Richard Lewontin (1929-2021): “marxista e ativista que lutou durante toda a vida contra o racismo, o imperialismo e a opressão capitalista”

do portal CEM Flores – 26.08.2021

 

 

O materialismo dialético entra nas ciências naturais como a negação simultânea tanto do materialismo mecânico quanto do idealismo dialético, como uma rejeição dos termos do debate. Suas teses centrais são que a natureza é contraditória, que existe unidade e interpenetração no que aparenta ser mutuamente excludente, e que, portanto, o principal problema da ciência é o estudo dessa unidade e contradição, e não a separação dos elementos, seja para rejeitar um deles ou para atribuir-lhe uma importância relativa”.

Richard Lewontin e Richard Levins. Dialética e Reducionismo na Ecologia (1980). Republicado em O Biólogo Dialético (1985).

 

 

O matemático, biólogo evolucionista, professor de Harvard e marxista Richard Lewontin, falecido em 4 de julho de 2021, construiu sua vida em torno da prática científica e da militância política (vistos como uma unidade, complementares). Soube unificar, ou melhor, analisar a biologia de uma perspectiva marxista,  partindo do materialismo para explicar os fenômenos que estudava, como dizia, “partir dos fundamentos para derivar seu ponto de vista”. E foi com essa mentalidade que lançou uma luz inovadora sobre aspectos de como a evolução ocorre e de como a diversidade genética varia dentro de populações.

Lewontin foi um dos responsáveis pela ruptura de um paradigma entre os biólogos evolucionistas da década de 60: o de que a diversidade genética em populações naturais seria muito baixa e de que a seleção natural seria responsável por esse efeito, já que tenderia a eliminar as variantes de um gene em detrimento da mais bem adaptada. Essa visão equivocada sobre o papel da seleção natural na evolução foi derrubada graças a estudos como o de Lewontin e Hubby em 1966, que demonstraram que a taxa de heterozigose (probabilidade de amostrar duas variantes de genes e elas serem diferentes com relação a sua sequência de DNA) era maior do que se previa. Os resultados obtidos para mosca de frutas se repetiram para todas as outras espécies de seres vivos já estudadas, incluindo humanos. E a verificação posterior de que existe muito mais diversidade gênica dentro de uma mesma população humana (80-85%) do que entre  grupos populacionais diferentes (1-15%) têm sido a evidência empírica, inquestionável há mais de meio século, mais potente  contra as (pseudo) teorias “científicas” do racismo – tais como as posições defendidas, por exemplo, por James Watson, descobridor da estrutura do DNA e prêmio Nobel.

Inexistindo qualquer tipo de conceituação científica para a divisão da sociedade em “raças” genéticas, o conceito “social” de “raça” deriva historicamente do processo social de transição do mercantilismo para o capitalismo, que ocorre conjuntamente com o escravismo e o colonialismo – mecanismos de classe de exploração e opressão capitalistas que sobrevivem e se reinventam na sociedade atual, buscando perpetuar a dominação de classes.

A partir de uma posição marxista na biologia, Lewontin recusava qualquer explicação biológica para diferenças sociais e, por isso, foi um dos principais opositores da Sociobiologia, campo fundado por Edward Osborne Wilson, que tentava explicar as desigualdades no modo de produção capitalista por meio de determinismo genético base para o entendimento de que a “seleção” de um conjunto de genes em determinadas “raças” as tornavam superiores as outras. E é essa explicação, de que tudo passa pelos genes, pelo DNA, que acaba “justificando” as desigualdades sociais, de classe, pelas próprias qualidades inatas dos indivíduos – naturalizando, portanto, a exploração capitalista. Como afirmava Lewontin, essas teorias buscavam justificar porque “os filhos dos magnatas do petróleo tendem a virar banqueiros, enquanto os filhos dos trabalhadores da indústria de petróleo tendem a ter dívidas com os bancos”.

Portanto, Lewontin nunca aceitou esse tipo de explicação, que parte de uma preconcepção de classe (burguesa) para dentro da ciência, e, ao verificar uma maior variabilidade genética dentro de populações do que entre populações distintas, foi capaz de excluir esse tipo de debate como científico, desmistificando tanto o determinismo genético quando o conceito de raças.

Lewontin era igualmente crítico das teorias biológicas de uma “essência” humana, fruto de tentativas ideológicas de incorporar à evolução o alcance da perfeição (como chegou a afirmar o próprio Darwin) ou de um tipo ideal. Radicalmente materialista, Lewontin afirmava: “Os materialistas não podem procurar dentro de si mesmos por princípios mais universais ou melhores objetivos. Nosso ponto de partida são as lutas reais dos povos por uma vida melhor, as lutas contra a pobreza e a opressão” (Lewontin. O Que É a Natureza Humana?).

Outro alvo de combate ferrenho de Lewontin foram as visões ideológicas e teleológicas da evolução. Lewontin afirmava que a tentativa de dotar a evolução de uma “direção”, de um “sentido”, do alcance de uma “ordem” – noções teleológicas – eram fruto da ideologia burguesa, da ideologia dominante, no trabalho dos cientistas. Da mesma forma, as visões idealizadas da evolução, como destinada ao progresso, à otimização e à busca da perfeição. Todas essas são visões ideológicas, que tentam transplantar para a biologia e para a natureza um conjunto de valores socialmente dominantes – capitalistas, burgueses.

Um desses aspectos da ideologia da evolução é a busca por equilíbrio, por estabilidade: “Tal qual o pensamento social burguês moderno, o moderno pensamento evolucionário nega a história ao assumir o equilíbrio” (Lewontin. Evolução como Teoria e Ideologia). Não é possível deixar de notar as semelhanças com a economia burguesa, cujo conceito central de equilíbrio se origina ainda no século 19, com a noção de equilíbrio geral (Walras), até suas formas “modernas” de equilíbrio dinâmico geral estocástico. Com isso, a economia burguesa pretendeu ter resolvido, de uma vez por todas, “seu problema central [da macroeconomia] de prevenção da depressão [que] foi solucionado, em todos os sentidos práticos, e já foi solucionado faz muitas décadas”, como propagandeava o espadachim mercenário do capital Robert Lucas, prêmio Nobel.

A evolução é o oposto a isso. Trata-se de um processo aleatório e cumulativo, sem finalidades predeterminadas, no qual uma série de características não são selecionadas evolutivamente, mas são consequências da seleção natural de características pré-existentes – e passam a influenciar a evolução futura. A evolução deriva do funcionamento combinado dos princípios da variação, da hereditariedade e da aptidão diferenciada (differential fitness) – adaptação e mesmo a luta pela sobrevivência não fazem parte desse núcleo.

Como fruto de sua visão dialética (e reforçando-a), Lewontin via o processo evolutivo de forma integrada, abrangendo genes, organismos e ambiente – o que ele chamou de Trípla Hélice em seu livro com o mesmo nome, de 1998 – todos se influenciando mutuamente. Lewontin abominava a noção de um organismo ativo agindo a partir de um ambiente passivo (e imutável) para se adaptar a ele. Tal qual na sua crítica à absolutização do DNA, ele via isso como um reducionismo científico.

Lewontin atuou ativamente entre os seus pares, participou da fundação de uma organização de pesquisadores (Science for the People, Ciência para o Povo), que pretendia difundir não apenas conhecimento científico como também o pensamento materialista, lutava contra as ideologias dominantes nas universidades e centros de pesquisa e buscava apoiar os movimentos e as lutas das massas. Sua posição política também o fez renunciar ao título de membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA em 1971 denunciando que a mesma realizava pesquisas militares secretas contribuindo com a guerra imperialista contra o Vietnã.

A ciência, atividade à qual Lewontin dedicou toda a vida, sempre foi vista por ele como um processo social. Na sociedade capitalista, a ciência, portanto, tinha que se moldar ao domínio do capital. Dessa forma, a sociedade burguesa transforma a pesquisa científica em um investimento empresarial como outro qualquer, visando o lucro. Inclusive com tráfico de influência, propinas, suborno corrupção – como as que ocorreram no Ministério da Saúde de Pazuello e Bolsonaro. Na geração do lucro máximo também entram as “economias de custo” para as empresas, entre outros, via utilização das universidades públicas e seu orçamento para parte relevante da pesquisa. Quando há, no entanto, perspectiva de produzir uma mercadoria, rapidamente o produto da pesquisa tende a voltar às mãos privadas com exclusividade (patentes, monopólios, contratos de exclusividade ou de longo prazo).

Esse processo também se estende às relações de trabalho nos laboratórios e empresas científicas. Os cientistas tornam-se força de trabalho “científica”, em processo de sua transformação em capital variável e mesmo de “proletarização” (redução salarial, alienação, perda de controle sobre a escolha das pesquisas e da abordagem, das suas atividades cotidianas, cada vez mais sujeitas ao aumento da supervisão etc.). Como resume Lewontin: “a maneira que a ciência é feita não é aquela que deveria, … sua estrutura atual não é imposta pela natureza, mas pelo capitalismo” (Lewontin. A mercantilização da ciência).

Diante disso, a conclusão marxista de Lewontin é clara: “Os filósofos dialéticos até agora apenas explicaram a ciência. O problema, no entanto, é mudá-la (Lewontin. Dialética). Ou seja, trata-se de derrubar o capitalismo e construir o socialismo!(Apresentação revisada dia 03/09/2021 após contribuições de um leitor do site)

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Para homenagear esse camarada que por toda a vida combateu as ideologias burguesas (racismo, pseudociência) dentro e fora da academia, tanto com palestras quanto com dados científicos e, que além disso, tentou difundir o materialismo, traduzimos o texto de Prabir Purkayastha em homenagem a Lewontin publicado na Monthly Review.

 

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Richard Lewontin, biólogo dialético e ativista, morre aos 92

Prabir Purkayastha

Richard Lewontin, o biólogo dialético, marxista e ativista, morreu aos 92 anos na semana passada [dia 4 de julho – Cem Flores], apenas três dias após Mary Jane, sua esposa por mais de 70 anos, falecer. Ele foi um dos fundadores da biologia moderna que juntou três disciplinas diferentes – estatística, biologia molecular e biologia evolutiva – que marcam essa ciência atualmente. Ao fazer isso, ele combateu não apenas o racismo puro mascarado como ciência, mas também pelo o que é ciência. Ele pertence aos raros cientistas que estão igualmente confortáveis no laboratório, ou falando sobre ciência e ideologia em nível filosófico, ou como expositores populares do que é ciência e, mais pertinentemente, do que não é.

Lewontin sempre lembrou o que significa ser radicalvoltar aos fundamentos para deduzir seu ponto de vista. Esse método é importante, pois torna uma investigação radical – e não apenas a preguiçosa relação entre posições e certas ideologias de classe – uma ferramenta poderosa na ciência. Qual é a relação entre genes, raça e classe? Ou genes e gênero? A superioridade social advém de genes superiores? E sobre as diferenças biológicas entre os sexos? Como um marxista e ativista, Lewontin acreditava que devemos lutar em ambos os níveis: expor os estereótipos de classe, raça e gênero como um reflexo do poder dentro da sociedade e, também, ao nível da ciência radical, ou seja, partir dos fundamentos da teoria científica e dos dados.

Lewontin e o geneticista populacional e ecologista matemático Richard Levins compartilharam sua paixão pela biologia, ativismo social e marxismo. Não é tão conhecido que seu amigo próximo, Stephen Jay Gould, o paleontologista e divulgador científico, era também um marxista. Os três travaram uma batalha por toda a vida contra a racialização da biologia e, depois, a sociobiologia, que busca “explicar” qualquer fenômeno social como derivado de nossos genes. E.O. Wilson, Richard Dawkins – e muitos outros – acreditavam que somos programados de forma que a sociedade apenas expressa o que estava codificado em nossos genes. Que a raça branca é geneticamente superior, como são os ricos. Na Índia, também existe uma “teoria genética” de casta para explicar as supostas diferenças entre esses grupos. Enquanto existirem diferenças significativas entre grupos de pessoas – classe, raça, gênero ou casta – causas biológicas serão oferecidas para “explicar” essas diferenças.

Um dos trabalhos inovadores de Lewontin descobriu quanta diversidade genética existe dentro de uma espécie. E foi quando ainda nem sabíamos quantos genes possuímos. Sua estimativa foi de 20.000 genes, bem menor do que muitos biólogos pensavam na época e notavelmente próximo do que sabemos atualmente. A maioria dos biólogos acreditava, então, que raças possuíam diferenças biológicas significativas, uma das razões pelas quais eles pensavam que havia um número muito maior de genes responsáveis por diferentes características. Lewontin e John Hubby usaram uma técnica, eletroforese de proteína em gel, desenvolvida por Hubby, para quantificar a diversidade genética em moscas. Na época, as moscas eram as favoritas para testar teorias genéticas em laboratório. Esse exercício inovador levou a evolução ao nível de espécies para mudanças ao nível molecular – uma das fundações para o campo da evolução molecular – usando métodos estatísticos. Seus resultados foram surpreendentes. Ao contrário do que a maioria dos biólogos acreditava, eles mostraram uma surpreendente quantidade de diversidade genética dentro de uma determinada população: a evolução leva a populações estáveis e diversas dentro de uma espécie.

Posteriormente, Lewontin usou esse método nos grupos sanguíneos humanos para mostrar que uma diversidade genética estável também ocorre em humanos. O estudo dos grupos sanguíneos humanos também mostrou que a diversidade da população humana era mais de 90% dentro das “raças” e de apenas 7% entre raças. Isso demonstrou que raça não é uma construção biológica, mas social.

Lewontint foi coautor com Gould de um artigo sobre como a evolução não é direcionada para a criação de todas as características que vemos em um organismo, mas que essas características também são o resultado de ramificações acidentais que acompanham uma mudança genética específica, ocorrida por pressão evolutiva. Gould e Lewontin compararam isso aos spandrels [tímpanos] em arquitetura. Spandrel é um espaço triangular entre um arco e uma parede retangular, criado quando esculpimos uma porta, por exemplo. Spandrels também se formam quando domos se apoiam sobre estruturas retangulares.

Um spandrel ser entalhado ou decorado não explica sua existência; uma vez criado, ele pode ser decorativo ou usado para outro propósito. De forma similar, nas espécies, a natureza usa as ramificações acidentais de uma mudança evolucionária, da mesma forma como quem constrói arcos ou domos usa spandrel.

O que distingue os artigos populares e científicos de Lewontin é sua habilidade de conectar as grandes questões da ciência com a sociedade e sua crítica à compreensão crua e reducionista da biologia. Ele a chama de falácia cartesiana: se podemos quebrar o todo em suas partes constituintes e encontrar as leis de cada parte, então podemos “remontar” o todo para o entendermos “completamente”. Claro, essa visão cartesiana não é mais viável nem mesmo na física, ainda menos para explicar a química pela física, a biologia pela química (orgânica) ou a sociedade pela biologia.

Por que, então, esse ponto de vista persiste, em especial para entender as desigualdades na sociedade? Lewontin liga as repetidas tentativas de criar explicações biológicas para a desigualdade às desigualdades estruturais dentro da sociedade. Esse monstro com cabeças de hidra irá criar novas cabeças novamente enquanto as desigualdades estruturais existirem na sociedade. Essa foi uma batalha que ele e seus colegas próximos lutaram, contra o racismo, o “QI” e a sociobiologia, que buscam explicações para todas as desigualdades sociais na biologia, por exemplo, em alguma pré-programação de nossos genes.

Essa batalha de toda uma vida, Lewontin travou não apenas em seu campo específico da biologia, mas também nos domínios mais gerais das ciências. Sua luta ideológica contra o racismo, a dominação de classe e o imperialismo não foi separada de sua ciência. Ele via isso como uma luta diária dentro da ciência e fora dela, para ser travada nos dois níveis – social e científico. Ele não apenas argumentava que raça era uma forma errada de ver as diferenças sociais, mas comprovava isso com dados de experimentos bem feitos. E ele tinha uma estrutura teórica para explicar a evidência. Isso reflete sua integridade como cientista e ativista social.

No final dos anos 1960 e início dos 1970, muitos cientistas progressistas nos EUA se organizaram para formar o Ciência para o Povo (recentemente essa organização foi revivida). Eles refletiram os movimentos anti-raça e anti-guerra nos EUA dessas décadas. Suas discussões sobre ciência e sociedade eram semelhantes aos que nós, cientistas e ativistas político-sociais na Índia, também travamos naquele período, que levou a formação do movimento ciência do povo e a Rede de Ciência dos Povos da Índia. Nos EUA, o Ciência para o Povo decidiu se tornar mais um movimento dentro da comunidade científica, enquanto nós decidimos que esse deveria ser um movimento de massas, não apenas sobre ciência e sociedade, mas também para criar o temperamento científico na sociedade.

Recentemente, o filme da Netflix, O 7 de Chicago, trouxe a luta dos anos 1960 contra a Guerra do Vietnam para nossas telas. Também acusado naquele julgamento estava Bob Seale, o co-fundador dos Panteras Negras (um filme muito melhor é um mais antigo da HBO, Conspiração: O Julgamento dos 8 de Chicago, no YouTube). Durante o julgamento, a polícia de Chicago assassinou Fred Hampton, um importante líder dos Panteras Negras em Chicago, que estava ajudando a defesa de Bobby Seale. Deixarei Lewontin e seu camarada Levins, coautores de Biology Under The Influence, nos dizerem, em suas palavras, como eles se relacionaram com os movimentos:

Nós também éramos ativistas políticos e camaradas no Ciência para o Povo; Ciência para o Vietnam; na Conferência da Nova Universidade; e nas lutas contra o determinismo biológico e racismo ‘científico’, contra o criacionismo e a favor dos movimentos estudantil e anti-guerra. No dia que a polícia de Chicago assassinou o líder dos Panteras Negras, Fred Hampton, fomos juntos ao seu quarto, ainda ensanguentado, e vimos os livros em sua mesa de cabeceira: ele foi morto por causa de sua militância pensativa e inquisidora. Nosso ativismo é um lembrete constante da necessidade de relacionar a teoria com problemas do mundo real assim como a importância da crítica teórica. Nos movimentos políticos, geralmente temos que defender a importância da teoria, como uma proteção contra sermos atropelados pela urgência das necessidades do momento e do local, enquanto na academia, ainda temos que discutir que para os famintos, o direito de comer não é um problema filosófico.

O livro Biology Under The Influence, uma coletânea de ensaios escritos por Levins e Lewontin, publicado em 2007, foi dedicado a cinco cubanos – Os Cinco Cubanos – que se infiltraram nos grupos terroristas cubano-americanos em Miami ativamente financiados por agências dos EUA. Na época, todos os cinco estavam cumprindo longas sentenças em prisões dos EUA.

Lewontin e Levins eram marxistas e ativistas que lutaram durante toda a vida contra o racismo, o imperialismo e a opressão capitalista. Foi o marxismo que eles levaram para a biologia e às questões filosóficas que isso levantou. Eles dedicaram seu livro de 1985, The Dialectical Biologist, para Friedrich Engels, “que entendeu errado várias vezes, mas que entendeu corretamente onde importava”. Isso também se aplica a Lewontin, que entendeu raça, classe e genética onde importava!

 

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