Greve dos trabalhadores nos Correios entra na 5ª semana e se amplia a luta em defesa dos direitos e dos empregos
Intersindical, instrumento de luta e organização da classe trabalhadora
Na audiência no Tribunal Superior do Trabalho os representantes do governo escancararam que seu objetivo é exterminar os direitos para privatizar a ECT
Os/as trabalhadores/as nos Correios estão em greve desde o dia 18 de agosto, uma greve que atinge todas as regiões do país e segue firme na defesa dos direitos que tanto o governo da morte de Bolsonaro tenta exterminar.
Das 79 cláusulas que estão no Acordo Coletivo de Trabalho, o governo quer acabar com 70 e modificar as 9 restantes com o mesmo objetivo de acabar com os direitos.
O presidente dos Correios, o tal general Floriano Peixoto, que entre salário e bônus recebe mais de R$ 40 mil mensais e mantém assessores recebendo salários de R$20 mil, busca retirar direitos de trabalhadores que recebem em média apenas R$ 1700,00 e ao ter seu tíquete alimentação e tantos outros direitos cortados, não terão como colocar comida dentro de casa.
O governo Bolsonaro quer impor aos trabalhadores nos Correios o que os patrões nas empresas privadas impõem desde 2017 depois da aprovação de sua reforma trabalhista encaminhada pelo governo Temer/MDB e apoiada pela maioria dos deputados e senadores, o que significa tentar acabar com os direitos contidos nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho que foram garantidos através de muita luta.
Na audiência realizada na semana passada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), os representantes do general, que a serviço do governo Bolsonaro se recusaram a qualquer negociação, mostraram que sua intenção é destruir os direitos. Não apresentaram nenhuma proposta, simplesmente mantiveram a posição de rasgar o Acordo Coletivo dos trabalhadores.
Esse governo saudoso da ditadura militar, que tem na presidência dos Correios mais um dos muitos milicos que estão ocupando cada vez mais cargos na estrutura do Executivo busca piorar ainda mais as condições de vida e trabalho dos trabalhadores, sucatear ainda mais os serviços para depois entregar a ECT nas mãos das empresas privadas. A consequência disso será demissões em massa e o fim do atendimento dos serviços básicos para a população trabalhadora.
Fortalecer a solidariedade ativa a greve e ampliar essa luta: os próximos dias são muito importantes para a greve dos trabalhadores nos Correios e a solidariedade ativa do conjunto da classe é fundamental, solidariedade que se expressa participando ativamente dos atos que acontecerão no próximo dia 17/09, do ato nacional do dia 21/09 quando acontece o julgamento da greve no TST em Brasília e em cada categoria onde estamos seguir cercando de solidariedade a greve dos nossos irmãos de classe nos Correios, pois a luta em defesa dos direitos e contras as privatizações é uma luta do conjunto da classe trabalhadora por melhores condições de vida e trabalho.