Boletim de Conjuntura Internacional

A Conjuntura Internacional no Começo de 2022

Cem Flores – 25/02/2022
Foto: Tanques russos na cidade de Mariupol, na Ucrânia, em 24.02.2022.

Agravamento das contradições interimperialistas, guerra e aumento da exploração e da miséria das massas trabalhadoras.

 

I. Introdução

Nas duas primeiras décadas do século 21, as sucessivas crises do capital(desdobramentos da longa crise do sistema imperialista, em seu estado depressivo) marcaram a economia mundial – juntamente com um sem número de agressões militares imperialistas (Afeganistão, Iraque, Síria, Palestina, Cazaquistão e, agora, Ucrânia, entre vários outros exemplos). Este ano de 2022 não deverá ser diferente em nenhum dos dois casos. leia mais

O caminho da América Latina

Elaine Tavares 18.11.2021 – Correio da Cidadania

Foto: Difusión/Retirada do La Republica (Peru)

 


Nu
estra América está, como sempre, em ebulição, buscando encontrar um caminho para o bem-viver. Mas, não é fácil. E o principal obsculo é, sem lugar a dúvidas, a incapacidade dos governos ditos progressistas de fazer as mudanças necesrias, esperadas pelos trabalhadores. É um eterno retorno.

Vêm as eleições, as promessas, e quando chega a vitória, tudo se esboroa no andar da carruagem. No geral a culpa sempre recai na crise econômica ou na ação desintegradora dos Estados Unidos. De fato, esses são elementos importantes, mas não são os decisivos para que as mudanças não ocorram. O que realmente falta é coragem para fazer os câmbios estruturais e romper com o modo de produção capitalista. A esquerda liberal quando no poder segue defendendo a propriedade privada e acreditando que é possível dar uma cara humana ao capitalismo. leia mais

O Movimento 26 de Julho e a Revolução Cubana em perspectiva histórica

João Ferreira

Fotos: Acima à esquerda, Fidel e revolucionários que tomaram o quartel Moncada em 26 de julho de 1953 deixam a prisão. Ao lado, em 8 de janeiro de 1959, revolucionários entram em Havana. Abaixo, à esquerda, protestos nas ruas de Havana. Ao lado manifestações de apoio ao governo socialista

 

Tudo o que aconteceu em Cuba a partir de 11 de julho de 2021, situada a 145 quilômetros da costa norte-americana, parece constituir atos de um drama maior em desenvolvimento. Apesar do pequeno número de manifestantes, a frustrada tentativa de invasão do Instituto Cubano de Rádio e Televisão em Havana por um punhado de cinquenta pessoas, deu contornos mais nítidos à ameaça contrarrevolucionária. O imediato pronunciamento oficial do presidente Miguel Díaz-Canel presente em San Antonio de los Baños, na província de Artemisia, próxima à capital do país, paradoxalmente não os acusou nestes termos ou de gusanos, seu equivalente cubano; chamou-os de “revolucionários confusos e desesperados”. Devemos lembrar-nos que a linguagem sempre expressa relações de poder, forma política das relações sociais subjacentes. Para entender o drama se faz necessário, contudo, considerar a conjuntura atual do país de modo a situar os fatos numa perspectiva histórica. Aproveitando a oportunidade simbólica representada pela data de 26 de julho do ano corrente, na qual se completam sessenta e cinco anos decorridos do início da revolução cubana, façamos um exame crítico do processo revolucionário ocorrido em Cuba a partir do Movimento que a deflagrou. leia mais

El resurgimiento «americano» que no logró Trump

Claudio Katz | 31/07/2020 | EE.UU.
Fuentes: Rebelión

 

Trump concluye su presidencia con tres crisis simultáneas que jaquean su ambición de otro mandato. La pandemia, la depresión económica y la rebelión de los afroamericanos han trastocado el escenario electoral.

El magnate ejerció una presidencia disruptiva que transgredió todas las normas. Demolió la sobriedad, exaltó la grosería, extremó la fanfarronería e instaló un inédito desorden en los asuntos públicos. Su alocada confianza y su comportamiento patotero desconcertaron a los analistas. leia mais

A nova crise mundial do capital: a conjuntura internacional nos tempos de pandemia

Cem Flores 28.04.2020

FOTO: “Nossa saúde é igualmente essencial!”. Trabalhadores da Amazon, nos EUA, protestam contra suas condições de trabalho e de saúde durante a pandemia. Já foram registrados protestos em Nova IorqueDetroit e ChicagoLíderes do protesto foram demitidos. A empresa do homem mais rico do mundo viu seu faturamento e seus lucros aumentarem na crise, às custas da exploração e do adoecimento dos trabalhadores/as. Como sempre, o capital, para manter seus lucros, não hesita em queimar parte de sua força de trabalho em uma epidemia.

Doze anos após a eclosão da última grande crise mundial do capital (2008/09) – da qual o capitalismo ainda não encontrou uma recuperação propriamente dita – e depois de dois anos de clara desaceleração nas principais economias imperialistas, que já estavam a caminho de uma recessãoa economia mundial volta a viver uma crise do capital de dimensões históricas, detonada por uma pandemia. Esses fatos inauguram novas condições para a luta de classes a nível global. Diante disso, cabe ao proletariado, a todos/as os/as trabalhadores/as e demais classes dominadas, aos lutadores e às lutadoras, aos/às comunistas, compreendermos essa nova realidade na qual nossa luta já está a se desenvolver. leia mais