Sem ilusão que as eleições resolverão os problemas. Fortalecer a luta por melhores condições de vida e trabalho

Intersindical, instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

 

Avançar na organização e luta da classe trabalhadora em seus locais de trabalho, moradia, estudo e nas ruas

No Brasil voltamos a ter eleições diretas para presidente somente em 1989 fruto das intensas lutas do final da década de 70 e 80 contra a ditadura militar financiada pelo Capital que prendeu, torturou milhares e matou muitos jovens e trabalhadores que se colocaram em movimento. 

A luta que enfrentava a carestia, as péssimas condições de trabalho, que exigia direitos e melhores condições de vida foi fundamental também para redemocratização do país.

Mas o capitalismo maneja as estruturas do Estado para garantir seus interesses, seja impondo ditaduras, seja através das democracias liberais. Portanto em alguns momentos o Capital se utiliza da repressão intensa e escancarada, em outros combina a repressão com a conciliação de classes, em outros dentro da democracia permite uma forma hibrida em que seus governos de plantão acentuam mecanismos de repressão e extermínio de direitos com instrumentos que se mantém na democracia burguesa.

No Brasil depois de mais de uma década de governo do Partido dos Trabalhadores, a principal derrota da classe trabalhadora foi o retrocesso gigantesco da consciência social e consequentemente do aumento da alienação tão importante para que o Capital possa aprofundar a exploração, ferramenta principal para sua sobrevivência como sistema economicamente dominante.

As exigências do Capital para a saída de mais uma de suas crises no final da década passada com sua receita base que consiste no aprofundamento da redução de direitos e salários, no aumento do desemprego e consequentemente da miséria combinadas com um retrocesso da consciência dos trabalhadores potencializado pelos governos de conciliação de classes produziram o ascenso de governos de extrema direita no mundo todo, como no Brasil com o governo Bolsonaro.

Em 2020, uma pandemia mundial jamais vivida no último século que já matou centenas de milhares e segue contaminando milhões é mais uma tragédia utilizada pelo Capital para potencializar os ataques à classe trabalhadora impondo as saídas para mais uma de suas crises.

Nesse mesmo ano eleições acontecem em vários países, mas não serão elas a solução para impedir o avanço desses ataques, esses só serão freados na luta direta da classe trabalhadora:  nos EUA, centro do sistema capitalista as duas principais candidaturas para presidente do país se inscrevem com programas que na forma são distintos, mas no conteúdo têm o mesmo objetivo; gerenciar a máquina do Estado para atender aos interesses capitalistas. De um lado o asqueroso candidato do Partido Republicano Donald Trump apoiado por grupos racistas e da extrema direita, do outro o ex vice-presidente de Barack Obama, Joe Biden do Partido Democrata, já credenciado pelo Capital como capacitado gestor de seus interesses.

No Brasil eleições também acontecem nesse mês de novembro: é importante nesse momento de eleições para Prefeituras e Câmaras Municipais dizer NÃO às candidaturas que se apoiam no governo genocida de Bolsonaro e outras que tão somente são distintas na forma, mas principalmente é preciso firmes combatermos a ilusão que é na esfera do Estado que os problemas da classe trabalhadora serão resolvidos. Para muito além das eleições é na luta direta e organizada da classe trabalhadora que avançaremos contra a retirada de direitos e a miséria provocada pelo Capital e seu Estado.

 

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