Solidariedade ativa aos metalúrgicos na Renault de São José dos Pinhais/PR que estão em greve lutando contra as demissões
Intersindical, instrumento de luta e organização da classe trabalhadora
Os Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas e região/SP, dos Metalúrgicos de Limeira e Região/SP, dos Metalúrgicos da Baixada Santista/SP, dos Metalúrgicos de Ipatinga e região/MG, bem com o conjunto da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, trazem sua solidariedade ativa à luta dos metalúrgicos na Renault em São José dos Pinhais/PR que estão em greve contra as mais de 700 demissões que a direção da empresa impôs no dia de hoje.
Os trabalhadores em assembleia chamada pelo Sindicato decidiram já na semana passada entrar em greve caso a empresa mantivesse a proposta demitir centenas metalúrgicos.
Antes de vencer o prazo do aviso de greve, a Renault começou as demissões com o objetivo de tentar impedir o movimento, mas os trabalhadores se colocaram em movimento e a greve começou forte no dia de hoje.
O que faz a Renault em São José dos Pinhais/PR é o mesmo que outras grandes empresas estão fazendo: se aproveitando da pandemia para reorganizar sua produção para na sequencia ampliar seus lucros, o que significa para os trabalhadores, demissões em massa, arrocho salarial e ataque aso direitos.
É o que a siderúrgica Usiminas tenta fazer na Baixada Santista/SP, em maio anunciou a demissão de mais de 900 trabalhadores e a USIMEC em Ipatinga/MG que pretende demitir mais de 90% do efetivo em sua planta de Ipatinga, o que significa a demissão de mais de 700 trabalhadores.
Em Cubatão/SP conseguimos barrar as demissões por dois meses, a empresa com o apoio de um ministro do TST cassou a liminar que impedia as demissões, a direção da empresa colocou mais de 80% da fábrica em home-office e começou a demitir, mas a nossa mobilização segue e por conta disso a empresa não conseguiu impor até agora a redução de mais de 60¨% de seu efetivo. Em Ipatinga conseguimos suspender as demissões e a mobilização segue para impedir que elas se efetivem.
Esse são exemplos da luta de resistência nada pequena pelo país afora que estamos travando contra os ataques da patronal que conta com o apoio do governo genocida de Bolsonaro que a cada dia lança mais Medidas Provisórias e Portarias que liberam os patrões a reduzir salários, retirar direitos e continuar as demissões.
Para o Capital não importa que mais de 80 mil pessoas tenham morrido e mais de 2 milhões estejam contaminadas pelo novo coronavírus, não importa que mais de 30 milhões estejam sem emprego e milhões estejam na mira da morte seja através do vírus, ou da fome, seja no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, para o Capital o que vale são seus lucros, que aumentam na exata medida em que aumenta a exploração contra a classe trabalhadora.
Para enfrentar os ataques dos patrões e seus governos aos direitos, salários e empregos nossa arma é a luta da classe trabalhadora. Por isso nos somamos em solidariedade ativa aos companheiros metalúrgicos na Renault que estão firmes na greve contra mais um ataque patronal.