Na continuidade do marxismo revolucionário: O teórico comunista e internacionalista August Thalheimer morreu há 75 anos
Hubert Zaremba, Göttingen
Arbeiterpolitik – 28. Maio de 2024
Tradução: SAP
Apresentação
O presente artigo de Hubert Zaremba sobre August Thalheimer (18/03/1884 – 19/09/1948) reverencia o teórico e militante revolucionário alemão que nasceu em Affaltrach (atual Obersulm), no Reino de Württemberg, sendo proveniente de uma família judaica cujos membros atuavam no movimento socialista.
Dentre as inúmeras contribuições para a compreensão da luta de classes registradas pelo autor, – tal como a análise do caráter de classe do estado com base no 18 do Brumário de Marx – ficou faltando justamente a análise de Thalheimer sobre a configuração do imperialismo que emergia após a Segunda Grande Guerra. A contradição maior deixava de ser entre as principais potências imperialistas, cujo antagonismo (concorrência econômica e militar) cedia lugar para a cooperação, frente a ampliação do bloco socialista e a ameaça de nova onda revolucionária. Esta discussão está em Linhas e conceitos básicos da política internacional após a II Guerra Mundial, (clique e leia no Portal do CVM) documento escrito em 1946, e que define os conceitos de “cooperação antagônica” no contexto já mencionado.)
Neste artigo, Thalheimer afirma que (…) “Os imperialistas derrotados na II Guerra Mundial foram empurrados pelos imperialistas vencedores para o submundo dos povos coloniais ou semicoloniais, que não são os sujeitos, mas sim, os objetos da política imperialista”. Muito se parece com o que assistimos hoje com a Europa submissa econômica e militarmente ao império Yanque. Contudo, é preciso ter em conta que a contradição maior, a divisão do mundo entre capitalistas e socialistas, cessou em 1989 com o fim da União Soviética. Um longo caminho foi percorrido desde então até os dias de hoje, marcado por crises de acumulação, desindustrialização em certos países e fortalecimento do capital fictício, entre outras, e que nos remete à uma nova grande contradição: a formação do bloco China e Rússia e sua disputa por novos mercados. Voltando ao texto de Thalheimer acima indicado, estaremos diante de um novo embate pela hegemonia do capital em sua fase avançada, capaz de forjar uma “nova constelação política internacional“?
Há muito ainda para se compreender e debater sobre a atual conjuntura internacional. Para auxiliar nesta reflexão, vamos recorrer a um marxista da estirpe de Thalheimer, que não se prende a um formulismo, muito pelo contrário, para ele é a luta de classes que movimenta este cenário:
“Os povos não são apenas peças de xadrez no jogo da política internacional. A estratégia dos estados dominantes em ambos os campos é uma coisa, a vida própria dos povos e sua ação, segundo seus próprios antecedentes de classe e suas necessidades, são outra coisa – e as contradições desses dois fatores pertencem ao quadro da realidade, não são momentos que se possam omitir do jogo de forças. “
Coletivo do CVM
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Início de dezembro de 1946, em Habana-Vedado, Cuba. August Thalheimer completaria em breve quatorze anos de exílio, após o fascismo ter chegado ao poder na Alemanha e, com a ocupação de quase toda a Europa, ter sido compelido a fugir da França para o além-mar. Apesar de o regime nazi ter deixado de existir havia um ano e meio, o líder da oposição comunista nascido em Württemberg não conseguiu, desde então, organizar o seu regresso à Alemanha. Poucos meses após o fim da guerra, criticou duramente a política alemã das potências vencedoras do Leste e do Oeste no seu ensaio “As decisões de Potsdam”. Relativamente aos aliados ocidentais, Thalheimer é claro quanto ao motivo principal que orientava então a sua política de ocupação: “Após a derrota esmagadora do imperialismo alemão, a guerra contra a revolução socialista na Alemanha assume agora um papel central.”
Numa carta dirigida à sua irmã Bertha Thalheimer, na época anteriormente mencionada, observa:
“Pode ter a certeza de que faremos tudo o que for humanamente possível para regressar à Europa o mais depressa possível – cinco anos nos trópicos sem interrupção já são suficientes. Se não escrevo pormenores sobre este assunto, é porque sei quantos obstrucionistas estão dispostos a travar o processo, se tiverem alguma ideia a respeito. Recomendo-lhe também vivamente que pratique muito mais a virtude democrática da desconfiança na correspondência”.
Mas, no final de julho de 1948, a guerra de nervos sobre a saída do país continuava. As frases introdutórias de uma carta dirigida ao seu companheiro político Heinrich Brandler, que conseguiu sair de Cuba de navio para a Inglaterra um ano antes, são suficientemente claras:
“Tenho adiado repetidamente escrever para você na expetativa de que a história de cobanidad se resolva nos próximos dias. E depois também pelo aborrecimento causado pelo fato de continuarem a surgir novos atrasos, formalidades etc. – apesar de todas as promessas, garantias etc. Escrever sobre os pormenores é nojento demais. Com algumas centenas de pesos, as coisas já estariam resolvidas há muito tempo, mas eu não as tenho. Por isso, não me resta alternativa senão continuar a me esgueirar pela trilha do boi até que as coisas se resolvam…”.
Mas esta esperança não se concretizou. Pouco menos de dois meses depois, na tarde de 19 de setembro de 1948, August Thalheimer morreu de um ataque cardíaco súbito.
Em sua resposta à notícia da morte dada por Brandler, Bertha Thalheimer, no início de outubro em Sttutgart, avaliou a perda política e pessoal:
“É um duro golpe para a nossa causa. E também é triste que na confusão intelectual geral essa mente marxista mais clara já não possa ser ouvida. Ele desejava desesperadamente regressar aqui para trabalhar, continuar e concluir as suas obras literárias. Acredite que eu e os meus amigos fizemos todos os esforços para tornar possível o seu regresso.
Mas não é apenas a burocracia e a consolidação geral das forças burguesas, mas também os partidos operários que são culpados pela impossibilidade do regresso de A.. Se August tivesse regressado há um ano, esta catástrofe não teria acontecido. Apesar de nunca ter estado efetivamente doente, sentiu a sua vitalidade ser minada. Uma vez escreveu que não podia ficar em Cuba mais do que até o ano de 1948”.
A vida de August Thalheimer reflete as etapas e as rupturas da ascensão do movimento comunista na primeira metade do século XX. Depois de ter estudado linguística e etnologia, Thalheimer cresceu no seio de uma família abastada e trabalhou como redator do jornal do SPD[1] de Göppingen a partir de 1909, antes de se mudar para o “Volksfreund” de Braunschweig em 1912. Desde o início da guerra, em 1914, apoiou a emergente “Liga Espartaquista”, a precursora organizacional do KPD[2], formado no final de 1918. Nas ferozes lutas de classes que se seguiram, o KPD transformou-se num partido de massas e, com o conceito da tática de Frente Única, a partir de 1922/23, desenvolveu uma força política tal que permitiu quebrar, pelo menos, a primeira onda de ataque contrarrevolucionário à jovem república burguesa. Durante o período da inflação, o conjunto dos trabalhadores organizados não pôde ou não quis reunir energias de maior alcance. Expulsos da direção do KPD por serem considerados “responsáveis” pelas decepcionantes e exageradas esperanças revolucionárias do outono de 1923 e incluídos na lista de procurados da polícia alemã, Thalheimer e Brandler passaram vários anos “internados” na União Soviética.
Alguns dos escritos teóricos mais conhecidos de Thalheimer datam desse período. Entre eles contam-se, nomeadamente, as suas críticas ao projeto de programa da Internacional Comunista, a série de conferências “Introdução ao Materialismo Dialético”, realizadas na Universidade Sun Yat Sen, e a antologia “A Posição de Spinoza na Pré-História do Materialismo Dialético”, escrita em conjunto com Adam Deborin.
Depois de acesos debates internos sobre o rumo futuro do KPD, Thalheimer e Brandler, preocupados com o desenvolvimento do movimento operário na Alemanha, regressaram à Alemanha e, juntamente com outros, fundaram a Oposição do KPD[3] como corrente comunista na viragem de 1928/29, com o objetivo de formar uma frente comum de defesa da classe operária contra a miséria provocada pela crise e a ascensão do fascismo, de acordo com o conceito da tática de Frente Única. Temiam que o rumo ultraesquerdista adotado pelo KPD, com a sua tese do “socialfascismo[4]”, aprofundasse a divisão do movimento operário e provocasse uma derrota comum.
Diante da situação política, Thalheimer concluiu em maio de 1930:
“O parlamentarismo tornou-se um obstáculo, um grilhão para o capital monopolista na Alemanha, sobretudo porque exige um certo grau de concessões à classe operária (política social, impostos etc.), porque introduz um elemento essencial de incerteza na política capitalista. A democracia burguesa tornou-se ainda mais uma algema para a burguesia monopolista, porque proporciona o terreno para a resistência organizada da classe trabalhadora.
No entanto, os direitos democráticos dos trabalhadores só podem ser abolidos através da sua abolição geral, para todas as classes. Contudo, isso não enfraquece o domínio do capital, antes o reforça; o domínio direto, mas velado do capital é substituído pela ditadura indireta, mas aberta do capital. É uma forma mais forte e mais brutal de domínio do capital. A sua manifestação moderna é o Estado fascista”. (“Gegen den Strom”, ano 3, nº 19)
Para evitar isso, a agitação e a propaganda pela Frente Única do povo trabalhador, por si só, está longe de ser suficiente. A ação de massas unificada da classe trabalhadora só pode ser concretizada se houver objetivos diários concretos, palavras de ordem diárias e reivindicações de transição, que prometam uma chance de realização no interesse dos envolvidos. E com base nas suas próprias experiências de luta, eles podem examinar quem ou o que prejudica ou beneficia a sua luta contra os ataques do capital.
A “Plataforma” da KPO, resultante de um processo de discussão coletiva, comenta o seguinte:
“Os reformistas esforçam-se por manter as lutas quotidianas dos trabalhadores num quadro compatível com a existência do Estado burguês e da ‘ordem’ capitalista, ou seja, que não a abale. Isso os obriga a evitar ao máximo essas lutas, a fixar os seus objetivos no nível mais baixo possível, a inibir o seu desenvolvimento e a traí-las assim que ameaçam transformar-se em vias revolucionárias, ou seja, em luta pelo poder.
Em certos períodos, os reformistas chegam mesmo a desmantelar diretamente as reformas juntamente com a burguesia.
Os comunistas não conhecem tais considerações. Não determinam os objetivos das lutas quotidianas de acordo com as necessidades de manter a “paz e a ordem” capitalistas, mas de acordo com o poder de luta existente dos trabalhadores. Eles se esforçam para aumentar o poder de luta dos trabalhadores”.
Nem mesmo a suspensão da lei da negociação coletiva pelo Chanceler do Reich, von Papen, em setembro de 1932, levou os dirigentes da ADGB[5] a convocar uma greve de protesto para ousar colocar em ação o teste de força há muito esperado. As advertências de Thalheimer a favor de uma utilização, adequada à situação, do poder de luta ainda existente dos sindicatos não foram ouvidas.
“O empenho político dos sindicatos é o golpe de martelo que pode quebrar a luta sindical isolada. Não só abrirá o caminho para que os sindicatos voltem a lutar pelos salários, como também abrirá a luta com o patrão pela gestão em cada empresa, pela reativação das empresas fechadas pelos trabalhadores e empregados, por este primeiro passo prático para uma saída socialista para a crise económica.” (“Como pode a classe operária criar uma Frente Única contra o fascismo”, 1932)
Quando, na noite de 30 de janeiro de 1933, August Thalheimer assinalou numa carta dirigida ao comitê executivo da ADGB, ao SPD e ao comitê central do KPD que “a tarefa do momento é proclamar uma greve geral para eliminar o governo de Hitler e derrotar os bandos fascistas hitleristas”, a constatação de que “a luta contra o fascismo havia sido perdida por enquanto, na corrida contra o tempo” era incontornável.
Antes de o fascismo alemão ter desencadeado a Segunda Guerra Mundial, seis anos mais tarde, com a sua ambição de conquistar “espaço vital no Leste”, as derrotas da política da Frente Popular na Espanha e na França, em particular, a par dos julgamentos de fachada quase inacreditavelmente obscuros e das medidas violentas na União Soviética contra supostas “camarilhas de traidores”, exigiam declarações de um ponto de vista proletário-internacionalista. No exílio na França, August Thalheimer desempenhou um papel de liderança na Direção da Oposição Comunista Unida Internacional (IVKO), definiu posições marxistas claras e advertiu contra a política de coligação (Frente Popular) dos partidos comunistas “estalinizados” com os democratas burgueses, cujos interesses na manutenção da propriedade capitalista tornavam impossível uma política revolucionária coerente.
Relativamente aos acontecimentos na União Soviética, a crítica não podia ignorar os efeitos a longo prazo no futuro do comunismo internacional. A passagem seguinte já diagnostica a síndrome central do declínio subsequente da União Soviética, quando Thalheimer afirma:
“que a atual liderança do PCUS, com Stalin à cabeça, não está disposta nem é capaz de limpar o sistema de autocracia burocrática, levando-o ao extremo e procurando mantê-lo e reforçá-lo com métodos de violência sangrenta e de monstruosas fraudes em massa contra a pressão crescente e a indignação acumulada a partir de baixo. Estes métodos abalam e desintegram o próprio tecido do poder soviético. Dão ao comunismo os golpes mais duros que alguma vez lhe foram dados por alguém.” (Burô da IVKO, 1937)
O resultado da Segunda Guerra Mundial na Europa e na Ásia teve um impacto de grande alcance no mapa político do mundo. A constelação básica de esferas de influência foi simplificada, mas também intensificada. Na Europa, a linha de fronteira que vai do Elba até o Mar Adriático, negociada na Conferência de Yalta[6] na primavera de 1945, manteve-se válida até 1990. Os campos imperialista e socialista enfrentavam-se agora diretamente como sistemas econômicos e sociais opostos. Este contraste determinou o desenvolvimento futuro da luta de classes no domínio da política interna e externa. Para Thalheimer,
“a verdadeira oposição (…) era a direção capitalista de um lado e a direção socialista do outro. Ou, por um lado, a preservação do status quo, quando este é burguês, e, portanto, do anterior equilíbrio de poder entre as classes; por outro lado, a mudança do status quo social na direção do socialismo e a destituição do poder das classes até então dominantes. Em ambos os casos, a violência militar e econômica, sob forma aberta ou encoberta, desempenha o papel decisivo.”
Todas as críticas aos “métodos de expansão socialista de Stalin”, sublinhou Thalheimer na brochura “Princípios e conceitos fundamentais da política internacional após a Segunda Guerra Mundial”[7], não devem, no entanto, ser esquecidas:
“A União Soviética não escolheu voluntariamente a tarefa da conquista da Alemanha. De um lado, ela foi a consequência da guerra de defesa imposta a ela pela Alemanha Nazista; de outro lado, a recusa a conduzir a guerra como guerra revolucionária. [por consideração aos aliados capitalistas, H.Z.]
Pode-se pensar em apenas duas saídas para essa situação: a primeira, o desenvolvimento mais rápido possível da ação independente e da capacidade de defesa da classe operária no país conquistado e, então, desocupação. A segunda, ao contrário: a tentativa de construir cada vez mais o domínio estrangeiro no país e torná-lo duradouro, com tudo o que isso traz. Esse segundo caminho poderia terminar apenas com uma catástrofe para o país conquistador e com um profundo e longo enfraquecimento do socialismo e do comunismo.”
Obviamente, o “socialismo de Estado” da União Soviética, com as suas caraterísticas bárbaras, estava em contradição com todas as ideias que eram consideradas nos países capitalistas ocidentais como padrões de socialismo no sentido positivo. Devido à grande variedade de pontos de vista sobre esta questão, August Thalheimer considerou uma tarefa fundamental esclarecer esse caráter e, por conseguinte, a relação com a União Soviética para o progresso do movimento socialista global, cujo papel condutor após a Segunda Guerra Mundial teria de ser novamente assumido pelas classes trabalhadoras da Europa Ocidental. O fato de a União Soviética ser ou não socialista só podia ser compreendido a partir das suas condições materiais internas e não a partir de programas ou desejos. Com a crescente propriedade coletiva dos meios de produção e das matérias-primas, tinha-se atingido irrefutavelmente uma fase de desenvolvimento socialista, cuja continuação daria origem a novas fases e, portanto, também a novas formas de luta de classes. (ver “Fundamentos da avaliação da URSS”, 1946)
August Thalheimer não esperava mais do que uma retomada cíclica de meia década para o capitalismo no imediato pós-guerra. Com base em toda a experiência, estava claro para ele que uma democracia burguesa consolidada só poderia durar com base num novo apogeu da economia capitalista. Os sinais de instabilidade econômica pareciam confirmar o contrário. Alguns meses antes do fim da sua vida, observou:
“Não é bastante indicativo sobre o estado do capitalismo mundial como um todo que o país capitalista economicamente mais forte e avançado do mundo, os EUA, já no terceiro ano após o fim da guerra mundial, tenha de procurar uma saída no aumento da produção de meios de guerra, a fim de deter o declínio das exportações e da economia interna, que já havia começado, e assim prolongar artificialmente o ciclo econômico?”
Estaria Thalheimer subestimando o efeito da demanda gerada pelo consumo de massas ampliado nos mercados internos e, portanto, também nos mercados globais, pelo menos das economias capitalistas desenvolvidas? Thalheimer não parece excluir completamente esta hipótese, pois exprimiu as suas ideias sobre o assunto numa carta ao seu amigo dinamarquês Mogens Boserup, no final de novembro de 1946:
“Seria muito desejável uma análise teórica aprofundada de Keynes. A guerra provou que o “pleno emprego” é mesmo temporariamente possível em condições capitalistas (aliás, todos os ciclos econômicos incluem um período de “pleno emprego”). A questão é: 1) O pleno emprego permanente é possível em condições capitalistas? Em caso afirmativo, 2) quais são as condições necessárias e suficientes para esse efeito? 3) O que essas condições significam: a) para a classe trabalhadora, b) para a sociedade como um todo?”
De fato, foi com a crescente integração da população assalariada num capitalismo cada vez mais produtivo e com níveis de consumo de massas cada vez mais elevados, que a ordem dominante ganhou aceitação. Mesmo a grande maioria dos trabalhadores das economias socialistas europeias relativamente mais avançadas não foram dissuadidos de mudar de lado para o capitalismo!
Hoje, quando as contradições sociais se tornam de novo ainda mais flagrantes e ninguém pode escapar disso, a conclusão de August Thalheimer, há 75 anos, ganha nova atualidade:
“Chegou o momento de uma nova iniciativa histórica internacional das classes trabalhadoras da Europa Central e Ocidental. Mas esta iniciativa não se concretizará de um dia para o outro.
É preciso muito tempo e muito trabalho para compreender subjetivamente a tarefa objetiva, para prepará-la e depois para enfrentá-la. A preparação a efetuar imediatamente só pode consistir na formação de partidos comunistas na Europa Central e Ocidental que sejam capazes de conquistar, manter e aplicar criativamente o poder.
Reconhecer a tarefa como tal é o início de todo o resto”.
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Notas:
[1] SPD – Partido Socialdemocrata da Alemanha. [NT]
[2] KPD – Partido Comunista da Alemanha. [NT]
[3] Também conhecida como KPD-O ou KPO. [NT]
[4] O KPD denominava os socialdemocratas de “socialfascistas”. [NT]
[5] ADGB: Federação Sindical Alemã, que existiu de 1919 a 1933, controlada pelos socialdemocratas.
[6] Estação balneária de Yalta, nas margens do Mar Negro, na Crimeia. [NT]
[7] Ver o texto traduzido no site do CVM.