A recuperação do capital: lucros e especulação de um lado; desemprego, desigualdade, miséria e fome do outro
“A acumulação de riqueza num polo é, portanto, simultaneamente, acumulação de miséria, tormento de trabalho, escravatura, ignorância, brutalidade e degradação moral no polo oposto, (…) do lado da classe que produz o seu próprio produto como capital”.
No primeiro trimestre de 2021, o capitalismo brasileiro conseguiu a “façanha” de, ao mesmo tempo, apresentar crescimento do PIB de 1,2%, acima do esperado pelos analistas do mercado financeiro, retornando ao nível de antes da pandemia; e registrar a maior taxa de desemprego (restrita) de toda a série histórica do IBGE, 14,7%, superando o pico da crise de 2014-16, chegando a quase 30% no conceito amplo. Esses dados nos permitem comprovar – mais uma vez, como se ainda fosse necessário, dada a experiência cotidiana da classe operária e das massas trabalhadoras – que o capitalismo é o sistema dos patrões, da burguesia, nada tem a oferecer aos dominados e explorados senão os grilhões da opressão. leia mais