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Uma conversa sobre a atual situação na Palestina

Reproduzimos aqui em nosso portal especialmente para os nossos leitores um interessante diálogo sobre a situação atual na Palestina (naturalmente fictício) entre o Professor Moha Mud e seu colega Eurides Frates.

— Professor Moha Mud, boa noite.

A impressão que eu tive de todo esse trágico processo para os palestinos, a ponto de correrem o risco desaparecem nesta região de Gaza, foi a de que Hamas e outras organizações associadas deram um tiro no pé. leia mais

Gaza, ano zero: as raízes do Holocausto palestino [parte 6]

Bernardo Kocher
Prof.  História Contemporânea
Universidade Federal Fluminense
Publicado no Opera Mundi em 23 de maio de 2024.

 

 

A invasão de Rafah indica um ponto crucial sobre a relação de Israel com os países vizinhos; alguns deles já estão em prontidão para uma futura crise política

 

Nos últimos quinze dias a situação na Faixa de Gaza continuou a se deteriorar, expondo a cada momento os efeitos cumulativos da destruição de vidas e da infraestrutura sobre a sobrevivência do povo palestino, afetado pela política social genocida praticada pelo Estado sionista. A aplicação em Rafah da mesma conduta contra a população civil indefesa do norte do enclave indica que a crise aberta com os episódios de 7 de outubro está alcançando um novo “ponto de não retorno”. Ou seja, em meio a uma crise que aos olhos de muitos é estratosférica, o governo sionista indica que está disposto iniciar outra(s), buscando agora objetivos estratégicos mais amplos. Como veremos abaixo, uma fase significativa do que chamamos de “sionismo interno” está por se encerrar, e outra, do “sionismo externo”, poderá ser iniciada logo em seguida. leia mais

Gaza, ano zero: as raízes do Holocausto palestino [parte 5]

Bernardo Kocher
Prof.  História Contemporânea
Universidade Federal Fluminense
Publicado no Opera Mundi em 10 de maio de 2024.

É possível que os atos estudantis estejam adiando (ou impedindo) o ataque mais mortal de todos os até agora praticados contra o povo palestino, em Rafah

 

 

Neste início de maio de 2024, é imprescindível considerar que um fator indiretamente vinculado à política genocida aplicada pelo Estado sionista na Faixa de Gaza está se tornando relevante na opinião pública mundial: as manifestações dos estudantes universitários norte-americanos e, a partir deste “ponto zero”, o espraiamento dos protestos para vários centros acadêmicos da Europa, Ásia, Oceania e América Latina. É relevante e também alvissareiro que finalmente um verdadeiro movimento com base social de massas tenha ao menos potencialmente atingido a autoestima e, eventualmente, os interesses dos apoiadores da política social genocida em curso. Isto ocorre para além da imersão destes discentes na cultura humanística na qual eles foram formados, de respeito aos direitos humanos. Após meses de massivas manifestações de rua que se replicaram em várias cidades daqueles continentes, um verdadeiro ponto nevrálgico da questão foi finalmente criado com a inserção estudantil no processo de denúncia do que está ocorrendo. As passeatas e comícios desde o início da “guerra” não haviam logrado sensibilizar as forças políticas da sociedade civil do sistema imperial para o cometimento de seus crimes. leia mais

Fatos & Crítica 46: A tragédia das inundações no Rio Grande do Sul: de quem é a responsabilidade?

Coletivo do CVM

 

As inundações no Rio Grande do Sul afetaram mais de dois milhões de pessoas, obrigaram cerca de 530 mil a abandonar as suas casas e 80 mil a buscar acolhimento em abrigos. Até agora, foram confirmados 169 óbitos e quase mil feridos. A economia da maioria dos municípios do estado, em todos os seus setores, foi profundamente abalada.

Calamidades com tamanha gravidade nunca haviam ocorrido no Rio Grande do Sul e o evento soma-se a muitas outras catástrofes climáticas – sejam elas ondas de calor e incêndios ocasionados por secas, sejam furacões, deslizamentos de terra ou inundações provocadas por chuvas torrenciais – que vêm ocorrendo nos últimos anos de forma cada vez mais comum e intensa por toda a superfície do planeta e, obviamente, no Brasil.

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