Arquivo da categoria: Crise capitalista

A recuperação do capital: lucros e especulação de um lado; desemprego, desigualdade, miséria e fome do outro

Cem Flores, 21/06/2021

 

A acumulação de riqueza num polo é, portanto, simultaneamente, acumulação de miséria, tormento de trabalho, escravatura, ignorância, brutalidade e degradação moral no polo oposto, (…) do lado da classe que produz o seu próprio produto como capital”.

Karl Marx

 

No primeiro trimestre de 2021, o capitalismo brasileiro conseguiu a “façanha” de, ao mesmo tempo, apresentar crescimento do PIB de 1,2%, acima do esperado pelos analistas do mercado financeiro, retornando ao nível de antes da pandemia; e registrar a maior taxa de desemprego (restrita) de toda a série histórica do IBGE, 14,7%, superando o pico da crise de 2014-16, chegando a quase 30% no conceito amplo. Esses dados nos permitem comprovar – mais uma vez, como se ainda fosse necessário, dada a experiência cotidiana da classe operária e das massas trabalhadoras – que o capitalismo é o sistema dos patrões, da burguesia, nada tem a oferecer aos dominados e explorados senão os grilhões da opressão. leia mais

As duras condições de vida e de trabalho das classes trabalhadoras no Brasil atual. Resistir é preciso!

Cem Flores – 14/05/2021
Foto em destaque acima: Fila de mulheres e crianças à espera da distribuição de marmitas em Paraisópolis (SP). A fome voltou com força na casa dos/as trabalhadores/as nesta crise do capital.

 

A situação da classe operária e das massas trabalhadoras no Brasil se agravou profundamente com as sucessivas crises econômicas dos últimos anos. Principalmente desde 2015, o mercado de trabalho brasileiro passa por uma profunda deterioração. E os patrões, para recuperar seus lucros e retomar a acumulação de seus capitais, aproveitam essa realidade para intensificar sua ofensiva de classe, com mais exploração e violência. A imensa reforma trabalhista de 2017 é um dos vários exemplos dessa ofensiva, que tem atravessado governos da “esquerda” à extrema-direita. leia mais

O impacto da crise do capital no mercado de trabalho global em 2020

Cem Flores 12.02.2021
Foto: Trabalhadores/as aguardam na fila para receber refeições gratuitas nos EUA. Com a explosão do desemprego em 2020, uma onda de fome se alastrou pelo país. Uma a cada quatro pessoas estão sofrendo de insegurança alimentar.

 

O ano de 2020 foi marcado por mais uma violenta crise do sistema imperialista mundial. A economia global, que em 2019 já se encaminhava para uma nova recessão, foi fortemente abalada pelos impactos da pandemia do novo coronavírus, detonador e agravante da crise. Além dos impactos imediatos, vários são seus efeitos permanentes, a aprofundar o atual estado depressivo do imperialismo e agravar suas contradições, como demonstrou o texto de Michael Roberts sobre as projeções para 2021Um desses efeitos permanentes, a ser analisado com muita atenção pelos comunistas pela sua relevância para a luta de classes, será no mercado de trabalho. leia mais

A luta dos trabalhadores em tempos de crise e pandemia no Brasil

Cem Flores  –  21.04.2020

 

A última crise econômica no Brasil, iniciada em 2014 e ainda não superada, somada à ofensiva da burguesia para recuperar seus lucros, aumentou o desemprego e a informalidade, rebaixou os salários e as condições de trabalho, e tornou mais críticas as condições de luta dos trabalhadores e das trabalhadoras. Ou seja, deteriorou o mercado de trabalho brasileiro e a vida da grande massa trabalhadora. A atual crise, de caráter global, combinada com a pandemia do novo coronavírus, tem conseguido piorar rapidamente o que já estava muito ruim, com mais desemprego, menores salários, mais exploração… 

A absoluta maioria dos trabalhadores e das trabalhadoras está ameaçada, dia após dia, por demissões e suspensões de contrato de trabalho em massa, e a tendência é que esse cenário se agrave.As atuais projeções do Instituto Brasileiro de Economia da FGV apontam para redução recorde da população ocupada nessa recessão de 2020 no Brasil. A taxa de desemprego pode subir para 18%, ou até 24%. Ou seja, entre 6 e 12 milhões de novos desempregados ao longo deste ano, que se somarão aos outros 12 milhões que já estavam desempregados antes do início dessa crise. leia mais