8 de março – dia de luta da mulher trabalhadora

Andressa Fochesatto
Professora da rede estadual de ensino de Pernambuco, Formadora do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio e integrante do coletivo Novo Germinal – Centro de Estudos Victor Meyer de Pernambuco.

 

É urgente e necessário retomarmos as raízes históricas do 8 de março, evocando o espírito de luta e mobilização das mulheres da classe trabalhadora do início do século XX, que inspiraram as socialistas alemãs Luise Zietz e Clara Zetkin a convocar um Dia Internacional das Mulheres da Classe Trabalhadora.

Vemos nos últimos anos uma série de greves e manifestações protagonizadas por mulheres em todo o mundo[1]​ ​ que coloca como possibilidade uma nova onda feminista combativa e classista, que rejeita a subvalorização do trabalho, tanto remunerado como não remunerado, das mulheres no capitalismo e lança os olhos para uma luta de classes feminista, internacionalista, antirracista e anticapitalista. leia mais

O impacto da crise do capital no mercado de trabalho global em 2020

Cem Flores 12.02.2021
Foto: Trabalhadores/as aguardam na fila para receber refeições gratuitas nos EUA. Com a explosão do desemprego em 2020, uma onda de fome se alastrou pelo país. Uma a cada quatro pessoas estão sofrendo de insegurança alimentar.

 

O ano de 2020 foi marcado por mais uma violenta crise do sistema imperialista mundial. A economia global, que em 2019 já se encaminhava para uma nova recessão, foi fortemente abalada pelos impactos da pandemia do novo coronavírus, detonador e agravante da crise. Além dos impactos imediatos, vários são seus efeitos permanentes, a aprofundar o atual estado depressivo do imperialismo e agravar suas contradições, como demonstrou o texto de Michael Roberts sobre as projeções para 2021Um desses efeitos permanentes, a ser analisado com muita atenção pelos comunistas pela sua relevância para a luta de classes, será no mercado de trabalho. leia mais

O que virá?

Passa Palavra21/01/2021

Estamos perante uma disputa por protagonismo entre as forças de direita: como atuarão as forças de esquerda nesse novo cenário?

A falência do sistema de saúde em Manaus, com a falta generalizada de oxigênio, parece ter levado a situação brasileira a um outro estágio. A grande comoção causada pelos vídeos em direto, por depoimentos de médicos, pela necessidade de transferência de bebês prematuros, levou a uma mobilização de diferentes agentes sociais para além da simples denúncia proclamatória do absurdo. Algumas celebridades começaram a fazer campanhas de doação de cilindros, que, embora irrisórias em termos de escala, dão a ideia de que é preciso fazer algo, uma vez que o governo não faz. Ao mesmo tempo, surgiu nas redes o chamado por um panelaço, tanto pelo oxigênio quanto pela exigência da saída de Bolsonaro. Inicialmente esse chamado circulou nos meios de esquerda, que têm optado por ações do tipo desde abril do ano passado. No entanto, a circulação desse chamado ganhou muito destaque quando foi endossada pelo apresentador e aspirante a político Luciano Huck. leia mais

Desafios da esquerda na UE

Ana Barradas
Bandeira vermelha em 17 de janeiro de 2021

 

Com a pandemia covídica a cumprir o seu curso inevitável, o ano terrível de 2020 terminou com a Europa esparvecida e paralisada pelo medo dos contágios, pelas restrições às liberdades individuais e pelos constantes confinamentos sanitários. Por cima disso, e perante o anunciado aprofundamento da crise económica iniciada em 2007, alargando ainda mais o fosso entre ricos e pobres, os trabalhadores receiam ser lançados numa crise muito grave de privações, fome e miséria. leia mais

Fatos & Crítica 26: Lutar contra a fome, o desemprego e a ameaça à vida

Coletivo do CVM

 

A situação atual vivida pelos trabalhadores em nosso país no início do ano é extremamente crítica e trágica.  Crítica sob qualquer ângulo que se observe e analise: o salário mínimo de fome vigente a partir de 01/01/2021, os reajustes salariais abaixo da inflação oficial ocorridas na grande maioria das categorias em 2020, os 48 milhões sem auxílio emergencial, o desemprego em elevação (a Ford acabou de anunciar o fechamento de suas fábricas no Brasil). Trágica pelo aumento do número de casos e da mortalidade por covid-19, a fome e a desnutrição, o desespero em torno da violência que acompanha a degradação das condições de vida e da falta de perspectivas. É a realização do quadro previsto no último F & C, cuja superação é urgente.

 

Salário mínimo necessário contra salário de fome

No dia 1º de janeiro de 2021 passou a ter vigência o novo salário mínimo decretado pelo governo Bolsonaro; o valor de R$1.045 vigente no ano passado foi alterado para R$1.100,00 ,  representando um aumento de 5,22% baseado na revisão do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos. leia mais