Urgente: prisões mostram a verdadeira face da democracia burguesa
Na democracia burguesa a liberdade de manifestação é artigo para poucos. Não é para aqueles que não pactuam com as classe dominantes. As prisões deflagradas pelo aparelho de repressão evidenciam o caráter de classe do Estado subjugado pelo Capital. Lembrando a letra da canção de Cazuza, a classe trabalhadora e seus aliados não estão convidados para esta festa.
CVM
publicado em Extra
Suspeitos de praticar vandalismo foram presos na manhã deste sábado no Rio
Marcos Nunes e Sara Paixão
A Polícia Civil deflagrou, neste sábado, uma operação para cumprir mandados de prisão temporária, expedidos pela 27ª Vara Criminal, contra acusados de promover atos de vandalismos durante manifestações realizadas no Rio de Janeiro.
Ao menos 19 pessoas teriam sido presas. Entre elas, a ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, conhecida como Sinhinho, detida na manhã deste sábado em sua casa, em Porto Alegre. Os policiais que efetuaram a prisão viajaram na noite de sexta-feira para a capital do Rio Grande do Sul
No Rio, um professor de História, ainda não identificado, foi detido na Urca, na Zona Sul. Na casa dele, a polícia encontrou uma máscara contra gás lacrimogêneo.
Durante a operação, os policiais apreenderam computadores, celulares e outros aparelhos de comunicação, além de material explosivo.
Os presos e o material foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte da cidade. Equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) reforçam o policiamento no local.
Perseguição política
Na Cidade da Polícia, amigos tentam descobrir mais informações sobre a prisão e acionam advogados – ao menos sete pessoas estão na porta do lugar.
Eles informaram que, numa das ações, cinco carros e até um helicóptero foram utilizados. Questionados, afirmaram que as prisões foram motivadas por perseguição política, com o objetivo de inibir a realização de manifestações programadas para domingo.
A operação acontece um dia antes da final da Copa do Mundo. Um vídeo circula na internet convocando manifestantes para um suposto protesto que aconteceria após o jogo final em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.