua casa com um mandado de prisão de crime de lei de proteção à propriedade de programa de computador, mas depois, através dos advogados, foi informado de que ele estava enquadrado no crime de formação de quadrilha. Além disso, alguns livros, panfletos e material de trabalho, como luvas cirúrgicas, foram apreendidos pela polícia em sua casa, mesmo sem o mandado de busca e apreensão. Veja a entrevista completa abaixo: leia mais

O espelho da práxis: uma esquerda em crise e suas leituras de Gramsci

por Eurelino Coelho Neto
Professor Assistente da UEFS e Pesquisador do LDH/UFF
Texto para o XXII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA da ANPUH – Associação Nacional de História  – João Pessoa, 2003

No presente texto pretendemos analisar alguns usos de teses e conceitos de Gramsci feitos por autores e organizações de esquerda no Brasil entre os anos 80 e 90 do século passado. A hipótese geral é de que o exame do deslocamento de significado operado por certos intelectuais e grupos de esquerda sobre determinados conceitos gramscianos pode revelar traços distintivos dos projetos políticos daqueles agentes. A interpretação é uma operação que deixa marcas que o historiador pode recolher se deseja aprender algo sobre como pensam aqueles que interpretam. Mas não só: pretendemos indicar que algumas mutações nas leituras de Gramsci são sintomas de outras mudanças, essas mais complexas, que se passam ao nível dos projetos políticos e das visões de mundo dos referidos agentes. As marcas da interpretação trazem indícios dessas mudanças também.

Nossa análise recai sobre dois conjuntos de leitores de Gramsci no interior do PT: lideranças e intelectuais ligados às correntes internas Articulação – Unidade na Luta e Democracia Radical. Também faremos referência a líderes que, sem vinculação orgânica com estas correntes, compõem, junto com elas, o chamado campo majoritário do partido. Com estes grupos de petistas vamos descobrir que os sentidos atribuídos aos conceitos gramscianos, em particular o de hegemonia, sofrem um deslocamento importante entre os anos 80 e 90. A mudança pode ser apontada comparando-se textos do mesmo autor com poucos anos de intervalo entre as publicações. Procederemos a uma exposição sintética do uso de categorias gramscianas em alguns textos publicados entre 1987 e 1999. leia mais

Programa de Proteção ao Emprego ou ao Patrão?

por CVM

O governo federal ensaia a Medida Provisória do chamado Programa de Proteção ao Emprego (PPE), onde o respeito do título à prática fica somente na aparência. Até então, as negociações indicam a possibilidade de que as empresas, em ditos tempos de crise, poderão reduzir a carga horária dos trabalhadores e, naturalmente e para a felicidade dos patrões, os salários.

As crises econômicas são características intrínsecas ao capitalismo, e quem historicamente paga por elas são os trabalhadores que tem (I) ou seus empregos cortados ou (II) redução de direitos através da flexibilização no emprego. O chamado Programa de Proteção ao Emprego nada mais é do que a sutil proteção ao patronado em detrimento das condições de trabalho e salário. leia mais

Urgente: prisões mostram a verdadeira face da democracia burguesa

Na democracia burguesa a liberdade de manifestação é artigo para poucos. Não é para aqueles que não pactuam com as classe dominantes. As  prisões deflagradas pelo aparelho de repressão evidenciam o caráter de classe do Estado subjugado pelo Capital.  Lembrando a letra da canção de Cazuza, a classe trabalhadora e seus aliados não estão convidados para esta festa.
CVM

 

Polícia prende acusados de atos de vandalismo no Rio

                                                                                                                                        publicado em Extra

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Suspeitos de praticar vandalismo foram presos na manhã deste sábado no Rio
Foto: Eliária Andrade

Marcos Nunes e Sara Paixão

A Polícia Civil deflagrou, neste sábado, uma operação para cumprir mandados de prisão temporária, expedidos pela 27ª Vara Criminal, contra acusados de promover atos de vandalismos durante manifestações realizadas no Rio de Janeiro. leia mais

Boletim de Conjuntura Nacional Nº 5 – junho de 2014

O pavio da luta de classes continua aceso.

O pavio da luta de classes continua aceso. Desde o início do ano até a véspera da Copa do Mundo, em 12 de junho, as ruas e rodovias das grandes cidades foram tomadas por manifestações de grevistas lutando contra os salários muito baixos e condições de trabalho aviltantes. Os garis abriram o Carnaval com o grito da classe trabalhadora. Seguiram-se os rodoviários, os professores e os empregados do Metrô. As greves desses trabalhadores dos serviços públicos de limpeza, educação e transporte foram caracterizadas por formas de luta diretas bastante radicalizadas e questionaram, do ponto de vista prático, as instituições burguesas de controle do capital sobre o trabalho – o atrelamento dos sindicatos ao Estado e os dissídios coletivos na Justiça do Trabalho. A resposta veio na repressão especialmente violenta na greve dos metroviários paulistanos, com a ocupação das estações pela polícia militar, a agressão física e a prisão e, por parte do governo estadual, a demissão de ativistas. leia mais