Arquivo da categoria: História

A lenda do outubro alemão de 1923

Arbeiterstimme ”, nº 221, 2023

 

100 anos de 1923

A memória de 1923 é também uma ocasião para a mídia nacional. Foram publicadas pelo menos dez novas monografias que tratam deste ano econômica e politicamente agitado. Muitas vezes ele é visto como um ano chave para a história alemã do século XX.

Para o mainstream burguês, o foco da análise está frequentemente na hiperinflação, que atingiu o seu pico naquele ano, e na sua superação. Mas também o golpe de Hitler e aspectos culturais são discutidos detalhadamente em algumas publicações. leia mais

A greve de ocupação da GM em Flint, Michigan, 1936-37

Internet Archive Way Back Machine
29 Mar 2023

 

Tudo o que prejudica o trabalho é uma traição à América. Nenhuma linha pode ser traçada entre esses dois. Se alguém lhe disser que ama a América, mas odeia o trabalho, ele é um mentiroso. Se um homem lhe disser que confia na América, mas teme o trabalho, ele é um tolo.
-Abraão Lincoln

 

Em junho de 1998, trabalhadores de duas fábricas da General Motors (GM) em Flint, Michigan, entraram em greve. Uma senhora idosa usando uma boina vermelha juntou-se aos grevistas. Essa mulher era Nellie Beeson Simons 1 – ela tinha sido membro da Brigada Feminina de Emergência, que foi em grande parte responsável pela vitória sindical na greve de Flint de 1936-37. leia mais

Companheiro Fidel, presente !

Louvor do Revolucionário

Quando a opressão aumenta
Muitos se desencorajam
Mas a coragem dele cresce.
Ele organiza a luta
Pelo tostão do salário, pela água do chá
E pelo poder no Estado.
Pergunta à propriedade:
Donde vens tu?
Pergunta às opiniões:
A quem aproveitais?

Onde quer que todos calem
Ali falará ele
E onde reina a opressão e se fala do Destino
Ele nomeará os nomes.

Onde se senta à mesa
Senta-se a insatisfação à mesa
A comida estraga-se
E reconhece-se que o quarto é acanhado.

Pra onde quer que o expulsem, para lá
Vai a revolta, e donde é escorraçado
Fica ainda lá o desassossego.

Bertold Brecht

O resgate do soldado Ivan na Segunda Guerra Mundial

O mundo tem dois heróis: meu Tio Bill e seu camarada Ivã, soviético. É obsceno homenagear o primeiro sem também homenagear o segundo.

Mike Davis – The Guardian
Publicado em Carta Maior

A batalha decisiva pela libertação da Europa começou há 70 anos, em junho, quando um exército soviético de guerrilhas emergiu das florestas e charcos da Bielorrússia, para lançar ataque surpresa contra a retaguarda da poderosa Wehrmacht.

As brigadas do Exército Vermelho e combatentes da Resistência, entre os quais muitos judeus e foragidos de campos de concentração, plantaram 40 mil cargas de demolição. Devastaram as estradas de ferro, vitais para a conexão entre o Centro do Exército Alemão e suas bases na Polônia e no leste da Prússia.

Três dias depois, dia 22/6/1944, no terceiro aniversário da invasão de Hitler contra a União Soviética, o marechal Zhukov deu a ordem para o assalto principal contra as linhas alemãs. 26 mil armas pesadas pulverizaram as posições avançadas dos alemães. Os gritos dos foguetes Katyusha foram seguidos pelo rugido de 4 mil tanques e pelos gritos de combate (em mais de 40 línguas) dos 1,6 milhão de soldados soviéticos. Assim começou a Operação Bagration, assalto contra um front alemão de mais de 600 quilômetros.

Georgy Zhukov-grande         Marechal Zhukov

Esse “grande terremoto militar”, como o designou o historiador John Erickson, só parou nos arredores de Varsóvia, com Hitler deslocando as reservas de elite da Europa ocidental para tentar conter a maré vermelha no leste. Resultado disso, tropas norte-americanas e britânicas que combatiam na Normandia não tiveram de enfrentar as divisões Panzer mais bem equipadas. leia mais