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O caminho da América Latina

Elaine Tavares 18.11.2021 – Correio da Cidadania

Foto: Difusión/Retirada do La Republica (Peru)

 


Nu
estra América está, como sempre, em ebulição, buscando encontrar um caminho para o bem-viver. Mas, não é fácil. E o principal obsculo é, sem lugar a dúvidas, a incapacidade dos governos ditos progressistas de fazer as mudanças necesrias, esperadas pelos trabalhadores. É um eterno retorno.

Vêm as eleições, as promessas, e quando chega a vitória, tudo se esboroa no andar da carruagem. No geral a culpa sempre recai na crise econômica ou na ação desintegradora dos Estados Unidos. De fato, esses são elementos importantes, mas não são os decisivos para que as mudanças não ocorram. O que realmente falta é coragem para fazer os câmbios estruturais e romper com o modo de produção capitalista. A esquerda liberal quando no poder segue defendendo a propriedade privada e acreditando que é possível dar uma cara humana ao capitalismo. leia mais

Na Bolívia foi golpe patrocinado pela burguesia, golpe para tentar frear as lutas e as conquistas dos trabalhadores

Intersindical, instrumento de luta e organização da classe trabalhadora

Na manhã de domingo, dia 10 de novembro, o presidente da Bolívia Evo Morales anuncia que convocará novas eleições, depois da Organização dos Estados Americanos (OEA) fazer coro com a oposição capitaneada pela burguesia boliviana e apoiada pelos EUA, afirmando haver vários indícios de fraude no processo eleitoral de outubro.

Na tarde do mesmo domingo, Evo Morales é forçado pelas Forças Armadas a renunciar do cargo de presidente, antes disso a violência comandada pela burguesia se espalhava pelo país. leia mais

Bolívia. “O elemento central da derrubada de Evo Morales não é a direita, mas o levante popular”.

Entrevista com Fábio Luís Barbosa dos Santos

A derrubada de Evo Morales pegou o continente de surpresa e os dias que se seguiram são de forte conflitividade social na Bolívia. Enquanto a direita reacionária e racista tenta se afirmar no poder, as complexidades étnico-sociais do país andino voltam à superfície, o que indica um vazio de legitimidade política. Enquanto os dois lados gritam golpe, é necessário compreender as repercussões para um povo acostumado aos levantes de massa. É sobre todo este contexto que o Correio da Cidadania entrevistou Fabio Luis Barbosa dos Santos, autor do livro Uma história da onda progressista sul-americana (1998-2016).

A entrevista é de Gabriel Brito, publicada por Correio da Cidadania, 14-11-2019.

“Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que não se trata de uma disputa da esquerda contra a direita. Há muitos anos, a base popular do governo Morales está cindida. O ponto de inflexão foi a repressão à marcha contra a construção da rodovia atravessando o parque nacional e reserva indígena Tipnis(Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Secure), em 2011. Naquele momento, diversas organizações deixaram a base do governo”. leia mais

Bolívia: um levante popular aproveitado pela ultradireita

Raúl Zibechi
Passa Palavra

O levante do povo boliviano e de suas organizações foi o que, em última instância, provocou a queda do governo. Os principais movimentos exigiram a renúncia antes que as forças armadas e a polícia o fizessem.

O levante do povo boliviano e de suas organizações foi o que, em última instância, provocou a queda do governo. Os principais movimentos exigiram a renúncia antes que as forças armadas e a polícia o fizessem. A OEA sustentou o governo até o final. A conjuntura crítica pela qual passa a Bolívia não começou com a fraude eleitoral, mas com o ataque sistemático do governo de Evo Morales e Álvaro García Linera aos movimentos populares que os levaram ao Palácio Quemado, ao ponto que, quando precisaram que eles os defendessem, estavam desativados e desmoralizados. leia mais

A trégua da Copa: turbulências no Chile e outras conversas ao pé do ouvido entre Dilma Rousseff e Michelle Bachelet

Nesta matéria, o CVM destaca a semelhança entre o projeto chileno em curso na área de educação, que se baseia na transferência de fundos públicos para a gestão privada e a crescente privatização da gestão da assistência à saúde no Brasil. Aqui os recursos públicos são injetados nas famigeradas organizações sociais (OS). Além disso, o governo federal criou a EBSERH, empresa estatal de direito privado para gestão dos hospitais públicos. Consequências imediatas: precarização do trabalho e compras sem licitação. Vai atender assim aos clamores do "saúde padrão FIFA", o que na prática quer dizer serviços públicos de saúde submetidos à lógica do lucro capitalista.  
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Por Frederico Füllgraf
do blog do Nassif

Santiago do Chile – Menos de 48 horas após as primeiras e gigantescas manifestações pelo Ensino Público e Gratuito, que na terça-feira, 10 de junho, voltaram a mobilizar dezenas de milhares de estudantes nas ruas das principais cidades do Chile – com 90 manifestantes presos e 6 policiais militares feridos – a presidente Michelle Bachelet realiza sua primeira visita de Estado desde sua posse em março último, para ratificar sua aliança estratégica com o Brasil. leia mais