É preciso lutar contra o que representa a candidatura de Bolsonaro: a aumento da violência e da retirada de direitos contra a classe trabalhadora. O voto é 13 sem nenhum apoio ao PT

do portal da Intersindical – Instrumento de Organização e Luta da Classe Trabalhadora

O VOTO É 13 PARA SE CONTRAPOR AO FASCISMO E FORTALECER A LUTA CONTRA TODOS OS GOVERNOS QUE ATACAM DIREITOS DA CLASSE TRABALHADORA.

As saídas impostas pelo Capital para superação de mais uma de suas crises periódicas mostram que a brutalidade contra a classe trabalhadora só aumenta: milhões de desempregados, miséria, retirada de direitos, arrocho salarial, violência e morte contra os jovens e a população trabalhadora – principalmente nas periferias.

As saídas impostas pelo Capital, principalmente através do Estado, seja no Executivo, ou como no Congresso Nacional, através da PEC de congelamento dos gastos públicos em saúde, educação, segurança, assistência social; da liberação geral da terceirização, e da reforma trabalhista, que além de diminuir salários e direitos, mantém as demissões, vieram acompanhadas de uma grande crise política, muito bem aproveitada pelos detentores do poder econômico.

Quando a burguesia instalada no Brasil decidiu trocar seu gerente na máquina do Estado, além do impeachment de Dilma, o que fizeram foi mais do que liberar sua direita raivosa à ir para as ruas gritar por intervenção militar, carregaram suas armas ideológicas para submeter os trabalhadores a ver a superficialidade e estagnar tanto sua compreensão da realidade, como sua consciência de classe.

E o PT foi servil à burguesia que agora o sangra: o governo de conciliação de classes do PT durante mais de uma década, foi útil ao Capital para manter e aprofundar mecanismos que garantissem o aumento dos lucros. Na máquina do Estado administrou os interesses burgueses com várias medidas que prejudicaram os trabalhadores, como a Reforma da Previdência de 2003, medidas que atacaram direitos como: pensões, abono, seguro desemprego, entre outros. E o mais importante para burguesia foi ter um governo que conseguiu apassivar a luta dos trabalhadores como classe organizada.

A onda de ódio que se espalha pelo país parte dos trabalhadores entendendo a corrupção como principal problema que existe, e só consegue enxergar o PT como responsável disso. A maneira distorcida de ver a realidade e a ausência de conhecimento de sua própria história como classe, tem relação direta com esses anos de apassivamento das lutas como classe trabalhadora.

Tudo isso que foi patrocinado pelos instrumentos da burguesia, faz com que parte de nossa classe aponte para o rumo errado, acreditando num militar que tem saudades da ditadura bancada pela burguesia, que prendeu, torturou e matou centenas de trabalhadores.

Esse atraso na consciência de parte expressiva de nossa classe não é um problema individual, é de responsabilidade do Partido que nasceu com os Trabalhadores e de várias Organizações sindicais e de movimentos sociais que ao longo das últimas décadas abdicaram do enfrentamento contra o Capital e se submeteram a ele.

Essa é a dura e sombria realidade em que vivemos no Brasil. Os homens e mulheres que não abriram mão de seguir lutando por outra sociedade sem explorados e sem exploradores, uma sociedade de fato socialista, não podem fugir da tarefa que se coloca nesse momento. É hora de reafirmar não ao fascismo, a qualquer candidatura saudosa do regime militar, e avançar no processo de organização e luta da classe trabalhadora.

A candidatura de Jair Bolsonaro vem escancarando a tempos, mais do que seu apreço pelos ideais fascistas que se revelam nos ataques e declarações homofóbicas, racistas, machistas que estimulam o ódio e a violência, também seu caráter de classe. Seu objetivo é ter um governo composto por militares para avançar na criminalização e na violência contra as Organizações e trabalhadores que não abriram mão do enfrentamento contra o Capital. Para atender aos interesses capitalistas avançando na retirada de direitos, Bolsonaro quer impor o uso da força da repressão do Estado para a  contenção das lutas.

Junto a isso, Bolsonaro quer intensificar a discriminação e violência contra negros, indígenas, homossexuais e mulheres, e avançar contra direitos da classe trabalhadora. A burguesia que tinha escolhido Alckmin/PSDB como seu, vendo sua candidatura derreter, logo já se entusiasmou com o capitão da reserva, seja a burguesia industrial, financeira, ou agronegócio.

As posições de Bolsonaro, combinadas ao momento de medo do desemprego, do refluxo das lutas gerais da classe trabalhadora provocadas por mais de uma década de conciliação de classes fizeram das eleições de 2018, o espaço para que o que há de mais reacionário se apresente. Ancorados no medo e na indignação, vários candidatos que se elegeram para o Parlamento defendem a criminalização dos jovens pobres, a retirada de direitos, o uso da força repressiva do Estado para conter os necessários avanços para a classe trabalhadora.

Bolsonaro em todo seu percurso mostrou que quer ser o servil presidente do Capital para atacar as Organizações de luta da classe trabalhadora: disse que movimentos que lutam por terra e moradia devem ser tratados à bala, que Sindicatos dos Trabalhadores devem ser eliminados e na primeira entrevista logo após o primeiro turno, afirmou seu propósito de acabar com todos os  Ativismos existentes no país. Ou seja, seu propósito é atacar os direitos da classe trabalhadora, avançando contra suas Organizações de resistência e luta.

É preciso firmeza e coerência para enfrentar o momento em que vivemos: por tudo isso a Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, nesse segundo turno das eleições de 2018, chama o voto na candidatura de Haddad/13,  negando qualquer apoio ao governo do PT, se mantendo em oposição a qualquer governo que ataque os direitos dos trabalhadores. Seguiremos em luta com a classe, com independência em relação ao Capital, seu Estado enfrentando os ataques contra o conjunto dos trabalhadores.

Reafirmamos que só as eleições não resolvem os problemas da classe trabalhadora, como também que o momento de hoje exige das Organizações da Classe Trabalhadora a tarefa de se contrapor à candidatura que representa o avanço brutal da criminalização das lutas e o retrocesso da consciência de classe.

A tarefa central segue sendo em cada local de trabalho, moradia e estudo, revelar aos trabalhadores que as reformas iniciadas por governos anteriores e aprofundadas pelo governo agonizante de Temer/MDB têm como objetivo concentrar riqueza para os capitalistas, na exata medida que aumenta a exploração e a miséria da classe trabalhadora e contra isso é preciso LUTAR.

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