Reproduzimos aqui em nosso portal especialmente para os nossos leitores um interessante diálogo sobre a situação atual na Palestina (naturalmente fictício) entre o Professor Moha Mud e seu colega Eurides Frates.
— Professor Moha Mud, boa noite.
A impressão que eu tive de todo esse trágico processo para os palestinos, a ponto de correrem o risco desaparecem nesta região de Gaza, foi a de que Hamas e outras organizações associadas deram um tiro no pé. leia mais
No #DEBATEPAPO desta quinta, 18/11, às 19h conversamos com o camarada professor, formador e militante da Saúde do Trabalhador José Adelino Alves para debater Saúde e Adoecimento da Classe Trabalhadora.
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“Tudo está na natureza encadeado e em movimento – cuspe, veneno, tristeza, carne, moinho, lamento, ódio, dor, cebola e coentro, gordura, sangue, frieza, isso tudo está no centro de uma mesma e estranha mesa.
Misture cada elemento – uma pitada de dor, uma colher de fomento, uma gota de terror.
O suco dos sentimentos, raiva, medo ou desamor, produz novos condimentos, lágrima, pus e suor, mas, inverta o segmento, intensifique a mistura, temperódio, lagrimento, sangalho com tristezura, carnento, venemoinho, remexa tudo por dentro, passe tudo no moinho, moa a carne, sangre o coentro, chore e envenene a gordura:
você terá um ungüento, uma baba, grossa e escura, essência do meu tormento e molho de uma fritura de paladar violento que, engolindo, a criatura repara o meu sofrimento co’a morte, lenta e segura.
Eles pensam que a maré vai, mas nunca volta. Até agora eles estavam comandando o meu destino e eu fui, fui, fui, fui recuando, recolhendo fúrias. Hoje eu sou onda solta e tão forte quanto eles me imaginam fraca. Quando eles virem invertida a correnteza, quero saber se eles resistem à surpresa, quero ver como eles reagem à ressaca.
Trecho da peça Gota D’água escrita por Chico Buarque e Paulo Pontes em 1977, encenada por Bibi Ferreira