Seguimos firmes na luta contra o Plano de Proteção ao Empresariado
Do site da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
O governo Dilma mandou no dia 06 de julho Medida Provisória para o Congresso Nacional com o objetivo de colocar na lei a redução de salários de todos os trabalhadores.
A proposta foi apresentada pelas centrais sindicais: Força Sindical, CUT e UGT, como já tínhamos denunciado no inicio desse ano e defende que os patrões paguem apenas 70% dos salários. Dos 30% que seriam retirados dos trabalhadores, o governo paga 15% através dos recursos do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador) e os outros 15%? Ninguém paga, o trabalhador perde, enquanto o patrão embolsa 30% do salário de cada um.
Portanto a Programa de Proteção ao “Emprego, garante que os lucros dos patrões não sejam diminuídos, mas sim os salários dos trabalhadores e também direitos como férias, 13° salário, FGTS, INSS, ou seja, essa proposta ataca o trabalhador enquanto estiver trabalhando e depois também ao se aposentar.
Onde os salários foram reduzidos, as demissões continuaram.
No dia 02 de julho os metalúrgicos que trabalham na Mercedes Benz em São Bernardo do Campo/SP rejeitaram a proposta da empresa feita junto com o Sindicato que defendia:
– Redução de 10% dos salários de todos os trabalhadores.
– Reposição de apenas metade do INPC na data-base da categoria
– Para o Plano de Demissão Voluntária, além dos aposentados, também colocaram na guilhotina das demissões, os trabalhadores com estabilidade até a aposentadoria vítimas de acidente e doenças provocadas pelo trabalho.
A proposta feita pela Mercedes junto com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, novamente tentava iludir os trabalhadores que isso evitaria as demissões e colocaria de volta ao trabalho parte dos 500 trabalhadores que foram demitidos na volta do lay-off em abril desse ano.
A máscara caiu
No ano passado o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo/SP aceitou defender a proposta da Mercedes de redução do piso salarial em 20%, aceitou também uma nova grade salarial que achata os salários e por dois anos não ter reajuste salarial acima da inflação.
O Sindicato também aceitou o lay-off afirmando para os trabalhadores que isso era a forma de evitar demissões.
Mas os 500 trabalhadores que estavam no lay-off foram todos demitidos. Se no ano passado a proposta era pagar apenas o INPC, agora seria somente metade.
Mais de 70 % dos trabalhadores recusaram a proposta: São mais de 20 anos de acordos dos patrões com esse sindicato, que mantiveram as demissões enquanto se diminuíam os salários e os direitos eram retirados.
NOSSA LUTA SEGUE CONTRA OS ATAQUES DOS PATRÕES COM SUAS PROPOSTAS DE REDUÇÃO DE SALÁRIOS, DIREITOS E TERCEIRIZAÇÃO.
E TAMBÉM CONTRA O GOVERNO E OS PELEGOS SERVIS QUE ESTÃO DISPOSTOS A ATACAR OS TRABALHADORES PARA GARANTIR AS DEMANDAS DO CAPITAL.