No 11 de Julho estamos juntos na luta, não misturados num pauta que não é da classe trabalhadora

O 11 de julho para a Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora é mais um importante momento da luta que não começou agora.

Diferente do que fará a maioria das centrais sindicais e a parcela dos movimentos sociais que estão juntos na mesma pauta para Dia 11 de Julho. Os mesmos que no ano de 2009 marchavam juntos com uma pauta de reivindicações ao governo, na Avenida Paulista/SP potencializando os interesses do Capital para as saídas de sua crise, não estarão em luta pelas reais reivindicações dos trabalhadores.

Em 2012 essas mesmas centrais sindicais marcharam de mãos dadas com as principais representações patronais do país exigindo mais benesses ao Capital instalado no Brasil. E agora irão para as ruas não com o objetivo de ampliar o movimento da classe contra os ataques do Capital e seu Estado, mas sim para tentar contê-lo.

Ao colocarem na pauta do dia 11 reivindicações concretas da classe como a redução da jornada, o fim do fator previdenciário, o combate a terceirização, a exigência de políticas públicas para a população trabalhadora, tentam camuflar seu real objetivo.

A principal e mais visível pauta dessas organizações será a defesa do Plebiscito como instrumento de participação popular, mas seu objetivo real e oculto, é tentar dirigir para frear as necessárias lutas contra o Capital e seu Estado, que no Brasil atual tem como gestor de seus interesses o governo democrático e popular do PT.

No esforço de serem reconhecidos pelo Estado e a todo custo serem vistos, outras organizações que na retórica se colocam a esquerda das centrais sindicais reconhecidas pelo governo se misturam e se diluem nesse processo.

A Intersindical-Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora no dia 11 de Julho fará assembleias, atraso e paralisação da produção como mais um momento da luta contra qualquer tentativa de retirada de direitos como é a proposta da CUT apoiada pela maioria das centrais sindicais, do Acordo Coletivo Especial (ACE) projeto que tem por objetivo permitir a redução de direitos e salários.

EM LUTA CONTINUAMOS

Pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários.

Contra o ACE, pela manutenção e ampliação dos direitos.

Pelo Fim do Fator Previdenciário

Contra a terceirização e outras formas de precarização do trabalho

Por saúde, educação, transporte públicos, gratuitos e de qualidade

Em defesa da moradia digna! Contra os megaprojetos do governo e dos patrões que passam por cima das casas da população trabalhadora.

Contra toda e qualquer forma de opressão que tenta transformar o diferente em desigual: contra a violência de classe e de Estado, contra as mulheres, negros e gays de nossa classe.

Contra a criminalização do movimento

SEM REBAIXAR A LUTA DA CLASSE, SEM ABAIXAR NOSSAS BANDEIRAS

Contra mais uma tentativa de pacto

O plebiscito de Dilma, sua agenda lotada para receber as centrais sindicais e diversos movimentos sociais tem como objetivo aproximar para dar manutenção à cooptação das organizações já submissas ao projeto do governo e tentar frear a luta que extrapolou ao seu controle.

Contra mais essa tentativa de pacto, nós estaremos nas fábricas, nos bancos, nos serviços públicos, em movimento pelas reivindicações necessárias e imediatas da classe trabalhadora e contra qualquer tentativa de apagar o pavio que aceso espalhou suas faíscas pelo país afora.

CONTRA MAIS UMA TENTATIVA DE PACTO PARA SEGUIR A EXPLORAÇÃO, TRAVESTIDO NUM PLEBISCITO POPULAR, VAMOS CONTINUAR E AMPLIAR A LUTA NAS FABRICAS, NOS BAIRROS, NAS ESCOLAS, NAS RUAS E ESTRADAS.

POR NENHUM DIREITO A MENOS E PARA AVANÇAR RUMO A NOVAS CONQUISTAS.

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