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O Sindipa não participará da caravana do Lula que chega essa semana em Ipatinga

Intersindical-Instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

 

Nosso Lugar É Junto Dos Trabalhadores Organizando A Luta Contra Os Ataques Dos Patrões E De Qualquer Governo Que Se Submete Aos Interesses De Quem Nos Explora

Nessa semana acontece em Ipatinga uma manifestação para receber a caravana do PT e de Lula na cidade. O principal objetivo dessa atividade não é enfrentar os ataques impostos pelo governo Temer /PMDB que para atender os interesses dos patrões quer exterminar os direitos da classe trabalhadora com a reforma trabalhista. leia mais

28 de abril: trabalhadores em luta contra o massacre aos direitos param a produção e a circulação de mercadorias

Intersindical – Instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

Foto acima: Metalúrgicos e trabalhadores de várias categorias em Manifestação na Estrada Campinas/MonteMor

O dia 28 de abril, dia de greve geral contra o desmonte da Previdência, o ataque aos direitos trabalhistas e a terceirização foi marcado pela paralisação de diversas categorias e bloqueios de estradas em várias regiões do país.

A INTERSINDICAL esteve ativamente na construção da greve e em várias regiões junto com diversas organizações parou a produção e a circulação de mercadorias. leia mais

Milhares de trabalhadores vão à luta contra o desmonte da Previdência e os ataques aos direitos trabalhistas nesse 15 de março

Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

 

Intersindical junto com vários Sindicatos de luta organizou greves e paralisações em várias regiões do país.

A madrugada de 15 de março de 2017 começou com milhares de trabalhadores das mais diversas categorias em todo país em movimento contra o ataque dos patrões, do governo Temer/PMDB e do Congresso Nacional que querem acabar com a Previdência, aumentar a idade para aposentadoria, aumentar a jornada de trabalho, diminuir os salários e direitos e liberar geral a terceirização, o que significa, mais arrocho, menos direitos, mas acidentes, doenças e mortes nos locais de trabalho. leia mais

Isso é a terceirização: demissões em massa, redução de salários e direitos, aumento das doenças e mortes nos locais de trabalho

Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

 

É ISSO QUE SIGNIFICA O PROJETO DOS PATRÕES E DO GOVERNO APROVADO PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS!

No dia 22 de março, a Câmara dos deputados aprovou mais uma proposta dos patrões, que vai liberar demissões em massa, reduzir salários e direitos e piorar as condições de trabalho que provocarão mais doenças, acidentes e morte. leia mais

Emanuel Melato: A classe trabalhadora, do mesmo jeito que já construiu grandes organizações, vai saber superar esse momento também, pra gente poder retomar a discussão da questão do Estado capitalista, pra quem ele serve.

Entrevista de Emanuel Melato, dirigente sindical dos metalúrgicos de Campinas e membro da coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora para Intervozes.

Eduardo Stotz/Intervozes – Na sua visão, qual a situação econômica, a situação material por assim dizer, em que se encontram os trabalhadores?

Emanuel Melato – Primeiro que, em termos de situação econômica, nós podemos dizer que hoje a gente está um pouco pior do que estava há três anos. Existe uma situação no país na qual os trabalhadores, no último período, se endividaram ao extremo por conta da política de consumo a que fomos submetidos. E esse endividamento extremo leva ao fato de que uma boa parte da classe trabalhadora hoje esteja pagando ou um carro, ou uma casa, ou alguns gastos, ou até pagando a comida no cartão de crédito. Então existe um endividamento muito grande, e isso somado à questão de desemprego altíssimo faz com que os trabalhadores estejam mais ou menos nesse momento, de certa forma, recuados em relação às suas reivindicações. Assim como quando os antigos colonos ficavam devendo para o dono da fazenda e todos os seus ganhos, salários, não fossem suficientes para chegar ao final do mês.

Eduardo Stotz/Intervozes – E, nesse sentido, qual é o balanço que você faz das campanhas salariais até o momento?

Emanuel Melato – O problema das campanhas salariais que estão ocorrendo nos últimos anos é que, por conta desse endividamento que foi provocado por políticas do Estado no sentido de produzir mais apostando num consumo interno, tais campanhas hoje têm agradado aos patrões do país. Primeiro, porque uma boa parte das campanhas não repõe nem as perdas inflacionárias, e você não consegue ter um aumento real de salário que supere o INPC, que é o menor índice para a reposição da inflação que existe no país. E ao mesmo tempo atendem a uma coisa que os empresários buscam há muito tempo, que é você ter um salário variável e não um salário fixo e, nesse sentido, as campanhas acabam se inserindo nessa lógica, na discussão da participação no lucro, onde os trabalhadores se mobilizam porque acaba entrando um dinheirinho mais rápido, que não é dividido mês a mês, e vai direto cobrir o rombo nas contas bancárias, cobrir empréstimos. Mas se esquecendo de que todas as vezes que você não tem uma reposição da inflação e não consegue um aumento real de salário, essa “Participação nos Lucros e Resultados” (PLR) desaparece no 13º, nas férias, na aposentadoria. Então está se criando, nesse momento, uma situação que no futuro levará esses trabalhadores a ter uma situação ainda pior.

Eduardo Stotz/Intervozes – Isso significa também que o piso salarial dos trabalhadores está se mantendo em baixa?

Emanuel Melato – Olha, por exemplo, se você pegar agora os metalúrgicos que estão numa discussão de campanha salarial, ao mesmo tempo em que tem uma pauta de reinvindicação dos trabalhadores, vem outra pauta dos empresários; e a pauta dos empresários prevê o quê? Que não haja uma recomposição da inflação total, que haja um congelamento do piso salarial. Você tem uma crise política e econômica, uma alimentando a outra, e mesmo sem a gente ter uma crise internacional, no sentido da crise cíclica do capital, você tem uma crise no país que está perdurando por algum tempo. Então, nesse aspecto, a reivindicação dos empresários é que haja congelamento e rebaixamento do piso. Além de tudo isso, existe muito desemprego crescente por conta dessa situação que não é culpa dos trabalhadores, mas uma situação colocada no país. Daí que, mesmo sem essa reivindicação deles, isso é uma coisa que já acontece há anos. Você tem um reajuste salarial durante a campanha, e mesmo que se consiga um aumento real de salário, por rotatividade eles conseguem demitir aqueles que ganham mais e contratar pessoas que ganham menos. E, depois, todos os demitidos são recontratados com salários menores. O nível de rotatividade nas principais empresas do país chega a 20%; é muito grande. Isso vem acontecendo em nosso país a longa data. leia mais