Eduardo Stotz
25 de outubro de 2024
Publicado em janeiro de 2022.
Revisado e atualizado em outubro de 2024
Apresentação
A crise ambiental, cujos desdobramentos imprevisíveis ameaçam a humanidade e o ciclo da vida no planeta em sua complexidade, e a escalada militar liderada pelos Estados Unidos e seus aliados, a lançar a sombra de uma 3a guerra mundial, constituem ameaças presentes de tal gravidade que deveriam abrir caminho para uma radical mudança na sociedade e em sua organização internacional. Vivemos na barbárie: a opulência de uma minoria em meio à pobreza, à fome e à violência por todo o lado, inclusive nas grandes cidades do centro do capitalismo. Possibilidade efetiva de superação, dado o impressionante desenvolvimento tecnológico e, portanto, das forças produtivas em curso, no qual se destaca a China.
Essa situação de conjunto confere um sentido à retomada da palavra de ordem do socialismo enquanto uma forma de sociedade alternativa ao capitalismo e à barbárie representada por este sistema, mediante a organização coletiva e a direção de todo o processo social pelos trabalhadores.
O objetivo, contudo, não faz parte da consciência social de nosso tempo. A memória social da Rússia nos países da Europa não é aquela dos conselhos de operários, camponeses e soldados de 1917 ou do papel decisivo desempenhado pela União Soviética na derrota do nazi-fascismo na segunda guerra mundial. Pelo contrário, o nome do socialismo está marcado na memória da gerações do pós-Guerra pela tutela dos partidos comunistas sobre os trabalhadores por quase um século na URSS e na sua extensão ao leste europeu. Em nossos dias, a guerra na Ucrânia parece atualizar esse passado de opressão política com a intervenção militar da Federação Russa. leia mais