Bernardo Kocher
Prof. História Contemporânea
Universidade Federal Fluminense
Publicado no Opera Mundi em 10 de maio de 2024.
É possível que os atos estudantis estejam adiando (ou impedindo) o ataque mais mortal de todos os até agora praticados contra o povo palestino, em Rafah
Neste início de maio de 2024, é imprescindível considerar que um fator indiretamente vinculado à política genocida aplicada pelo Estado sionista na Faixa de Gaza está se tornando relevante na opinião pública mundial: as manifestações dos estudantes universitários norte-americanos e, a partir deste “ponto zero”, o espraiamento dos protestos para vários centros acadêmicos da Europa, Ásia, Oceania e América Latina. É relevante e também alvissareiro que finalmente um verdadeiro movimento com base social de massas tenha ao menos potencialmente atingido a autoestima e, eventualmente, os interesses dos apoiadores da política social genocida em curso. Isto ocorre para além da imersão destes discentes na cultura humanística na qual eles foram formados, de respeito aos direitos humanos. Após meses de massivas manifestações de rua que se replicaram em várias cidades daqueles continentes, um verdadeiro ponto nevrálgico da questão foi finalmente criado com a inserção estudantil no processo de denúncia do que está ocorrendo. As passeatas e comícios desde o início da “guerra” não haviam logrado sensibilizar as forças políticas da sociedade civil do sistema imperial para o cometimento de seus crimes. leia mais