Arquivo da categoria: Fatos & Crítica

Fatos & Crítica 36: Guerra da Ucrânia: “Os custos serão pagos pelos trabalhadores”

 

Este conflito, que tem uma gênese que vai muito além da conveniente interpretação de nossa mídia nacional e de nossos políticos, como toda guerra na história, terá sérias consequências para todos nós. Os custos serão pagos pelos trabalhadores. Na Ucrânia e na Rússia, é claro, mas também nos países europeus, através do aumento do custo de bens energéticos, como gás e petróleo e gastos militares.
[Unione Sindacale di Base – https://www.usb.it/leggi-notizia/ em 08/04/2022]

 

Assim se expressou um sindicato italiano a respeito da Guerra na Ucrânia. E eles não ficaram apenas nas palavras. Os trabalhadores sindicalizados do aeroporto civil de Pisa impediram o embarque de armas para a Ucrânia, que estavam disfarçadas de “ajuda humanitária”. Fizeram isso não apenas pelo fato de estar sendo utilizada uma instalação civil para fins militares, mas em apoio à paz e contra a OTAN. “Nós não concordamos em enviar armas… porque arriscamos uma terceira guerra mundial”, declararam. leia mais

Fatos & Crítica 26: Lutar contra a fome, o desemprego e a ameaça à vida

Coletivo do CVM

 

A situação atual vivida pelos trabalhadores em nosso país no início do ano é extremamente crítica e trágica.  Crítica sob qualquer ângulo que se observe e analise: o salário mínimo de fome vigente a partir de 01/01/2021, os reajustes salariais abaixo da inflação oficial ocorridas na grande maioria das categorias em 2020, os 48 milhões sem auxílio emergencial, o desemprego em elevação (a Ford acabou de anunciar o fechamento de suas fábricas no Brasil). Trágica pelo aumento do número de casos e da mortalidade por covid-19, a fome e a desnutrição, o desespero em torno da violência que acompanha a degradação das condições de vida e da falta de perspectivas. É a realização do quadro previsto no último F & C, cuja superação é urgente.

 

Salário mínimo necessário contra salário de fome

No dia 1º de janeiro de 2021 passou a ter vigência o novo salário mínimo decretado pelo governo Bolsonaro; o valor de R$1.045 vigente no ano passado foi alterado para R$1.100,00 ,  representando um aumento de 5,22% baseado na revisão do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos. leia mais

Fatos & Crítica 20: o governo Bolsonaro tem futuro ?

Coletivo do CVM

Brigas intestinas, declarações desencontradas, demissão de ministros, conflitos com o Judiciário e o Legislativo, queda da aprovação nas pesquisas de popularidade e paralisia econômica com aumento do desemprego: eis o quadro geral dos primeiros meses do governo Bolsonaro.

A alternativa burguesa de extrema-direita à “velha política”, que se revelou a mais capaz de se impor sobre o desgastado PT nas eleições de 2018, vem se deteriorando a uma velocidade muito maior do que a prevista, fazendo relembrar os casos de Jânio Quadros e Fernando Collor, dois políticos de direita que tiveram os seus governos abreviados, o primeiro pelo fracassado golpe da renúncia, o segundo por um processo de impeachment. leia mais

Fatos & Crítica 10: Pinguela instável

Coletivo do CVM

 

Com a espada das delações da Odebrecht pairando sobre a sua cabeça, além de uma ação no Tribunal Superior Eleitoral que pode cassar a chapa que o elegeu, Michel Temer iniciou o ano de 2017 nas águas tranquilas da Restinga de Marambaia com a ligeira sensação de estar curtindo a sua primeira e última regalia presidencial de fim de ano.

Apesar das expectativas ingênuas dos analistas econômicos da mídia burguesa, de que a substituição de Dilma por Temer teria o dom de retomar o crescimento, por conta da melhoria da confiança dos “agentes econômicos” – expressão que utilizam para designar a classe burguesa em geral – a crise econômica é um fenômeno muito mais profundo, capaz de restringir expectativas, ao invés de ser controlado por elas. leia mais

Fatos & Crítica nº 9: Eleições municipais de 2016 no Brasil: como a burguesia reorganiza a sua dominação política

 

Consumado o impedimento da presidente Dilma Roussef por 81 contra 20 votos manifestados pelos senadores em 12 de setembro de 2016 e encerradas as Olimpíadas por meio das quais se distraiu a atenção pública, aconteceram,  no dia de 3 de outubro, as eleições em 5.483 municípios. O Brasil parecia ter voltado à “normalidade democrática”. Em 30 de outubro, encerrado o segundo turno em 57 municípios (capitais e grandes cidades), a normalidade ficava praticamente consumada por ausência de manifestações contrárias ao processo eleitoral apesar do alto percentual de votos brancos e nulos e um nível de abstenção inédito, principalmente em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. O percentual médio de votos brancos, nulos e abstenção no segundo turno aumentou de 26,5% em 2012 para 32,5% em 2016. leia mais