Debates

Temas candentes da conjuntura nacional e internacional.

Participe desse debate. Serão bem vindas quaisquer contribuições, sejam através de comentários, críticas, análises ou indicação de artigos outros, relativos ao assunto. Referidas contribuições deverão ser remetidas para centrovictormeyer@gmail.com, as quais serão imediatamente inseridas nesta Seção para conhecimento de todos os interessados.

 – SOBRE O FASCISMO

Coletânea de documentos sobre o fascismo na crítica de pensadores marxistas, abordando suas origens, seus fundamentos e as condições  históricas das lutas de classes nos países onde esses movimentos de extrema-direita emergiram.

 

 – DOSSIÊ SOBRE A CHINA 

Coletânea de documentos que debatem a China como potência econômica emergente e a atual correlação de forças entre os países imperialistas.

– CRÍTICA A TEORIA DA DEPENDÊNCIA

– PARTIDO, CLASSE E REVOLUÇÃO

Textos, artigos e estudos que debatem a questão partidária: o partido da classe operária, as experiências partidárias, tendências políticas e programas, a esquerda no Brasil e no mundo.

Anotações de Lenin à correspondência entre Marx y Engels

A Correspondência entre Marx e Engels que o (a) leitor(a) poderá ler, imprimir ou salvar como arquivo é uma co-edição da Pueblos Unidos (Montevidéu) e da Grijalbo (Barcelona) de 1976, esgotada. Trata-se de uma publicação, em língua espanhola, da edição russa do Instituto de Marxismo-Leninismo adjunto ao extinto Partido Comunista da União Soviética (PCUS).  A edição compõe-se da parte selecionada por Lenin de mais de 1.500 cartas publicadas em quatro volumes na Alemanha, em 1913.

Lenin estudou a Correspondência naquele ano, com a intenção de transformar suas anotações e trechos extraídos em um artigo, o que não aconteceu. Vale apontar o critério adotado por ele na seleção das cartas estudadas. Como observado no Prefácio do Instituto, a seleção adotada teve como referência a elaboração e desenvolvimento da estratégia e da tática revolucionária do então partido social-democrata russo. Esta é, a nosso ver, a única forma de estudar a obra de Marx e Engels, inclusive nos esboços que se encontram nas cartas trocadas em torno de temas de interesse comum. Para estudar é preciso ficar longe tanto do academicismo em que mergulhou “marxismo ocidental”, como o chamou Perry Anderson, ou, no extremo oposto, do dogmatismo, inclusive de esquerda, que, em nome da defesa dos princípios do marxismo, transformou a teoria em fraseologia.Para auxiliar o entendimento das condições históricas a que reportam as cartas de Marx e Engels, e, assim , contribuir para reduzir os riscos desses desvios, recomendamos a leitura do livro “Marx-Engels e a história do movimento operário”, de David Riazanov, resultado de nove conferências feitas a operários em Moscou, em 1923, traduzidas para a língua portuguesa no Brasil pela Editora Global, em 1984. Por se tratar de uma obra esgotada (que pode ser obtida na Estante Virtual), uma alternativa para o estudo sugerido encontra-se nos capítulos do livro “A história do movimento trabalhista europeu”, de Wolfgang Abenroth, divulgados no portal do Centro de Estudos Victor Meyer [link].

Uma iniciativa para o estudo militante da obra de Marx, Engels, Lenin, Rosa Luxemburg, Gramsci, Trotsky, Thalheimer, etc. foi realizada por Erico Sachs no curso “Marxismo e Luta de Classes: questões de estratégia e tática”, ocorrido na Alemanha entre 1976 e 1979, disponível no portal do Centro de Estudos Victor Meyer [link].

Destacamos, na perspectiva de um estudo semelhante, as cartas trocadas entre Marx e Engels que Lenin classificou como “movimento operário liberal”. (Ver o sumário na página 429 das “Acotaciones de Lenin”.) Sob esta classificação, ele apontava a divisão do movimento operário e o surgimento de uma “aristocracia operária”, base material do reformismo. Tratava-se da cristalização, na estrutura de classes, do fenômeno do imperialismo, como ressaltado por Erico Sachs em “Partido, vanguarda e classe” [link].

Podemos afirmar que a divisão do movimento operário é atualmente uma característica mundial, presente em todas as sociedades organizadas com base no modo de produção capitalista. Decorre dessa divisão a necessidade de repensar o partido, até então um partido de toda a classe, em partido de vanguarda, quer dizer, como organização da camada mais avançada da classe operária. O papel revolucionário de um partido desse tipo dependeria de sua capacidade de se vincular à dinâmica da vida e das lutas da classe operária e, a partir dessa vinculação, assumir a tarefa de dirigir as lutas das classes trabalhadoras pela conquista do poder político e pelo socialismo.

Tal como na época em que esta última obra acima citada foi escrita, ainda não está aberta, imediatamente, a possibilidade da constituição do partido revolucionário da classe operária brasileira. Contudo, reiteramos, o problema apontado já se coloca de modo embrionário e sua compreensão é parte do caminho das lutas futuras.
(CVM)

– A CRISE MUNDIAL DO CAPITALISMO

Nesta seção, pretendemos fomentar um debate sobre a atual crise mundial do sistema capitalista, iniciada em 2008.

Para abrir o debate, apresentamos o trabalho dos companheiros Eduardo Stotz e Ivaldo Pontes, intitulado “A crise econômica mundial e a teoria marxista sobre a crise“, datado de jul/2010 e já divulgado neste Portal na seção “Artigos”.

Como subsídio, estamos apresentando uma seleção de artigos de autores marxistas, obtidos de fontes diversas, que nos parecem importantes para a análise e compreensão do fenômeno objeto do debate.

 

–  O LEVANTE POPULAR NO ORIENTE MÉDIO

As esplêndidas manifestações e mobilizações de massa que hoje agitam o mundo árabe representam um dos acontecimentos mais significativos desde o colapso do chamado “socialismo real”. Pode-se dizer que se inaugura uma nova era para os povos de todo o mundo, não somente por sua radicalização, mas também pela importância estratégica do Oriente Médio no cenário internacional.

O que acontece no Oriente Médio é de significação histórico-universal. Para a esquerda socialista, é de fundamental importância acompanhar o desdobramento desse processo, avaliar todas as suas nuances e retirar as lições que ele oferece para a luta anti-imperialista e contra as ofensivas do capital.

Para estabelecer um debate sobre esse tema, apresentamos aqui um dossiê com artigos de analistas de renome, selecionados em sites de orientação progressista. Reunidos num mesmo espaço, tais artigos possibilitarão uma maior rapidez e facilidade de análise, além de fornecerem uma visão plural, pela diversidade de opiniões.

– A INTERVENÇÃO ESTRANGEIRA NA LÍBIA

Em complementação ao debate sobre a levante no Oriente Médio disponibilizamos nesta seção uma seleção de artigos sobre a intervenção militar na Líbia. Como ocorre com os demais temas para debate neste Portal, seus comentários são importantes para nós e serão divulgados logo após o recebimento.

– MOVIMENTO “OCCUPY WALL STREET”

Desde meados de setembro, milhares de pessoas têm participado da ocupação do Zuccotti Park em Manhattan, localizado a alguns quarteirões de Wall Street. O movimento se estendeu a centenas de cidades nos Estados Unidos. Dezenas de milhares de pessoas têm participado das manifestações com um nível de auto-organização desconhecido há décadas nos EUA. Esta iniciativa foi acolhida, como não podia deixar de ser, com brutal repressão policial: só no dia 1º de outubro mais de 700 manifestantes foram detidos, espancados e levados para a prisão.

O impacto a nível internacional do movimento também é algo a ser levado em conta: os protestos acontecem no centro nevrálgico do capitalismo mundial, colocando sobre a mesa slogans e frustrações similares às que foram vistas na Europa e no norte da África.

Ocupar Wall Street se inspira nos acampamentos dos quarteirões centrais de cidades espanholas, os quais têm início em 15 de maio e seguem as manifestações na Tunísia e a ocupação da Praça Tahrir no Cairo, na última primavera. Essa sucessão de manifestações forma um ciclo emergente de lutas, ao qual se agrega outros eventos paralelos, tais como os protestos na Assembleia de Wisconsin, a ocupação da Praça Syntagma em Atenas, e os acampamentos israelenses por justiça econômica. Os contextos desses movimentos são muito diferentes, mas cada um deles conseguiu traduzir elementos comuns em sua própria realidade.

Na Praça Tahrir, a natureza política do acampamento era óbvia: a reivindicação “Mubarak tem que sair” provou ser poderosa o bastante para abarcar todas as outras questões. Nos acampamentos subsequentes da Puerta de Sol em Madri e da Praça Catalunya em Barcelona, a crítica à representação política foi mais complexa, reunindo um vasto leque de queixas sociais e econômicas – em relação à dívida, habitação, educação, entre outras –, e estavam claramente dirigidos a um sistema político incapaz de abordar tais questões.

Ocupar Wall Street deve ser compreendido, então, como um novo desenvolvimento dessas demandas políticas. A maior potência capitalista é também a sociedade mais desigual do planeta e dos protestos emergiu uma óbvia e clara mensagem: o que é bom para os banqueiros e para o sistema financeiro não é certamente bom para o país (ou para o mundo).

Se esses diferentes movimentos de protesto – do Cairo e Tel Aviv à Atenas, Madison, Madri, e agora Nova Iorque – expressam, em conjunto, a insatisfação com as estruturas existentes de representação política, então o que oferecem como alternativa?

– AS JORNADAS DE JUNHO DE 2013

Apresentamos aqui uma coletânea de artigos analisando as manifestações de junho de 2013.

– MARXISMO E RELIGIÃO