A Correspondência entre Marx e Engels que o (a) leitor(a) poderá ler, imprimir ou salvar como arquivo é uma co-edição da Pueblos Unidos (Montevidéu) e da Grijalbo (Barcelona) de 1976, esgotada. Trata-se de uma publicação, em língua espanhola, da edição russa do Instituto de Marxismo-Leninismo adjunto ao extinto Partido Comunista da União Soviética (PCUS). A edição compõe-se da parte selecionada por Lenin de mais de 1.500 cartas publicadas em quatro volumes na Alemanha, em 1913.
Lenin estudou a Correspondência naquele ano, com a intenção de transformar suas anotações e trechos extraídos em um artigo, o que não aconteceu. Vale apontar o critério adotado por ele na seleção das cartas estudadas. Como observado no Prefácio do Instituto, a seleção adotada teve como referência a elaboração e desenvolvimento da estratégia e da tática revolucionária do então partido social-democrata russo. Esta é, a nosso ver, a única forma de estudar a obra de Marx e Engels, inclusive nos esboços que se encontram nas cartas trocadas em torno de temas de interesse comum. Para estudar é preciso ficar longe tanto do academicismo em que mergulhou “marxismo ocidental”, como o chamou Perry Anderson, ou, no extremo oposto, do dogmatismo, inclusive de esquerda, que, em nome da defesa dos princípios do marxismo, transformou a teoria em fraseologia.Para auxiliar o entendimento das condições históricas a que reportam as cartas de Marx e Engels, e, assim , contribuir para reduzir os riscos desses desvios, recomendamos a leitura do livro “Marx-Engels e a história do movimento operário”, de David Riazanov, resultado de nove conferências feitas a operários em Moscou, em 1923, traduzidas para a língua portuguesa no Brasil pela Editora Global, em 1984. Por se tratar de uma obra esgotada (que ainda pode ser obtida na Estante Virtual), uma alternativa para o estudo sugerido encontra-se nos capítulos do livro “A história do movimento trabalhista europeu”, de Wolfgang Abenroth, divulgados no portal do Centro de Estudos Victor Meyer [link]. leia mais